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23/12/2024

ECONOMIA

Porto público de Porto Velho embarca primeira carga de madeira da Bolívia para o exterior

23 de março de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

BDX Florestas inicia projeto piloto no Porto Público

Porto Público é local estratégico para escoar produção, afirma Daniel Pereira

Antuérpia, na Bélgica, é a primeira cidade no exterior que receberá madeira proveniente da Bolívia despachada no Porto Público de Porto Velho, uma inédita operação que marca o início de um projeto de se adotar um corredor de exportação de produtos daquele país andino, utilizando-se da estrutura portuária da capital de Rondônia, em vez dos portos de Arica no Chile e de Matarani, no Peru.

“O porto de Porto Velho é local estratégico para escoar a produção brasileira, da Bolívia e também do Peru, criando uma integração latino americana a partir da nossa capital”, destacou o governador em exercício Daniel Pereira, que na tarde desta terça-feira (22) promoveu uma exposição das potencialidades do porto e atuação da empresa BDX Florestas.

Mediante contrato temporário firmado com a Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), a empresa tem se utilizado há pouco mais de um ano das instalações existentes no porto público para viabilizar a exportação de floresta plantada para o exterior.

Por ser o único alfandegado da região Norte, uma condição que envolveu esforços do governo de Rondônia, da Soph e de setores empresariais capitaneados pela BDX Florestas, o porto público de Porto Velho apresenta condições para encurtar distâncias na exportação de produtos da vizinha Bolívia.

O caminho das 28 toneladas de madeira armazenada em contêiner já vistoriado, fiscalizado e lacrado no porto pela Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal totalizou da Bolívia até Porto Velho 330 quilômetros. “Seriam 1.700 quilômetros se fossem até o porto de Arica , no Chile ou 2.700 para o porto de Matarani, no Peru, e tem de cruzar os Andes, com carga limitada. Os bolivianos estão eufóricos com a rota que pode consolidar a exportação pelo porto de Porto Velho”, disse o diretor Comercial da BDX Florestas, Dario Lopes.

Por sua condição de área alfandegada, o porto público está sujeito ao controle aduaneiro das autoridades, o que facilita o percurso dos produtos por ele escoados para o exterior. A carga de madeira enviada pela BDX Florestas irá agora de balsa até Manaus, mas lá não passará por controle algum, apenas transferida para um navio, rumo ao exterior.

“Isso possibilita resolver o problema do transporte de cargas do Peru vindo para Porto Velho. Antes, esse produto iria primeiro via Canal do Panamá, ia para Santa Catarina e vinha de carreto para cá, ficando três ou quatro vezes mais caro do que enviado diretamente a nós, que podemos comprar e vender produtos para o Peru”, completa Daniel Pereira.

 

Daniel Pereira: aposta na integração latino-americana via porto de Porto Velho.

Governador em exercício acredita na integração latino-americana via porto de Porto Velho

O coordenador de Gestão Portuária da Soph, Edemir Monteiro Brasil, fez uma exposição para empresários, deputados e para setores da imprensa sobre a evolução da atividade portuária pública na capital. Ele acredita  no projeto de abrir um corredor de exportação a partir da Bolívia em razão da menor distância.  “Hoje as cargas da Bolívia saem até São Paulo para dar volta no Atlântico, pegar o Pacífico no Panamá, ir para o Peru ou Chile, isso é um absurdo.”

Há no porto público, área com 220 mil metros quadrados, um subaproveitamento do espaço. Dessa área, apenas um quinto está sendo utilizada, ou seja, 50 mil metros quadrados. A BDX Florestas, segundo Edemir Monteiro, ocupa sete mil quadrados a partir de um contrato temporário firmado com a SOPH, por 18 meses, prorrogáveis por igual período.

“É gerada, com esses contratos, uma renda mensal ao porto, baseada no valor fixado por metro quadrado ocupado”, afirma Edemir. Segundo ele, até 2013 a única forma de se instalar no porto era por arrendamento, mais burocrático e de longo prazo (25 anos), inviabilizando projetos de pequenas e medias empresas.

“O contrato temporário abre a possibilidade de uma empresa menor testar uma nova ação, um projeto, que não seja pelo arrendamento. Se der certo a atividade, parte para o arrendamento”, afirma. O ganho, para a cidade de Porto Velho, é a movimentação da atividade de comércio e serviços e geração de empregos.

Estiveram na sede administrativa da Soph para a exposição os deputados Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia Legislativa, Léo Moraes e Lebrão; o subchefe da Casa Civil, Waldemar Albuquerque; representante da Superintendência de Desenvolvimento de Rondônia  Alisangela Lima; dirigentes da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero); e empresários.


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Fonte
Texto: Mara Paraguassu
Fotos: Esio Mendes e Rafaela Schuindt
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Economia, Governo, Infraestrutura, Rondônia, Tecnologia, Transporte


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