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Professores e alunos da Escola Estadual 21 de Abril em Porto Velho diminuem saudades com aulas e conversas pela internet

14 de abril de 2020 | Governo do Estado de Rondônia

Professora Rosilene, em casa: aulas pela internet para o 3º ano

Plataforma Digital utilizada pela Escola Estadual de Ensino Fundamental 21 de Abril, no Bairro Liberdade, arrebanhou novamente seus alunos para a continuidade do ano letivo. Diariamente, eles recebem conteúdos, estudam e interagem o tempo necessário.

Diretores, professores, supervisores, coordenadores e demais funcionários vivem uma rotina completamente diferente daquela caracterizada pelas aulas presenciais. O uso da internet substitui as aulas presenciais no período da pandemia mundial de coronavírus.

“Acredite e tenha fé, tudo vai ficar bem”, está escrito na abertura da mensagem que a equipe pedagógica postou no rede social, para levar ânimo aos seus 903 estudantes dos três turnos da escola, em Porto Velho.

A mensagem alentadora traz fotos de professores, da direção e demais integrantes da Escola.

“Em tempos de pandemia precisamos ficar em casa, mas a equipe 21 de abril tirou um tempinho para compartilhar com nossos alunos o quanto estão nos fazendo falta, e dizer que isso vai passar em breve”,  diz a apresentação do vídeo.

A iniciativa tocou o coração de professores e alunos. Por ser um período diferente para todas as pessoas, em todas as regiões brasileiras e no mundo, o resultado não seria outro, senão uma imensa saudade manifestada por alunos, professores e dirigentes.

Segundo o secretário estadual de educação, professor Suamy Vivecananda, as aulas online adotadas no Ensino Médio se constituem da melhor forma de auxiliar estudantes durante esse período suspensivo, em cumprimento ao Decreto nº 24.911, de 30 de março de 2020 e ao Decreto nº 24.887, de 20 de março, declarando estado de calamidade pública em Rondônia, como prevenção aos efeitos da pandemia.

 

“No começo, eu me abati um pouco, pensei que não houvesse amanhã, tive que me fortalecer muito”, conta a diretora da Escola, Carla Suzete Chaves.

 

Carla passou por momentos delicados na saúde da filha Thaís, de 19 anos, estudante de Direito, que se inquietou demais com a quarentena e sua pressão chegou a 16/10. O esposo, advogado, socorreu-a em tempo hábil. Thaís está bem agora, e Carla, mais tranqüila, dirigindo a instituição.

“Inicialmente, eu também tive dificuldades, porque não domino a informática, mas a nossa plataforma no Google [GoogleClassrom*] é ótima, e fui me adaptando a cada dia”, explica a professora dos 16 alunos do 3º ano B, Rosilene Monteiro Pinheiro, que valorizou a participação dos pais em todo o processo. “E o bom nisso tudo é que os pais também decidiram acompanhar o aprendizado, estão sempre presentes”.

Antes da quarentena, as dúvidas eram tiradas no grupo de wathsapp. Depois, a plataforma deu conta de atender aos conteúdos de Artes, Ciências, História, Matemática, Português e Religião.

Ágata Agnes: emoção com o vídeo

SAUDADES

A falta das brincadeiras, das descobertas, do aprendizado, da teimosia de alguns alunos na sala de aula, da algazarra durante o intervalo e do clima barulhento do retorno do recreio para as salas de aula.

“Por Waths App, nosso grupo trouxe atividades do Youtube e outras mais, online”, conta Ágata Agnes, 13, vice-líder do 9º ano no período da manhã. “Eu amei o vídeo que a Escola fez para nós; estão nos protegendo, passaram certa emoção, um carinho grande conosco”.

Segundo explica, no período da tarde ela e os colegas estudam os conteúdos. Algum especial que você destaca? – lhe perguntamos. “Matemática, muitos professores na internet dão aulas maravilhosas, e a gente compreende muito bem”.

Ágata, moradora no Bairro Embratel, acrescenta que a sua felicidade nesses tempos de pandemia “foi encontrar pessoas que alegrem os estudantes. Estamos com saudades da escola, mas sabemos que logo reencontraremos professores, a diretora e outros mais”.

No início foi um descanso, mas agora, tudo isso deve estar fazendo falta aos professores.

Julie de Souza: professora de Libras

“É uma experiência única, diferente, nunca imaginava que isso aconteceria um dia”, comenta a pedagoga e pós-graduada em Libras (Língua Brasileira de Sinais) Julie Daniela Pini de Souza.

Há cinco anos ela trabalha especialmente com alunos surdos e ouvintes, tirando dúvidas junto com o professor que está na sala. De segunda a sexta-feira, das 19h às 22h30, ela atende ao público do 8º EJA (Ensino de Jovens e Adultos).

O destino quis proporcionar-lhe mais momentos de fraternidade: “No momento em que vejo a necessidade de um bom controle mental, de manter o estado psicológico o mais calmo possível, também cuido de minha avó, dando remédios, alimentação adequada e banho”, relata, referindo-se a Benedita Pini, 89, ex-professora e diretora escolar em Porto Velho, sob sua responsabilidade.

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* Conforme um post no blog do Google, Gmail, Calendário, Drive, Classroom, Hangouts Meet e Hangouts Chat, além do G Suite for Education, estão liberados para os seus colaboradores. A plataforma afirma que “centenas de milhares de estudantes em Hong Kong, Vietnã e Itália, onde as escolas foram fechadas” estão estudando dessa forma.

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Arquivo Pessoal
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Educação, Governo, Inclusão Social, Rondônia, Serviço, Servidores, Sociedade


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