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DIA DAS MÃES

Laço maternal liga mãe e filha na área de Tecnologia da Informação em Rondônia

10 de maio de 2019 | Governo do Estado de Rondônia

Mãe e filha reversam experiências de tecnologia

 

No Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, duas servidoras se encontram corriqueiramente no pátio. Uma com 35 anos de serviço público e a outra ainda começando, com apenas três anos. Cada uma na sua respectiva secretaria, sendo a Secretaria do Estado de Finanças (Sefin) e a Superintendência do Estado para Resultados (EpR). Essa é a rotina diária de mãe e filha que estão ligadas pela área de Tecnologia da Informação e Comunicação.

“Sempre me identifiquei com a área. Veio no sangue”, diz Josilda Coelho Lima. A mãe começou como digitadora, e ficou por volta de um ano, mas queria mais, e só aquilo não bastava. Fez um treinamento na área de programação e foi para área de operação por mais um ano. “Eu ainda achava pouco”, completou. A mãe que tinha sonho de ser programadora conversou com os chefes, onde fez um curso de programação. E até hoje realiza essa atividade.

EXPERIÊNCIAS

Josilda tem 56 anos e é mãe de Luiza Coelho, de apenas 25. Sendo uma das servidoras mais antiga, sempre trabalhou na área de TI. Luiza, ainda começando, também só atuou em sua área de formação. Com formação em Informática no ano de 2015, a filha fez parte do ciclo familiar de TI que só vem crescendo.

 

“Comecei a trabalhar em 1 de outubro de 1984. Na época que entrei, era administração do Governador Jorge Teixeira. O estado estava em fase de transição de Território Federal de Rondônia para Estado de Rondônia. Eu fui contratada para trabalhar como digitadora em uma secretaria que foi extinta, e até hoje estou aqui”, lembra Josilda.

 

Na época era uma coordenadoria da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). Logo depois virou uma Empresa de Economia Mista e desmembrou da Seplan. Com um tempo essa companhia deixou de existir. Os profissionais que estavam na ativa foram distribuídos pelo Estado, Josilda foi para a folha de pagamento.

Trabalhou no comando geral como DBA (Banco de dados da Polícia Militar) com o Coronel Freire, atual superintendente da EpR , e Hudyson Barbosa, diretor executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação. Ambos falam que Josilda é uma mulher que deixou seu legado para a TI de Rondônia e, assim como sua filha, Luiza, contribui até hoje para que os serviços de tecnologia tenham êxitos nas operações para o qual são desempenhados.

“Sempre fui alocada em sistemas que já estavam em desenvolvimento, atualmente estou trabalhando no Sistema Integrado de Tributação e Administração para Estados (Sitafe), fazendo reparos e funcionalidades.

Nunca interferiu na decisão dos filhos quanto  à profissão. Eles sempre ficaram bem livres para decidir. Na época sua filha Luiza fez Enem e queria conquistar uma vaga de Engenharia Elétrica. Nesse ano que ela queria cursar, a Universidade não abriu vaga para esse curso. Com essa realidade ela optou por informática. Sem saber como era a função de programadora de sua mãe.

SUCESSORA

Luiza entrou na área de tecnologia sem ter conhecimento do que abrangia. A percepção inicial que ela tinha era de que não existia o desenvolvimento e a arquitetura, nem mesmo como funcionava. Tinha o conhecimento maior na operacionalidade e aqueles serviços que todo mundo imagina como, word, e áreas afins.

“Na primeira semana de curso, as matérias começaram a pegar. Já tive contato com algoritmo”, relata a filha. Dando continuidade na Universidade, viu que a área de tecnologia tem outros ramos. Com isso, optou por se aperfeiçoar na produção de software , criação, modelagem de requisitos e banco de dados.

Ainda quando estudava, sua mãe ajudou em vários trabalhos porque ela via que a filha não se dava bem com programação. Com essas dificuldades o foco passou para banco de dados, modelagens e estrutura. “Sempre falei para ela desde o início que programação não era para mim. Mas a área de TI sim”, lembra Luiza.

Segundo Luiza, sua mãe falava que se ela não fosse programadora, não teria emprego fácil. Antes de terminar a faculdade, a filha já estava empregada.

 

“Minha mãe veio de outra época, onde a programação tinha prioridade. Hoje em Rondônia é mais difícil, mais está crescendo muito outras áreas, o analista de sistemas, analista de negócios”, pondera a filha. E é no que ela tem trabalhado até agora.

 

Perto do Dia das mães, que é comemorado sempre no segundo domingo de maio desde 1932, Luiza lembra que, como mãe e filha, são sempre companheiras. Moram juntas e falam sobre as equipes e os problemas que encontram no trabalho. Segundo elas, a solução sempre surge depois. Em conversa familiares, foi que Josilda descobriu que além da filha um neto também estava inserido na TI.

DISCÍPULO 

Um dia conversando com seu neto, ele pergunta a Josilda, “vó a senhora programa?”. Ele tinha 15 anos e achou estranho, pois pensava que isso era apenas coisa de jovens. A avó nos fala que ficou surpresa não só pelo entendimento, mas também porque não sabia que seu neto também estava trabalhando na área, e sozinho dentro do quarto.

“Quando ele me falou que já sabia programar eu falei, pois é eu sou programadora. Em casa, eu não tinha nada que fosse remeter os meus filhos e neto à tecnologia. Eu passava o dia todo em frente de um computador e queria me desvincular disso em casa. Eles escolheram essa profissão porque está no sangue mesmo, no DNA da gente”, fala empolgada Josilda.

Como a tecnologia está muito desenvolvida, as pessoas veem as crianças no computador e falam “Ah! Só ficam no computador”, “Só fica nesse celular”. Víamos isso no meu neto e hoje ele é um ótimo profissional.

 

“Os pais têm que tentar tirar os malefícios da tecnologia e investir em alguma coisa boa. Os benefícios são sempre maiores. Os cursos voltados à tecnologia são legais e tem espaço para todo mundo, homens e mulheres, sem preconceito”, afirma Josilda.

Para essa mãe, a tecnologia tem sido seu meio de sobrevivência. Criou seus filhos como programadora e todo seu esforço no trabalho tem trazido retorno financeiro e orgulho da filha e neto na área profissional.

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Fonte
Texto: Maximus Vargas
Fotos: Leandro Morais
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Inclusão Social, Rondônia, Serviço, Servidores, Sociedade, Tecnologia


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