Governo expande convênio com o Instituto Ayrton Senna para corrigir diferença da idade e ano escolar em Rondônia

Parceria do estado com o Instituto Ayrton Senna vai corrigir diferença da idade e ano escola dos alunos de Rondônia

Para eliminar a distorção idade/ano, especialmente dos alunos do 1º ao 5º ano; evitar a evasão escolar e, consequentemente, melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o governo de Rondônia formalizou novo convênio com o Instituto Ayrton Senna, através da Secretaria da Educação (Seduc). De acordo com a gerente de Educação, Angélica Ayres, a parceria com o instituto existe desde 2013, mas a novidade neste ano é a expansão para as redes municipais.

Dados do Censo Escolar 2013 apontam que pelo menos 18% dos estudantes brasileiros estão cursando série com idade superior à recomendada pelo Ministério da Educação (MEC), e a proposta do Instituto Ayrton Senna é auxiliar as Secretarias de Educação de todos os estados para que as redes de ensino cumpram as metas-chave do Plano Nacional de Educação para anos iniciais do Ensino Fundamental e superem o problema da distorção idade-ano, com o programa “Acelera Brasil”, que vai disponibilizar aos professores toda metodologia para capacitá-los à correção.

Em contrapartida, o governo de Rondônia irá apoiar os municípios financiando o material didático-pedagógico para capacitação dos professores das redes municipais, enquanto as prefeituras participarão cedendo o espaço físico e os profissionais. Em recente encontro da Associação dos Municípios de Rondônia (Arom), em Ji-Paraná, a gerente de Educação da Seduc, professora Angélica Ayres, apresentou aos prefeitos as propostas para que haja a correção do fluxo idade/ano.

De acordo com Angélica Ayres, pelo menos 18 dos 52 municípios aderiram à iniciativa do governo estadual, que pretende corrigir a distorção dos alunos que futuramente irão ingressar na rede estadual. Nesta etapa serão atingidos pelo menos 3.251 alunos da rede municipal. Já na rede estadual são 1.824 alunos em 22 municípios.

Angélica Ayres lembrou, que fazem parte das metas-chave do Plano Nacional de Educação, universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade; garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam os anos iniciais do Ensino Fundamental  na idade recomendada, até 2024; alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental; e reduzir a distorção idade-série para 5%, fomentando a qualidade da educação básica, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem.

“Para que esses objetivos sejam atingidos, o Instituto Ayrton Senna auxiliará a Seduc de Rondônia na definição de estratégias, formação de profissionais e monitoramento de resultados. A gestão das metas e ações são de responsabilidade de um comitê gestor, composto por profissionais da secretaria e do instituto”, disse Angélica, reforçando que “vale salientar que o instituto tem caráter filantrópico, sem fins lucrativos, sendo uma referência nacional em termos de contribuição com a melhoria da educação do País. Sua assessoria é totalmente gratuita, cabendo ao estado arcar com os custos do material, inclusive os da rede municipal, uma vez que futuramente, a partir do 6º ano, ingressarão na rede estadual”.

Conforme a secretária Fátima Gavioli, com relação à redução da distorção idade-série são apontadas duas soluções. A primeira é o programa “Acelera Brasil”, que  contempla alunos já alfabetizados, porém atrasados em relação aos colegas da mesma idade. E a segunda solução é o programa “Se Liga”, destinado a alunos não alfabetizados na idade prevista. “As duas soluções pressupõem a inserção dos alunos em turmas específicas e trabalham com aspectos cognitivos e socioemocionais para evitar futuras retenções e assegurar o sucesso escolar”, observou a secretária.

A parceria com o Instituto Ayrton Senna garantiu ao município de Sobradinho (CE) destaque em nível nacional ao alfabetizar 100% dos alunos com a metodologia do “Se Liga”, enquanto o  “Acelera Brasil” possibilitou aos alunos acelerar de um até dois anos letivos, fato que também contribuiu com a elevação da autoestima dos alunos.