Complexo portuário garante eficiência ao sistema produtivo

Rampa RO-RO do Porto Publico de Porto Velho

Nos últimos seis anos, a movimentação de produtos, cargas e mercadorias no Porto Público de Porto Velho alcançou 700 mil toneladas. As operações constataram que Rondônia obteve  aumento na produção de grãos, carne, granito, minérios, couro e madeira de lei certificada.

As perspectivas de importações também indicam para o aumento de cargas, com destaque para o embarque e desembarque de produtos eletrônicos, cabos e vidros laminados.

Estatísticas divulgadas pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), indicam que a partir de 2016, o Porto da Capital deverá expandir suas instalações para atender à demanda e melhorar os acessos rodoviários para não agravar o colapso do trânsito no centro da cidade, especialmente no período do transporte da safra de soja e outros grãos do Norte do Mato Grosso.

Segundo o diretor presidente, José Ribamar Oliveira, o novo Complexo Portuário, em Porto Chuelo,  é a garantia  para que o Estado acompanhe esse crescimento econômico e atenda às expectativas da iniciativa público e privada. “A nova infraestrutura portuária, vai potencializar ganhos de eficiência ao sistema produtivo local e estimular investimentos e empregos”, destaca.

Infraestrutura
De acordo com Oliveira, o novo complexo será dotado de áreas de retroporto (infraestrutura de apoio no entorno do porto), estacionamentos, áreas para futura instalação de empresas públicas e privadas, áreas para operações de granéis líquidos e até um aeródromo que será usado para aviões de pequeno porte, sem contar com os ganhos logísticos proporcionados com a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Parcerias 

A importância que o porto tem no contexto do desenvolvimento econômico para Rondônia e outros Estados da Região, uma vez que pelo Rio Madeira transitam milhões de reais em exportação e importação, o Governo de Rondônia determinou à administração da Soph, mobilizar o Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público Privada do Estado, para tornar viável o empreendimento, seguindo o modelo de PPP (quando uma empresa privada assume a operação e manutenção de uma obra ou serviço público), a exemplo dos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).

Oliveira ressaltou que o Conselho Gestor fará um chamamento nacional de habilitação a quem possa interessar participar da PPP. “Isso demanda algum tempo para garantir a participação da sociedade e dos segmentos do governo, com sugestões para um grande projeto de interesse da comunidade”, adiantou.

Modernização

O diretor-presidente disse ainda que o Porto Público da Capital está num processo de modernização e revitalização com aquisição de novos equipamentos e reforma na infra e superestrutura portuária existente. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, através da Secretaria de Portos, os investimentos totalizam mais de R$ 22 milhões já negociados. “Paralelamente, estamos negociando a liberação de 4 milhões para a contratação de projetos e estudos que contemplem a construção e ampliação do novo Complexo Portuário, no contexto de PPP”, garante Oliveira.