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23/11/2024

CRIANÇA E ADOLESCENTE

Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual infantil tem ação voltada para capacitação de profissionais em Porto Velho

18 de maio de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

Abertura do seminário

Abertura do seminário em Porto Velho

Com o objetivo de capacitar profissionais que atuam nas áreas de educação, saúde, segurança e assistência social, sobre a importância da mobilização e promoção da defesa da criança e do adolescente, aconteceu nesta quarta-feira (18) Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, um seminário promovido pela Rede de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, da qual o governo do estado faz parte através da Secretaria de Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas). O evento foi no auditório do Ministério Público, em Porto Velho.

Um ciclo de palestras foi promovido com os seguintes temas: Histórico da violência sexual de crianças e adolescentes em Rondônia, com a assistente social Denise Campos; A importância do trabalho em rede e a notificação quando identificada violência, com o Promotor de Justiça da Infância e Juventude, Marcos Tessila; A abordagem a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, com Marcos Paulo Soares da Silva, Psicólogo do 2º Juizado da Infância e Juventude de Porto Velho; O fluxo do atendimento às vítimas de violência sexual na Maternidade Mãe Esperança, com a assistente social Karígina Suelyde Oliveira Gomes.

Na abertura do seminário, a secretária da Seas, Valdenice Domingos, falou que algumas ações avançaram bastante, como a criação do plano nacional de enfrentamento, que é uma referência para a sociedade civil organizada e para os governos, uma vez que ele consolida a articulação como eixo estratégico e os direitos humanos sexuais da criança e do adolescente como questão estruturante.

“Temos que fazer um enfrentamento constante para alertar a sociedade e a família com relação a questão da violência de crianças e adolescentes. As escolas tem um papel fundamental nessa luta e precisam urgente trabalhar o tema nas salas de aula para ajudar e avançar na promoção e combate à violência”, destacou Valdenice Domingos.

Na ocasião, foi apresentado um panorama da violência contra crianças e adolescentes, com uma exposição sobre abordagem a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, com Marcos Paulo Soares da Silva, Psicólogo do 2º Juizado da Infância e Juventude, que apresentou os principais sintomas comportamentais das crianças vítimas de abuso sexual, para favorecer o reconhecimento de casos de violência pelos professores, vizinhos e comunidade próximas das vítimas.

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Marcos Paulo Soares da Silva, do 2º Juizado da Infância e Juventude

Ele destacou que a maioria dos casos de violência acontecem dentro da família e quanto mais gente souber dos sintomas comportamentais de casos de violência, elas podem reconhecer as vítimas e ajudar fazendo denúncias.

Outra questão é como a sociedade pode se comportar, por exemplo as famílias precisam de ajuda; o agressor também. As duas situações requerem um serviço especializado na área da saúde.

O Juizado da Infância tem hoje 662 processos abertos, que falta ser julgado. A maior incidência são crimes de natureza sexual. “Cada processo desse é uma família destruída por um crime bárbaro”.

Para a assistente social Denise Campos, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CDCA), o Estado avançou muito no enfrentamento a violência de crianças e adolescentes em termos de mobilização no sentido de sensibilizar a sociedade na promoção e defesa, mas precisa fortalecer as instituições que fazem parte da rede de mobilização, como por exemplo, no atendimento psicossocial das vítimas; no campo da saúde, existem carências de serviços e profissionais para atender as vítimas. “Seria mais um serviço qualificado com perícia ampliada com a presença dos profissionais de serviço social e psicologia”, acrescentou Denise.

Ela falou de outras fragilidades que existem no sistema de garantia da criança e adolescente, citando que a educação precisa se envolver mais com a questão da violência; as escolas tem que trabalhar o tema com transversalidade, discutir a proteção, desenvolvimento da sexualidade saudável, para evitar gravidez e doenças, no campo do desenvolvimento humano.


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Fonte
Texto: Marilza Rocha
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Assistência Social, Capacitação, Evento, Governo, Inclusão Social, Justiça, Rondônia, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade


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