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28/03/2024

Confúcio participa de debate em São Paulo e fala das potencialidades de Rondônia

05 de dezembro de 2013 | Governo do Estado de Rondônia

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O debate promovido pelo Grupo Estadão mediado pelo jornalista Cley Scholz  foi o último da série 2013, Fóruns Estadão Regiões.  O evento também contou com a participação do governador do Pará, Simão Jatene e do secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação de Tocantins, Paulo Massuia.

Confúcio Moura falou para uma platéia de empresários, grupos de investidores, jornalistas e foi enfático na defesa de investimentos tecnológicos para a região Amazônica.

Crescimento econômico

Segundo Confúcio, o Estado tem dado bons exemplos para o Brasil e essa economia pujante teve um salto devido à crise do sul e sudeste brasileiro, justamente pela crise dos bóias frias do Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul. “Nas décadas de 1960 e 70 o governo brasileiro teve que abrir alternativas de acomodação dessa massa socialmente problemática para os estados e isso abriu os rumos do interior”, disse.

O governador explicou que o crescimento de Rondônia não é resultado da construção das grandes usinas, mas esses empreendimentos contribuíram para alavancar ainda mais a economia rondoniense. “É claro que as usinas deram um crescimento, porque foram aproximadamente R$ 30 bilhões de investimentos no Estado, mas somados a isso tem o crescimento natural”, disse.

Confúcio falou ainda que Rondônia possui uma grande produção de alimentos. A pecuária é forte e a exportação de carne e minérios, como o estanho, para o mercado interno e externo é uma realidade. “Estamos numa média de crescimento de 6% ao ano,  com um índice de crescimento excelente, muito acima dos números da economia nacional”, destacou.

Preservação ambiental e geração de energia

Sobre a construção das usinas, o Governador explicou que a engenharia das hidrelétricas mudou muito. Para construir hidrelétricas de Jirau e a Santo Antônio, não foi necessário alagar uma grade área de terra, como era feito no passado. “Com a conscientização que veio após a Constituição de 1988, qualquer obra antes de ser construída que possa causar um dano ambiental precisa dos estudos, relatórios de impacto que são exigidos continuamente. No passado não, atropelávamos a questão ambiental”, disse.

“Sou favorável aos estudos ambientais mesmo, e devem ser feitos cuidadosamente porque no momento da construção, quatro, cinco seis anos geram movimento econômico importante”, complementa.

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A biodiversidade da região e a pesquisa

Sobre a Amazônia, Confúcio Moura enfatizou que a biodiversidade da Amazônia é impressionante, todo mundo encanta e se orgulha, mas ninguém pesquisa. “A quantidade de mestres e doutores que temos em toda a Amazônia é menor do que o Estado do Paraná. Sem a pesquisa científica não seremos nada”, destaca. Segundo ele, nada é mais devastador para o meio ambiente que a pobreza. “A pobreza não combina com meio ambiente preservado. O sem terra, ele tem que vender a madeira porque tem que sobreviver. Então para melhorar a preservação ambiental na Amazônia é necessário investir no conhecimento local para que se possa produzir renda”, pontuou.

Zona Franca

O governador surpreendeu a platéia ao afirmar que o mais bem sucedido projeto ambiental da região amazônica foi a criação da Zona Franca de Manaus, criado na década de 50. “Até parece um contra-senso, porque a Zona Franca gerou oportunidades de emprego e qualificação, aumentou a renda do povo amazonense e o PIB do Estado do Amazonas, com isso atraiu-se indígenas, caboclos, ribeirinhos, que migraram para Manaus e se especializaram nas indústrias. Isso diminuiu o impacto do homem sobre a floresta e rios e conseqüentemente houve a preservação de aproximadamente 95% da floresta, fato que não existiu no Pará, Mato Grosso nem em Rondônia”, afirmou.

Para o governador, é necessário um pólo de atratividade de negócios, emprego, renda e conhecimento como alternativa para preservar o meio ambiente amazônico. “Projetos como o da Zona Franca devem ser replicados sobre outros modelos, outras conformações para que a gente também consiga segurar o desmatamento”, afirmou.

Região de Fronteira

É um livre comércio em desacordo, não existe tratado. Bolívia não faz parte do Mercosul, mas o Brasil avança 100 KM para dentro do território boliviano para vacinar o gado contra a febre aftosa, tudo pago pelo Brasil e por Rondônia. “Lá na Bolívia fazemos cerca e até curral para auxiliar nosso vizinho no combate à febre aftosa”, explicou.

Desafios

Confúcio também respondeu aos jornalistas sobre os desafios para atrair o interesse da iniciativa privada numa região em que não é o epicentro do consumo no Brasil. O governador afirmou que a iniciativa privada vai com incentivo ou sem. “Ela vai desde que exista a matéria prima abundante para o seu parque industrial. Se há uma logística de transportes, se o preço do frete é mais baixo de onde ela está localizada, se tiver energias farta, transportes acessíveis, frete mais barato e matéria prima para desenvolver a indústria e mão de obra, ela vai espontaneamente”, pontuou.


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Fonte
Secom - Governo de Rondônia

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