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23/11/2024

EDUCAÇÃO

Ministro da Educação defende a cultura da paz e secretária pede apoio à escola em tempo integral

26 de junho de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

II Reunião do Consed – Conselho Nacional dos Secretários de Educação-4

Ministro Renato Janine e secretária Fátima Gavioli

 

Incutir o respeito em todos os setores educacionais contribui para o fortalecimento do Plano Pátria Educadora, permitindo a participação maior de professores e pais nos municípios brasileiros. Com ênfase para a mudança entre o atraso e o moderno, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, discursou na segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), aberta às 15h54 desta quinta-feira (25) em Porto Velho.

“A sociedade deve assumir a responsabilidade pela educação. Os gestores no MEC e nos estados estão trabalhando muito, contudo há mais atores que devem se engajar, e por isso precisamos ampliar essa participação, o que não é fácil”, apelou o ministro.

Aplaudido, o presidente do colegiado Eduardo Deschamps anunciou a transmissão da primeira reunião por videoconferência para outros estados.

Renato Janine falou de vandalismo e violência: do roubo de computadores numa escola de São Paulo, por exemplo. “Ali podemos substituir a cultura do ódio e da violência pela cultura da paz”. Lembrou que visitou o bairro Heliópolis em São Paulo, onde há um ano uma aluna foi assassinada. Apoiada pela comunidade, a escola promove agora caminhadas pela paz.

O ministro mencionou também o respeito ao pedestre como meta do programa governamental e também a licença que atualmente é pedida por fumantes, em respeito aos não-fumantes. Disse que o fomento à leitura continua sendo essencial e pediu apoio de todos à cultura em geral, exemplificando com as aparições de professores em novelas de maneira pouco motivadoras.

“Quanto são os pais que reconhecem que os filhos saberão mais do que eles? Esse comprometimento faz falta ainda na sociedade brasileira, e isso faz parte do plano”, questionou.

Neste mês, o ministro instalou bases curriculares com professores da rede pública, envolvendo diretamente professores e representantes de diferentes áreas do ensino. A base curricular, segundo Renato Janine, deve fundamentar o ensino médio dentro da filosofia “do rabo que abana o cachorro”. Disse que aprendeu isso quando dirigiu a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes), na qual propôs e aceitou mudança de regras. “Assim, todas as sugestões são bem-vindas”.

Mencionou a sexualidade em alunos do ensino fundamental [de zero a 17 anos]. “Temos que acolher as diferenças na etnia, na religião e na educação sexual”, disse.   Segundo ele, a formação de família pressupõe “compromisso de corpo e alma”.

Ministro e governador participaram da reunião do Consed

Ministro e governador participaram da reunião do Consed

“É errado impor sexualidade, mas cabe à escola oferecer orientações e perspectivas filosóficas e de valores. É uma pena que não tenha sido assim antes do debate do plano”, lamentou o ministro.

Para Renato Janine, além dos planos nacional, estaduais e municipais, ‘a prática faz o Brasil padecer mais por falta de discussões, e os pais devem conhecer os métodos em disputa”.

“A todos devem ser dadas todas as oportunidades”, observou em relação a creches. “Nutrição e cuidados de saúde são imprescindíveis, mas já existe ganho administrativo com os investimentos feitos desde o programa pré-natal, ao Bolsa Família e Brasil Sem Miséria e outros”. “Descobrir o universo lúdico por meio da educação e ver o outro como oportunidade é fantástico”, assinalou.

TEMPO INTEGRAL

A secretária da educação de Rondônia, Fátima Gavioli, apelou, “em nome da região norte”, em melhorias para a educação integral nas escolas. Reforçou que, apesar da responsabilidade pelo ensino médio, professores reclamam a oportunidade de formação continuada. O ministro respondeu-lhe que a solução demanda recursos financeiros e reconheceu que o país tem que fazer escolhas e melhorar a arrecadação sem punir o contribuinte. Comprometeu-se a rever todos os planos existentes, mesmo os que estiverem em dificuldades, para reescaloná-los.

Segundo ele, o momento do Produto Interno Bruto (PIB) implica mais impostos, porém, isso pesa à sociedade. “Daí, o espírito de colaboração para o êxito das (19) metas do Plano Municipal de Educação (PME)”.

O secretário da Educação do Rio Grande do Sul Carlos Eduardo Vieira da Cunha disse que um milhão de alunos na rede escolar exige “enorme investimento” para melhorar o ensino em tempo integral. E apelou: “Não se faz obras por decreto. Estamos em situação de penúria, por isso dependemos do apoio federal. Em tempos de dificuldade, há que haver prioridade, sob pena de ofuscarmos a meta seis de padrão de qualidade”.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Bruno Corsino
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Cultura, Educação, Evento, Governo, Infraestrutura, Rondônia, Servidores, Sociedade


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