Escola Lydia Johnson é uma provocação a nós mesmos, diz governador Confúcio Moura

Confúcio Moura: “Vamos ajustar a educação a um jeito novo.”

Com cerca de 130 alunos matriculados no primeiro e segundo anos do Ensino Médio, a escola Lydia Johnson, em Porto Velho, abriu oficialmente o ano letivo na manhã desta quarta-feira (23), com presença do governador Confúcio Moura. Em tempo integral, as aulas começaram no dia 16, e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) inicia na escola uma proposta pedagógica diferenciada com  a implantação do projeto Asas do Saber.

“Esta escola é uma provocação a nós mesmos. A educação será feita de acordo com a vontade do que vocês [alunos] declararam nas pesquisas, e nós vamos inventar, ajustar a educação num jeito novo, não vai ser aquela sala de aula com menino enfileirado, um atrás do outro, com sono, cansativo”, disse o governador Confúcio Moura.

A pesquisa mencionada pelo governador foi feita pela Seduc e Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) com jovens dos bairros São Sebastião, Balsa e Costa e Silva para saber as razões da evasão escolar, que segundo o governador Confúcio Moura atinge em Rondônia cerca de 15% dos 60 mil estudantes do Ensino Médio.

“Isso significam 9 mil ou 10 mil alunos que deixam a escola e ficam na rua, com 14, 15, 16 e até 19 anos, que não terminaram o segundo grau, não fizeram nível superior e não tem profissão nenhuma. Eles existem e estão em Porto Velho, no interior do Estado. Precisamos oferecer para eles uma escola diferente, dinâmica”, declarou Confúcio moura.

Confúcio Moura contou que ao pensar no que chamou de “escola do impossível” e nos jovens que abandonaram os estudos por se sentirem desmotivados ou por conflitos sociais, pediu para os profissionais da educação baterem de porta em porta, de casa em casa, para conversar com eles.

“Queremos que vocês aprendam matemática brincando, conversando com o outro, a língua portuguesa dialogando, batendo papo, escrevendo, errando e acertando e fazendo uma avaliação conjunta. Procurem fazer coisas novas e usem o celular para aprender”, disse.

Confúcio Moura chamou a estudante Débora Cristina Ferreira Ribeiro, 22 anos, que tem dois filhos, de um e cinco anos. “Ela abandonou a escola por causa das crianças, e assim como ela quantas mães adolescentes, jovens, não param de estudar ? Agradeço sua coragem de voltar à escola, tenha força, não quero que você abandone de novo a escola”, disse.

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