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24/12/2024

DESENVOLVIMENTO

Porto Público fatura R$ 10,5 milhões e projeta nova área alfandegada em Rondônia

06 de maio de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

Movimentação diária de cargas de importação e exportação consolidam o Porto, que agora abrirá mais espaço a empresas diversas

De R$ 8,6 milhões de faturamento em 2019, o Porto Público de Porto Velho aumentou em mais 20%, para R$ 10,5 milhões, e tende a melhorar com a execução do Plano de Desenvolvimento de Zoneamento (PDZ)*, que facilitará novas licitações de áreas em sua extensão de 20 hectares, margeando o rio Madeira.

Ao analisar nesta quinta-feira (6) o cenário de importações e exportações, o diretor-presidente Fernando Cesar Ramos Parente informou que essa evolução implicou ações que visam sanear receitas e normatizar a cobrança tarifária. “Reajustes não ocorriam desde 2015”, ele justificou.

Em 2020, o Porto movimentou cargas gerais de 249,69 mil toneladas (t) de exportação e importação. O embarque de mercadorias somou 43,38 mil t, enquanto o desembarque, 1,66 mil t, totalizando 44,05 mil t.

Delegada pelo Governo de Rondônia, a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph) é gestora do Porto que fez 45 anos em 2020 e que escoa cada vez mais a produção agrícola regional, incluindo a do noroeste do vizinho Estado de Mato Grosso, próximo a Vilhena, a 822 quilômetros de Porto Velho, pela BR-364.

A saúde financeira do porto começou a se consolidar a partir de 2019, com a regularização dos compromissos da empresa. Desde aquele ano, aumentou a movimentação de cargas gerais entre Porto Velho e Manaus, em viagens com duração de quatro a cinco dias.

“A Soph passou a catalisar importações e exportações; temos o único recinto alfandegado da Amazônia Ocidental, instalado em Porto Público”, disse Fernando César.

Soja exportada é cada vez maior: 1,309 milhão de toneladas no ano passado

Conforme publicou em um jornal de grande circulação nacional, até dez anos atrás, pela precariedade de infraestrutura, terminais portuários de Porto Velho, Itaituba, Santarém e Barcarena (todas no Pará), Santana (AP) e Itacoatiara (AM) e Porto Velho (RO) eram tratados como “experiências” logísticas pela maior parte dos produtores de Mato Grosso. Agora Porto Velho se consolida como alternativa aos abarrotados terminais de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Uma empresa de navegação ocupa, atualmente, quatro hectares e é a única arrendatária. Com base nas alterações em leis de licitação, a Soph projeta para 2021 novas movimentações que irão consolidar a construção da nova sede administrativa e do espaço alfandegado, com o apoio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Secretaria de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Na área nobre temos hoje espaços para futuros escritórios de empresas usuárias e para a sua utilização devemos receber propostas de todo o País”, informou o diretor-presidente.

O crescente escoamento de grãos trará mais benefícios financeiros ao Estado, com base na movimentação do chamado granel sólido (soja e milho), e da crescente necessidade de fertilizantes nas lavouras. No ano passado, o Porto descarregou 403,059 mil t de fertilizantes israelenses que, somadas às cargas de combustíveis e subprodutos de petróleo, totalizaram 418,074 t.

“Hoje, a carreta que chega com a soja, descarrega no armazém, e ali mesmo estaciona para ser abastecida com fertilizantes israelenses que são transportados para propriedades rurais de Rondônia e de Mato Grosso”, explicou Fernando César.

Entre os projetos, o diretor-presidente menciona a reestruturação do fluxo de acesso [entrada e saída de transportes de cargas pesadas], visando à melhoria do controle do peso de carga, que é feito por uma balança específica. “Isso proporcionará mais segurança, tanto nas operações quanto na prestação de serviços”, assinalou.

Segundo ele, a Soph prevê o aumento do número de berços de atracação, que atualmente são cinco. Trata-se dos pontos onde as balsas encostam.

Além disso, há outras áreas de operação com o modelo de embarcação roll-on-roll-of, adotado nos anos 1980 no Brasil. O termo em inglês é assim traduzido: rolar para dentro, rolar para fora, numa referência a carrocerias, caçambas ou tanques transportados por caminhão ou reboque de trator cuja carga entra e sai pelos seus próprios meios, utilizando um chassi com rodas. Ao todo, o Porto possui 11 áreas de movimentação cargueira, em toda a sua encosta.

RESGATE

Fernando Cesar enfatizou essas melhorias, convicto do aumento da quantidade de operações no município de Porto Velho, que passa “a potencializar melhor o uso do Porto”. A Soph trabalha para diminuir custos e, ao mesmo tempo, beneficiar investimentos empresariais que estão chegando.

“Passadas mais de quatro décadas, essa é a busca pelo resgate da importância que a empresa tem, daí passar por profundos processos que modificam não apenas a sua gestão, mas utilizam metodologias técnicas indicadoras do seu real papel no fomento da economia do Estado de Rondônia”, analisou.

O diretor destaca a integração da Soph com as políticas dos governos Federal e Estadual. “Se a fase estática existiu, ficou bem para trás, porque o Porto vem dando certo”, observou Fernando Cesar. Uma vez mais, ele destacou o PDZ como elemento dinâmico para integrar a complexidade das relações econômicas mundiais, sujeitas às mudanças e impactos na oscilação do mercado e também às decisões das empresas instaladas no complexo portuário.

EMBARQUES PARA EXPORTAÇÃO: 220,5 MIL T

Entre outros produtos embarcados para exportação, em janeiro de 2020, dois meses antes da pandemia da covid-19, o Porto embarcava 1,39 t de açúcar, totalizando em dezembro, 70,12 mil t. Em fevereiro daquele ano, exportava 48 t de arroz, e no final do ano 2,75 mil t. Em junho, movimentava 15 t de carne bovina, chegando em dezembro com 64,50 mil t. Em fevereiro, movimentou 196,9 t de feijão e em dezembro, 2,78 mil t.

O milho começou com 39,92t em janeiro, e chegou a 3,40 mil t em dezembro. Óleo vegetal: 303,5 t em janeiro e 7,96 mil t em dezembro. Dezembro fechou com a movimentação geral de 220,5 mil t. O Porto exportou 75,4 mil t de milho e 1,309 milhão de t soja no ano passado.

360 CONTÊINERES 

Houve 86 atracações de barcos, balsas e barcaças entre março e dezembro de 2020. Nesse mesmo período, os trabalhadores portuários movimentaram cargas de cerca de 2.200 t de embarque e desembarque.

Já os contêineres TEU [wenty feet Equivalent Unit; em português, unidade equivalente a um contêiner de 20 pés] foram quase duas vezes mais: 4.049. O movimento geral de cargas conteinirizadas totalizou aproximadamente 44.050 t. Entre janeiro e dezembro do ano passado, a administração da Soph embarcou mercadorias em 1.799 contêineres , 3.339 contêineres TEU, totalizando 42.380 t.
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* O Plano de Desenvolvimento de Zoneamento elaborado pela Administração Portuária [no âmbito do Ministério da Infraestrutura] é também aprovado pelo Conselho de Autoridade Portuária, considerando o objetivo de integrar as necessidades do País com relação a transporte portuário, a economia nacional e a busca da eficiência e modernidade ao Porto Organizado. Seu principal objetivo é determinar parâmetros de organização das áreas e instalações dos portos organizados, proporcionando o desenvolvimento sustentável do porto e integrando os modais de transporte.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz e Rafaela Schuindt
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Distritos, Economia, Empresas, Governo, Infraestrutura, Legislação, Rondônia, Serviço, Servidores, Sociedade


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