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11/08/2024

NAVEGAÇÃO

Fenavega propõe a criação de grupo de trabalho para solucionar riscos da navegação em Rondônia

02 de maio de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

 

Na manhã desta segunda-feira (2), representantes do setor portuário, dos órgãos fiscalizadores como a Agência Nacional de Transporte Aquático (Antaq), Marinha do Brasil, Fecomércio, Fiero, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) estiveram reunidos na presença do deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO) para apontar os riscos da navegação provocados pela descida desgovernada de galhos e troncos de madeira.

Representantes do setor portuário e órgãos fiscalizadores buscam solução para conter descida de troncos e madeiras no rio Madeira

Representantes do setor portuário e órgãos fiscalizadores buscam solução para conter descida de troncos e madeiras no rio Madeira

O presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Raimundo Holanda, criticou severamente a desatenção dada ao tema, uma vez que a hidrovia do rio Madeira viabiliza o escoamento da produção do agronegócio. “Em números, um comboio de 20 balsas mais um empurrador e a carga transporta cerca de R$ 350 milhões. É um investimento muito alto para corrermos o risco com acidentes que essas madeiras podem provocar ao descerem desgovernadamente pelo rio. Perdemos eficiência quando nos arriscamos dessa forma. Falar de investimentos e incentivos do Governo Federal para implantação do Arco Norte é completamente inviável se não solucionarmos isso de alguma forma”, avaliou Holanda.

O diretor presidente da Sociedade dos Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), Leudo Buriti, relatou que anualmente o Porto Público investe cerca de R$ 500 mil para fazer o retirada da madeira que engata no cais flutuante. “A quantidade de madeira que desce pelo rio Madeira é impressionante. Há momentos que não registramos nenhuma descida, mas de repente, nos deparamos com um volume absurdo de troncos que engatam no cais flutuante e fazem pressão contra a estrutura, podendo, inclusive, levá-lo à pique. O custo para retirada da madeira e devolvê-la ao curso natural do rio é alto e o problema é repassado novamente aos portos que estão a jusante do Porto Público”, relatou Leudo.

Paulo Cunha, chefe da unidade da Antaq em Rondônia, reforçou os alertas a que agência tem feito sobre a segurança da navegação na hidrovia. “Precisamos criar um grupo de trabalho com todos os envolvidos e lançar alguma estratégia para evitarmos sinistros, pois há algum tempo o presidente da Fenavega e a Antaq tem sinalizado sobre a possibilidade de uma tragédia anunciada. Se um tronco desse consegue perfurar uma balsa, produzida em aço naval, imagina a proporção se perfura o casco de uma embarcação carregada com 3 milhões de litros de derivados de petróleo”, indagou Cunha.

O deputado federal Marcos Rogégio, líder da frente parlamentar em Defesa dos Portos, Hidrovias e Navegação do Brasil, acredita que o apontamento das soluções pelo grupo de trabalho é o início das tratativas. “Nós precisamos que os representantes portuários apontem as soluções de forma que todos os outros envolvidos possam distinguir as considerações e tentemos juntos criar uma medida provisória que permita a retirada dessa madeira e a exploração dela de forma comercial, reduzindo custos e riscos de acidentes para a navegação, maximizando a possibilidade de ampliação deste canal para escoar a produção do agronegócio”, ressaltou o parlamentar.


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Fonte
Texto: Rafaela Schuindt
Fotos: Rafaela Schuindt
Secom - Governo de Rondônia

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