Audiência discute situação de famílias que permanecem em área invadida após reintegração de posse

A Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) participou na última sexta-feira (16) de uma audiência pública para debater a situação do Assentamento Dilma Rousseff, no Bairro Areia Branca, em Porto Velho. Diversas famílias ainda permanecem no local de onde foram retiradas e amparadas por auxilio social oferecido pelo Governo do Estado. A remoção foi realizada por meio de uma ação judicial de reintegração de posse no dia 25 de junho. O terreno será destinado para construção de uma Subestação da Companhia de Águas e Esgoto (Caerd).

Os trabalhos foram conduzidos pelo Juiz Federal Dimis da Costa Braga, que falou do último levantamento feito pelos técnicos da Secretaria de Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas). O relatório apontou que residiam na área 400 famílias e, após a ação judicial, permaneceram apenas 40. “Esse número significa um sucesso para o judiciário e para o poder executivo, e hoje essa audiência é uma visita pacifica dos poderes para realizar um levantamento das famílias que ainda residem e saber o por quê de ainda estarem no local”, disse o magistrado.

A secretária estadual da Seas, Valdenice Ferreira, informou que o auxilio vem sendo repassado sem atrasos. “Das famílias que ainda estão no local, algumas recebem o beneficio e estão de forma irregular, e outra parte não se enquadrou na inscrição para recebimento. Lembrando que para receber qualquer beneficio do governo é preciso que, no mínimo, o cidadão não tenha nenhum imóvel no seu nome”, esclareceu.

A dona de casa Andreia vive com dois filhos e o marido desempregado. Ela é uma das beneficiadas com o auxílio de R$ 400. A moradora disse que com esse dinheiro já conseguiu alugar uma casa próximo ao centro da capital. “Eu não tinha para onde ir, agradeço a Deus por esse auxilio, pois sem ele não seria possível estar morando bem, na espera do nosso terreno”.

No total de 400 famílias que foram mapeadas no assentamento, 393 vem recebendo o beneficio normalmente, seis estão em pendências documentais junto ao banco. Apenas uma família não poderá receber o benefício, tendo em vista possuir bens registrados.

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