29 de janeiro de 2014 | Governo do Estado de Rondônia
O Governador Confúcio Moura foi o entrevistado nesta terça-feira, 28, no programa do jornalista Marcelo Bennesby, Fala Rondônia, pela Rede TV! Rondônia. Em mais de uma hora de bate papo, o governador relatou os investimentos nas diversas áreas do governo, em especial sobre educação, saúde, agricultura, segurança.
O primeiro questionamento foi relativo à reeleição, no qual Confúcio foi claro ao afirmar que por força de lei tem todo o direito a ser o candidato à reeleição, mas diz não possuir vaidade para tal. Por isso, irá submeter, em reunião partidária, o seu nome. E somente após este grande encontro com as lideranças do PMDB é que irá dar sua resposta.
Até porque, afirmou o governador, o partido possui outros bons nomes para o cargo como a deputada Marinha Raupp, o empresário Mario Português, Lucio Mosquini. Enfim, uma série de outros bons nomes, “mas na hora certa iremos resolver”.
Confúcio se disse contrário à reeleição, afirmando que um bom mandato seria de cinco anos. “Quatro anos acho pouco. Mas um mandato ideal seria de cinco anos, sem a reeleição”.
Sobre as obras que ainda tem pela frente e do que o governo ainda está lançando, Confúcio Moura disse que faz questão de entregar o teatro estadual. “Uma obra que se arrasta há mais de 15 anos e que iremos entregar agora em abril”. O governador disse que esteve esta semana em Brasília com a ministra da cultura Marta Suplicy e que a convidou para este momento.
Escolas
Questionado sobre a vigilância nas escolas, Confúcio afirmou que mesmo com a vigilância presencial os roubos aconteciam. “Agora estamos instalando a vigilância eletrônica monitorada, algo que já havíamos feito em Ariquemes com grande êxito”. Disse ainda que o que falta é monitorar todo o entorno da escola e colocar também alarmes. “O tempo da equipe de segurança após tocar o alarme é de 5 minutos. Tudo vai ser questão de adaptação”, afirmou.
Primeiro mandato
Confúcio falou que o primeiro ano de mandato foi muito complicado, pois muitos dos indicados pelos partidos aliados “eu nem conhecia. Então tivemos o período de adaptação que demora um pouco”. Segundo ele, os partidos indicaram o que tinham de melhor para o cargo. “E como em uma administração você testa ‘gentes’ e, se não der certo, tem de mudar, até acertar. Não temos ao assumir o cargo uma equipe pronta, abençoada, pronto para trabalhar”, mas segundo o governador, agora “acertamos a mão e muita coisa boa virá pela frente”.
Sobre os atritos com o legislativo ele disse que sempre vão existir, mas afirma não ter do que reclamar da Assembleia Legislativa, apesar dos chutes que tem recebido, mas “faz parte do jogo e a Assembleia sempre aprovou o que pedimos”, disse.
Sobre as críticas dos opositores disse que são bem vindas. “Se tomei decisão e não deu certo eu volto atrás. Se alguém faz a denúncia de algo e vejo que está errado, eu mudo minha decisão. Não tenho problemas com isso”, disse.
Segurança
Episódios como o de Campo Novo, onde oito assaltantes foram mortos por policiais demonstrou a ação eficiente da polícia sobre uma demanda e foi largamente elogiada pela população. Confúcio disse que nunca se investiu tanto em segurança pública como agora.
Só a Polícia Civil teve algo em torno de 30 operações. Esta “é uma determinação do nosso governo de afetar o centro das quadrilhas”. Para o governador, o trabalho ostensivo é importante, mas a polícia civil tem trabalhado muito com a inteligência, com a investigação.
A prevenção tem papel fundamental. Confúcio disse que o trabalho pericial, de instruir bem o trabalho para a justiça, com dados técnicos bem levantados, irá facilitar a condenação para que o advogado não tenha chance de derrubar as investigações. Por isso, “temos feito investimentos grandes em aparelhamento da polícia”, disse.
Em Porto Velho duas Unisps (Unidade Integrada de Segurança Pública) estão sendo construídas. As Unisps vão reunir todas as polícias em um só local, facilitando a locomoção da população. “Vamos poder realizar um trabalho pericial muito grande. Por isso vamos realizar um chamamento de peritos e médicos legais via concurso público para suprir essa demanda”.
Prefeitos
Confúcio falou também sobre o bom relacionamento com os prefeitos dos 52 municípios. Segundo ele o tratamento é de “porteira aberta”. Ou seja, “eu vou atrás. Eu surpreendo os prefeitos, eu vou lá. Não discrimino nenhum prefeito de qualquer partido. Trabalho tranquilamente com todos. O recurso não é do governador. É das prefeituras”, afirmou.
Com a escassez de recursos, em especial neste último ano, os municípios não tiveram dinheiro para investir, para comprar máquina, fazer uma ponte que fosse.
E o Estado ajuda com máquinas, com dinheiro do Fundo para Infraestrutura Transporte e Habitação (Fitha), ou com o ‘Mão Amiga’, que são patrulhas mecanizadas que vão fazer serviços que seriam dos prefeitos para recuperar estradas vicinais, mas encontram dificuldades, pois os municípios tiveram queda na receita, na participação dos repasses constitucionais.
Saúde
Na área de saúde, Marcelo Bennesby disse que por ser médico, o governador é muito cobrado. O povo reclama. E o governador afirmou que a saúde é um dever do Estado e um direito de todos. Isso foi uma ousadia dos Constituintes. Poucos países tem isso. “Ninguém tem coragem de afirmar que vai resolver o problema de saúde. Mas melhoramos muito”, afirmou.
Rapidamente o governador fez um balanço do que tem sido feito na área de saúde. Até pouco tempo atrás todos os doentes de câncer tinham de buscar tratamento em outros estados. “Agora trouxemos o Hospital de Câncer de Barretos, “que é uma referência em todo o Brasil”. Além disso, “temos ainda o São Pelegrino aqui em Porto Velho e o Hospital de Câncer de Cacoal”.
Quanto aos leitos de UTI, afirmou, foi criada a Assistência Médica Intensiva AMI, com 35 leitos na zona Sul. “Quando assumimos o governo tínhamos 300 leitos em hospitais, hoje dobramos para 600”. Falou também no hospital Cosme e Damião, referência em atendimento infantil e do serviço de hemodiálise, que agora é feito dentro da UTI, sem necessidade de transportar o paciente. “Em Ariquemes conseguimos reativar o serviço público de hemodiálise, beneficiando toda aquela região”, disse.
Outro trabalho que merece destaque e é um trabalho do governo Confúcio Moura é o SAMD (Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar), que tira o paciente do hospital e o leva para a sua casa, “onde é atendido por uma equipe de profissionais composta de médico, fisioterapeuta, nutricionista, enfim, uma equipe completa”.
O jornalista Marcelo Bennesby fez um testemunho de que sua mãe sofreu um AVC e foi atendida pela equipe do Samd. “Ela está viva devido ao empenho da equipe do João Paulo II e pelo atendimento desta equipe. Só tenho a agradecer”, afirmou o apresentador.
Outra grande obra que está aguardando apenas os trâmites burocráticos pois já está licitada e reservados R$ 50 milhões para a construção é o Hospital de Emergência e Urgência (Heuro), que será construído ao lado do Hospital de Base em Porto Velho. O projeto da obra foi pago pela compensação das usinas e custou R$ 1,160 milhão. Outros R$ 50 milhões serão destinados pela iniciativa privada para mobília e equipamentos.
Ao todo, o Heuro contará com 268 leitos, 130 a mais que o João Paulo II, e terá 40 leitos home care (atendimento em casa), que hoje é realizado pelo Samd, que beneficia 110 pacientes. Terá também um heliporto para receber acidentados de urgência.
Agricultura
A agricultura é o grande motor a ser ainda impulsionado pelo Estado, pois Rondônia conta com muitas áreas de terras degradadas. “É preciso recuperar estas áreas e aí sim daremos um passo importante para a pecuária”, disse o governador. Refere-se, em especial às pastagens à beira da BR. É preciso calcário e fertilizantes. Para o governador, nenhum estado tem mais agricultura familiar que Rondônia. “Rondônia é o estado da reforma agrária. Rondônia é show”, exultou Confúcio.
Sobre o calcário, disse que grande parte está vindo do estado do Mato Grosso. “Em fevereiro vamos reinaugurar a usina de Pimenta Bueno que produzirá 400 mil toneladas”. Afirmou que posteriormente essa quantidade vai dobrar para 800 mil toneladas. “Mesmo assim ainda teremos um déficit. Por isso, vamos atrás de outras usinas. É preciso do calcário para corrigir a acidez do solo” afirmou.
Ao final da entrevista, antes dos agradecimentos, Confúcio fez questão de falar sobre o bom relacionamento com a bancada federal. “Todos são parceiros”. Para ele, as emendas parlamentares não são obrigadas a vir para os cofres do estado, “para onde o parlamentar encaminhar os recursos, seja numa associação, numa prefeitura ou outra entidade, estará beneficiando Rondônia da mesma forma”, disse.
Fonte
Secom - Governo de Rondônia