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CONQUISTAS

Formação de professores indígenas em Rondônia é refletida na conquista dos alunos

19 de abril de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Educação indígena tem recebido atenção especial do Estado

Nos últimos anos, a educação pública em Rondônia vem se fortalecendo e entre os que têm garantido destaque nacional para o estado estão os professores indígenas da etnia Paiter Suruí.

Bons exemplos estão em Cacoal, que conta com 11 escolas indígenas. Foi com o objetivo de fortalecer a educação dos povos originários do estado que o governo de Rondônia investiu na formação dos professores e hoje colhe os frutos desse investimento.

Em 2016, Luiz Weymilawa Suruí esteve entre os 10 finalistas do Prêmio Nacional Educador Nota 10. Com o trabalho intitulado Lap Gup: nossa casa, nosso lar, Luiz concorreu com outros 4.199 professores de todo o país. Luiz Weymilawa Suruí é professor da Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Sertanista José do Carmo Santana. Uma curiosidade é que em 2008, o irmão de Luiz, que também é professor, foi um dos ganhadores deste mesmo prêmio. Joaton Suruí também esteve entre os 10 finalistas, entre milhares de professores inscritos.

Depois de conquistar seus lugares entre os 10 finalistas do Prêmio Educador Nota 10, considerado o mais importante no Brasil, 2017 foi o ano em que um professor de Rondônia foi o grande vencedor. Entre os 10 finalistas, classificados entre 5.006 inscritos, Elizangela Suruí consagrou a educação indígena e rondoniense sendo a grande vencedora.

O trabalho de Elisângela, batizado de Mamug Koe Ixo Tig, que significa A fala e a escrita da criança, incluiu a elaboração de um material didático próprio em Paiter Suruí para os 15 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, que estudam todos na mesma sala multisseriada. A professora preparou, junto com os alunos, um caderno de atividades de escrita e leitura na língua materna, estabelecendo relações com a língua portuguesa e com a de sinais, já que existem alunos surdos entre o povo paiter.

Elisângela Suruí, Educadora Nota 10, desenvolveu seu projeto, junto aos alunos indígenas da etnia Paiter Suruí

Exemplo a ser seguido

O projeto de Elisângela foi feito para os falantes de Paiter Suruí, mas ao conquistar o maior prêmio destinado aos professores brasileiros, agora serve como um grande exemplo, podendo ser replicado em outras comunidades indígenas e quilombolas pelo Brasil. O fato dessas línguas serem de tradição oral e de as comunidades perderem cada vez mais moradores para as cidades impede a transmissão do conhecimento para as novas gerações, e mudar esta realidade foi o grande foco da professora rondoniense.

Outra conquista dos professores indígenas em 2017 foi o prêmio Respostas para o Amanhã, que incentiva a realização de projetos que acessem conhecimentos científicos, formulem e proponham soluções simples para melhorar o lugar onde os alunos vivem, contribuindo, assim, para uma sociedade mais sustentável.

O professor Alexandre Suruí desenvolveu o projeto Plantas Medicinais do Povo Paiter: Resgatando os Conhecimentos Tradicionais, junto aos alunos do 2º ano do Ensino Médio, da Escola Indígena Estadual Sertanista José do Carmo Santana, e foi o representante rondoniense, conquistando o prêmio de abrangência nacional.

Novos frutos

Se as conquistas dos professores das escolas indígenas têm acontecido devido aos investimentos na formação e ao fortalecimento da educação dos povos originários do estado, novas conquistas mostram que o investimento valeu a pena.

Os frutos da formação dos professores estão sendo colhidos e os alunos estão se destacando e ganhando cada vez mais espaço em feiras estaduais e nacionais.

Após conquistarem o 1º lugar em uma das categorias da Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (Ferocit), organizada pelo Governo de Rondônia, os alunos Oikoealap Sulivan Suruí e Charles Oiyewamê Suruí, orientados pelo professor Cleverson Fernando Silva, participaram da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo (RS).

Na mostra, os alunos apresentaram o projeto Conhecimento tradicional Indígena: alisante natural para cabelos, desenvolvido na Escola Sertanista Francisco Meireles, em Cacoal.

A conquista dos alunos reflete não só a qualidade do ensino, mas a dedicação de professores que cada vez mais se dedicam à busca de conhecimentos e às melhores formas de repassar o que sabem aos alunos.

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Fonte
Texto: Giliane Perin
Fotos: Arquivo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Capacitação, Cultura, Cursos, Ecologia, Educação, Evento, Governo, Inclusão Social, Meio Ambiente, Rondônia, Saúde, Sociedade


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