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22/11/2024

NUTRIÇÃO

Conselho Nacional de Segurança Alimentar apela por alimentos saudáveis e propõe diálogo

14 de agosto de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

conférencia de segurança alimentar (3)

Rondônia se dispõe a melhorar alimentos do campo após debates, em Porto Velho

Ao falar no encerramento da 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, promovida pela Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), a presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Lisboa Pacheco, disse nesta sexta-feira (14) que “comer é um ato político”.

Assim, ela propôs a mobilização das áreas da assistência social, da educação, da saúde, de associações de bairros e rurais, visando o fortalecimento das ações da Câmara Intersetorial do conselho, que é responsável pelas articulações políticas “da distribuição ao consumo”, com vistas ao diálogo para a sonhada segurança alimentar.

Nesse sentido, a plenária manifestou as dificuldades, principalmente de distâncias, que impedem o acesso de populações tradicionais – quilombolas e indígenas por exemplo – às decisões do Conselho Estadual de Segurança Alimentar.

Maria Emília elogiou a proposta feita pela plenária, no sentido de incentivar e aumentar o consumo de produtos in natura, o que atenuaria o índice de 56% de sobrepeso existente no País. “Conferências municipais e estaduais não são eventos, mas a construção contínua, o caminho é fértil”, afirmou Maria Emília.

Ela dimensionou a cultura alimentar desde os migrantes que chegam à Amazônia, ao reconhecimento do patrimônio cultural representado por alimentos artesanais, alguns deles, dos povos indígenas. E lembrou a existência de um grupo de trabalho constituído para a adequação das leis da vigilância sanitária para a produção artesanal. “Não podemos ter as mesmas regras da indústria aplicadas à agroindústria”, alertou.

Ao mesmo tempo, Maria Emília assinalou que o uso social da terra é fundamental em tudo e tem que se pleitear para se obter essa melhoria. O tema reforma agrária também foi debatido durante a conferência. “Notei aqui o alto índice de distribuição de cestas de alimentos aos atingidos por barragem; precisamos avançar e atender melhor a todos dentro do controle social e da perspectiva do desenvolvimento que queremos”.

A presidente do Consea condenou “produtos ultraprocessados” e enlatados que entram na dieta do brasileiro, “causando diabetes, pressão alta e outros males”. No entanto, reconheceu que anteriormente as comunidades de Rondônia não dispunham de educação específica em relação a informações dessas complicações de saúde.

Destacou a aproximação entre nutricionistas, profissionais de educação e de saúde, justificando que esse diálogo permite avançar em busca da obtenção de melhores nutrientes em diversos produtos.

Maria Emília ainda elogiou a insistência da plenária na aprovação de um modelo de produção agroecológica em Rondônia. “É a expressão da consciência de vocês demonstrando que muitas experiências dão certo. É salutar o cultivo sem o uso de agrotóxicos, sem aditivantes sintéticos; produzindo em harmonia com a natureza e não de costas para ela”.

Ela exemplificou que o Projeto Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca) exige o reconhecimento da população a “mulheres invisíveis” que conseguem modificar hábitos e melhorar a qualidade de alimentos. E aprovou a recomendação de proibição da pulverização aérea de agrotóxicos, lembrando que o programa nacional voltado para a sua redução teve no Consea uma mesa de controvérsias, e ela embasou proposta em análise ministerial.

“Não podemos continuar adoecendo e morrendo; se defendemos comida de qualidade nos lares e nas escolas, ela não pode ter veneno; o tema e complexo, envolvendo a todas e a todos, é uma questão cidadã, de direito humano à alimentação”, argumentou.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Assistência Social, Capacitação, Convênios, Distritos, Ecologia, Economia, Educação, Governo, Inclusão Social, Indústria, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Obras, Rondônia, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Tecnologia, Turismo


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