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05/11/2024

CACOAL

Formação de professores fortalece educação indígena em Rondônia

31 de janeiro de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

As 11 escolas indígenas de Cacoal contam com um quadro de 40 professores sendo que destes, 29 são indígenas

Em Cacoal, as 11 escolas indígenas atuantes contam com um quadro de 40 professores, dos quais 29 são indígenas

Rondônia tem se destacado nos últimos anos com a valorização da sua diversidade étnica e cultural. Na educação isso não seria diferente. Em Cacoal, das 39 instituições da rede estadual de ensino, 11 são escolas indígenas. Com o objetivo de fortalecer a educação dos povos originários do estado, o governo de Rondônia investiu na formação dos professores.

As 11 escolas indígenas de Cacoal contam com um quadro de 40 professores, dos quais 29 são indígenas. “Estes professores são concursados. Foi a primeira vez na história de Rondônia que foi feito um concurso específico para contratação de professores indígenas”, destacou a coordenadora regional de educação de Cacoal, Fátima Gavioli.

As escolas estão distribuídas em diversas aldeias na região de Cacoal, que tem como principais povos indígenas os Paiter Suruis e os Cinta-Largas.

EDUCADOR NOTA 10

Entre os 29 professores indígenas contratados, está o professor de geografia Luiz Weymilawa Suruí, que em 2016 conquistou o Prêmio Nacional Educador Nota 10, com o trabalho intitulado “Lap Gup: nossa casa, nosso lar”. Luiz Weymilawa Suruí é professor da Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Sertanista José do Carmo Santana, localizada em Cacoal. Ele concorreu com outros 4.199 professores de todo o País.

O projeto desenvolvido pelo professor indígena, que lhe concedeu o título de “Educador Nota 10 tinha, como objetivo propiciar que o professor estudasse junto com seus alunos o lugar e a territorialidade do seu povo, os Paiter-Suruí.

O projeto desenvolvido em sala de aula resultou na construção de um museu, dentro da aldeia G̃apg̃ir, do povo Surui

O projeto desenvolvido em sala de aula resultou na construção de um museu, dentro da aldeia G̃apg̃ir, do povo Surui

A partir daí, surgiu a ideia de construir uma casa tradicional dos Paiter para que os alunos pudessem compreender melhor como viviam seus ancestrais, antes do contato com os brancos. O projeto propiciou a compreensão do domínio das relações de sociabilidade, da cultura material e imaterial e do etnoconhecimento Paiter. O Lap Gup é o lugar de relações fundamentais da vida doméstica presente entre os Paiter. Com este projeto, os alunos puderam aprender com os mais velhos como se constrói o Lap Gup e sua importância etnogeográfica.

Ao ser selecionado entre os Educadores Nota 10, o professor de geografia, Luiz Suruí, colocou a educação indígena do estado em destaque e falou da importância do reconhecimento. “Como indígena e professor é muito significativo para mim ser reconhecido em meio a tantos profissionais de todos os estados brasileiros. Estar entre os 10 vencedores do Prêmio Educador Nota 10 só mostra que o povo Paiter resiste e luta por uma educação de qualidade”, disse Luiz Weymilawa Suruí.

O Prêmio Educador Nota 10 é organizado pela Fundação Victor Civita, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Em 19 anos foram premiados 201 educadores, entre professores e gestores escolares. A premiação tem como objetivo valorizar o trabalho docente e disseminar projetos pedagógicos de sucesso em todo o Brasil. Entre os 10 finalistas do Prêmio Educador Nota 10, Em 2016, o professor Luiz Weymilawa Suruí ficou na segunda colocação.

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Fonte
Texto: Giliane Perin
Fotos: Secom
Secom - Governo de Rondônia

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