Seduc promove encontro e acolhimento de mães atípicas de alunos de escolas estaduais de Porto Velho

Palestra “Autocuidado e maternidade: vivências necessárias às mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista – TEA”, do núcleo de saúde ocupacional da Seduc

O governo do Estado de Rondônia, por meio da Secretária de Estado da Educação – Seduc, realizou na quinta-feira (18), o encontro de acolhimento às mães atípicas de alunos das escolas estaduais de Porto Velho. De acordo com a titular da pasta, Ana Lúcia Pacini, a realização do encontro são frutos de esforços conjuntos da Coordenadoria Regional de Educação – CRE, da Diretoria Geral da Coordenadoria de Modalidades e Diversidades da Educação e Gerência de Educação Especial da Seduc, assim como de pais e gestores escolares que vislumbram a melhoria da qualidade da educação inclusiva, por intermédio da integração das famílias, no processo de desenvolvimento dos alunos.

A secretaria destaca que, nas escolas estaduais da Capital, há cerca de 567 estudantes autistas matriculados. “É um desafio para o Governo, educadores e famílias que buscam proporcionar a esses estudantes uma inclusão bem sucedida, não apenas no âmbito escolar, mas sobretudo social”, ressaltou.

O evento iniciou com uma ginástica laboral para descontrair o público

O evento iniciou com uma ginástica laboral e em seguida a apresentação da palestra intitulada “Autocuidado e maternidade: vivências necessárias às mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista – TEA”, do núcleo de saúde ocupacional da Seduc.

A gerente da educação especial, Vera Lúcia explicou que a data escolhida para realização do evento se deu por ser o mês em que se comemora o Dia das Mães. “Uma das datas mais importantes do nosso calendário. O objetivo foi proporcionar um acolhimento e reflexão com as mães atípicas. Elas têm uma caminhada de luta na busca pela garantia dos direitos dos filhos, e por isso estamos aqui para acolher essas mães”, evidenciou.

Vera Lúcia ressaltou que, a Seduc segue realizando curso de formações dos professores. “Temos na legislação do nosso Estado, a contratação de profissionais da educação e para contratar o profissional tem que seguir todo um rito processual. No serviço público não é simplesmente contratar. Tem que seguir a legislação vigente e o governador tem essa preocupação e está trabalhando para isso”, explicou a gerente.

O governador Marcos Rocha enfatizou que, o encontro de acolhimento às mães atípicas das escolas estaduais de Porto Velho está em consonância com a Legislação Federal vigente e a recente Lei Estadual de Rondônia n° 4615/2019, que institui a semana da mãe atípica: “Essa lei prevê a fomentação de encontros, seminários, conferências, fóruns e debates, que acolha essas mães, propiciando para elas discutirem mais sobre questões relativas à convivência, integração e desenvolvimento de seus filhos: nossos alunos”, comentou.

ACOLHIMENTO

Daiane Passos é mãe atípica e estava no evento. A filha dela de 15 anos de idade tem paralisia cerebral e deficiência intelectual e cursa o 9° na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão do Solimões. “A escola tem desenvolvido um papel importante, porém, sabemos que ainda há um longo caminho no que se refere a inclusão da pessoa com deficiência”, evidenciou.

Na opinião de Daiane é preciso pensar no ambiente escolar favorável para o aluno com deficiências e sobretudo, também para o professor: “Essas ações vão refletir no desenvolvimento pleno dos nossos filhos. Minha filha é muito inteligente e esperta e tem se desenvolvido muito bem, progredindo dia após dia. Ela anda, fala, porém, tem suas limitações e todo dia é um progresso. Nós mães atípicas sabemos o quanto é difícil. Todo dia é uma luta. Não podemos desistir jamais. Nossos filhos têm o direito de se desenvolver intelectualmente como qualquer outra criança”, frisou.