Simulado ambiental no Porto de Porto Velho treina brigadistas para conter derrames de óleo no Rio Madeira

Brigadistas são treinados para agir imediatamente em situações de risco de poluição ambiental

Um exercício que simulou o vazamento de óleo no Rio Madeira mobilizou dezenas de brigadistas no Porto de Porto Velho na última terça-feira (4). A atividade fez parte do Plano de Emergência Individual (PEI), um protocolo de segurança ambiental que prepara as equipes para agir de forma imediata em situações de risco de poluição hídrica. Durante o simulado, que envolveu cerca de 40 brigadistas de uma empresa arrendatária do porto, os participantes reproduziram um cenário de acidente em que o combustível seria derramado na água durante uma manobra de embarcação.

Para representar o óleo, foi utilizado pó de serra, que permitiu testar o deslocamento da “mancha” e as estratégias de contenção em tempo real. “O objetivo é treinar a equipe para agir de forma imediata, reduzindo ao máximo os impactos ambientais. A brigada tem a função de realizar o primeiro combate, evitando o espalhamento da mancha e minimizando a poluição do rio”, explicou o engenheiro civil Júlio Magalhães, coordenador do PEI da empresa arrendatária que executou o plano junto com a equipe técnica do Porto.

CONTENÇÃO

Na simulação, foram utilizadas barreiras flutuantes de 10 metros, interligadas para formar uma linha de aproximadamente 50 metros de extensão. Esses equipamentos são empregados para conter a área atingida e permitir o recolhimento do óleo com o uso de mantas e barreiras absorventes.

Segundo o coordenador do PEI da empresa arrendatária, o maior desafio está nas características naturais dos rios amazônicos que apresentam correntes muito rápidas. “No mar, o controle é mais simples, porque a água é mais estável. Já no Rio Madeira, a correnteza é forte e torna o processo de recolhimento do óleo mais difícil”, destacou.

O coordenador do PEI, Júlio Magalhães treinou cerca de 40 brigadistas

COOPERAÇÃO ENTRE PORTOS 

O exercício também serviu para reforçar a importância da cooperação entre os portos da região em situações de emergência ambiental. A legislação brasileira prevê a criação de um plano de área, conhecido como plano de ajuda mútua, que define como diferentes portos devem se apoiar quando um incidente ocorre. Todo o trabalho é realizado conforme a Portaria Conama nº 398/2008, que regulamenta a elaboração e execução dos Planos de Emergência Individual.

“O PEI é uma exigência legal e fundamental para garantir a segurança ambiental das operações portuárias”, completou coordenador do PEI da empresa arrendatária.

MEIO AMBIENTE

A bióloga do Porto de Porto Velho, Cristiane Corrêa Lima, evidenciou que os simulados são mais do que um treinamento técnico e, que representam um compromisso contínuo com a educação ambiental e a preservação do Rio Madeira. “Esses simulados são essenciais para que todos saibam agir com rapidez e responsabilidade. Além de cumprir uma exigência legal, a ação reforça o compromisso do Porto de Porto Velho com o desenvolvimento sustentável e a proteção de um dos rios mais importantes da Amazônia.”

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