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22/11/2024

SEGURANÇA ALIMENTAR

Restaurante popular abre as portas com feijoada para 1,5 mil pessoas em Porto Velho

21 de agosto de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

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Pais, filhos e vizinhos se encontram no restaurante popular, que estreou nesta sexta-feira

 

 

Comerciários, ambulantes, operários da construção civil, empregados de chácaras, donas de casa e mães com filhos no colo formavam as primeiras filas. Às 10h30 desta sexta-feira (21), mais de 500 pessoas haviam passado pelo caixa do restaurante popular Prato Cheio; às 11h já estavam à mesa, saboreando feijoada por apenas R$ 1.

Durante quase quatro horas, administradores, nutricionistas e demais funcionários testaram os métodos de atendimento anunciados na véspera, em solenidade de entrega do prédio pelo governo de Rondônia, no bairro Tancredo Neves [Zona Leste de Porto Velho].

Para evitar filas, a venda de tíquetes de almoço começou [e começará diariamente] às 7h, e as refeições são servidas entre 11h e 14h30. O espaço acomoda 204 pessoas e o número de refeições fornecidas desde o primeiro dia é de 1,5 mil.

No País, restaurantes populares atendem ao programa do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), regulamentado pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional [Lei Federal 11.346/2006].

 

“Agora facilitou tudo pra mim, é perto e o preço vale a pena” – Eva Oliveira

 

A maioria das pessoas soube da inauguração pelo noticiário de rádio e televisão. Eva Oliveira Silva,  quatro filhos, moradora no bairro Socialista, servente na  Escola Municipal Francisca Lenilson Negreiros, chegou com o marido, o motorista Moacir Monteiro. Ao fazer a ficha cadastral, elogiou: “Agora facilitou tudo pra mim, é perto e o preço vale a pena”.

“Vocês têm que vir comprar comprar a ficha mais cedo, tem lugar para todos, tragam moedas”, apelou sucessivamente a administradora Ester Cardoso Lima.

Afônica, depois de quase duas horas repetindo recomendações e explicando o cardápio, Ester Lima se esforça ao máximo para justificar a algumas pessoas que o restaurante não permite a venda de marmitex.

“Vou deixar pra ir pra beira do fogo? Eu venho é pra cá!”, reagiu sorrindo Maria Alice da Cruz. Ela contou que juntou moedas para completar o preço do prato e apreciou muito a feijoada. “Quero vir todo dia”, prometeu.

Pouco antes das 11h, a nutricionista Taís Souto volta uma vez mais à porta de entrada para informar os pratos diários: “Teremos peixe, carne vermelha e dois tipos de salada, com revezamento nas proteínas e na guarnição”.

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Francisnete e Eliezer, com a filha Anasmyn

Com a filha de colo Anasmyn, de quatro meses, Francisnete da Silva Santiago, dona de casa, e o marido Eliezer Jonjob, entregador de pães, chegaram sorridentes ao restaurante. Moram no bairro Lagoinha, a quatro quilômetros de distância. “Comida com esse preço não tem em lugar nenhum”, disse Eliezer.

Moradora no bairro Novo, na BR-364, Carina Menezes também está satisfeita. Funcionária de uma loja na avenida José Amador dos Reis, ela chegou uniformizada, em companhia de colegas de trabalho. “Vou aproveitar com mais folga minhas duas horas de almoço. O restaurante fica bem perto da loja”, comentou.

“Comida por um real é bom demais! Marquei meu horário para 11h e segunda-feira vou trazer minha mulher para fichar”, disse o aposentado Gorgonho Bezerra de Oliveira, 72 anos, morador no bairro do Roque.

Com a identidade na mão, relatou sua vinda para Rondônia. Paraibano de Brejo da Cruz, com três filhos e três netos, ele conta que saiu da terra natal aos 12 anos e seis meses de idade, rumo a Ituiutaba (MG). Trabalhou na lavoura ali e também no interior de Goiás e Mato Grosso, de onde migrou para Rondônia em 1970.

Jonas Cruz, 57, morador no Jardim Santana, espera ver atendidos moradores de rua, idosos e deficientes. “Quero ver se funciona mesmo, quando essa gente aparecer aí na frente”, questionou.

A nutricionista da Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), Cleuza Firmino, reiterou que todos têm direito à segurança alimentar. “Neste restaurante há diferenciais que nos permitem menos tempo de filas, mas as refeições são iguais para todos”.

A tendência dos arredores do restaurante é crescer. Pelo menos essa é a visão do diretor da Coopverde, Ruslan Magalhães. Ele prevê melhorias para o setor: “Temos 60 associados no Setor Chacareiro no Jardim Santana, e acreditamos que o governo venha comprar nossos produtos com mais frequência”, disse.

Feijoada sendo preparada

Feijoada sendo preparada

Chacareiros da zona leste da Capital produzem hortaliças e criam galinhas caipiras de postura e de corte. O Programa Mais Alimentos, do Ministério de Desenvolvimento Agrário, trabalha com linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que financia a infraestrutura de propriedades familiares.

Além de produtos hortícolas, os governos federal e estadual podem adquirir palmito, erva-mate, açafrão, arroz, cana de açúcar, café, centeio, feijão, mandioca, milho, soja, sorgo, trigo, mel, aves, cortes de bovinos, leite de cabra, frutas, pescados e ovos. A Coopverde pretende instalar brevemente um frigorífico.

Veja fotos do primeiro dia de funcionamento

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Maicon Lemes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Água, Assistência Social, Capacitação, Convênios, Economia, Educação, Governo, Inclusão Social, Indústria, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Rondônia, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade


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