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22/12/2024

SAÚDE PÚBLICA

Agevisa confirma quatro casos autóctones de zika vírus em Rondônia; não há caso de microcefalia confirmado

23 de fevereiro de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) confirmou nesta terça-feira (23) a ocorrência de quatro casos autóctones de zika vírus nos municípios de Alto Alegre dos Parecis (2), Alta Floresta do Oeste (1) e Vilhena (1).

Mapa de vistoria da dengue.23.02.16Nenhum dos dez casos de microcefalia [má formação do cérebro] em investigação foi confirmado como decorrente da infecção do zika. Entre 2015 e 2016, Rondônia teve quatro casos confirmados de chikungunya: dois em Porto Velho, um em Cacoal e outro em Vilhena, todos importados, ou seja, contraídos fora da zona onde se fez o diagnóstico.

No próximo dia 6 começará um novo mutirão para mobilizar o voluntariado que se dispuser a apoiar a saúde pública na “guerra” contra o mosquito Aedes aegypti. Ele transmite três doenças e se tornou mais conhecido a partir de meados dos anos 1990, quando a dengue se tornou endêmica. Períodos chuvosos favorecem a sua reprodução.

Faltam ser vistoriados imóveis em praticamente a metade da extensão territorial de Rondônia, conforme se vê no mapa fornecido pela Agevisa ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Atendendo atualmente a 12 estados, o Laboratório do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA) estabelece quota de 20 amostras por semana, porém, a demanda tem sido maior. Em consequência disso, somente gestantes e recém-nascidos em Rondônia estão na prioridade desse atendimento emergencial.

Segundo a diretora-geral da Agevisa, Arlete Baldez, a média de retorno dos exames é de três meses. Por exemplo, se o instituto receber 50 amostras, 30 não serão desprezadas em Porto Velho. “Elas serão acondicionadas e aguardarão exames do Laboratório Central (Lacen), ainda neste mês”, assegurou.

A diretora disse que o interior do estado tem surtos de dengue e tudo será feito para que não venha a epidemia. De janeiro a fevereiro deste ano aumentou em 267,89% o número de casos (computados até a semana passada) em relação ao mesmo período de 2015. Ainda não foram concluídos exames de 62,58% desses casos.

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Ordem é eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito, diz diretora da Agevisa

No ano passado, o boletim epidemiológico notificou 847 casos (237 confirmados) e neste ano, 3.116, dos quais 738 confirmados. Em investigação no mesmo período: 14 em 2015 e 1.950 neste ano.

Municípios com surtos de dengue desde julho de 2015: Espigão do Oeste (incidência de 1.544 casos), Ministro Andreazza (508), Parecis (1.474) e Santa Luzia do Oeste (445).

Ficaram em estado de alerta: Buritis (incidência de 166 casos), Cabixi (268), Pimenta Bueno (245), Rolim de Moura (286), São Felipe d’Oeste (262), São Francisco do Guaporé (121) e São Miguel do Guaporé (118).

Após a mudança de padrão determinada pelo Ministério da Saúde sucedeu-se a fase emergencial e, com isso, a vigilância teve que se anteceder aos fatos.

Segundo a diretora-geral da Agevisa, Rondônia alinhou-se à principal mudança de foco, ou seja, a saúde pública passou a trabalhar para evitar casos de doenças que trariam juntas a microcefalia. “A ordem é eliminar criadouros do mosquito, pois ainda não perfizemos 100% dos imóveis, e só esse percentual garantirá resultados”, assinalou.

CONSCIENTIZAÇÃO 

No intervalo entre as visitas dos agentes de vigilância e de voluntários, moradores devem dar continuidade ao combate aos focos do mosquito. Estão sendo vasculhados casas, quintais, armazéns, depósitos, prédios e terrenos com caixas d’água elevadas, depósitos naturais, pneus, plásticos, latas, sucatas, entulhos e lixo.

Poucas secretarias e órgãos públicos estaduais e federais dispõem de pessoal suficiente para as visitas. Por isso estão previstas parcerias com prefeituras municipais, câmaras de vereadores, igrejas, centros espíritas, escolas, clubes de serviço, lojas maçônicas, sindicatos, associações e instituições.

A Agevisa recomenda faxinas semanais. “Outra parte tão importante quanto as parcerias é a mobilização de instituições públicas para manter seus prédios limpos e livres do Aedes. Se isso for cumprido, aí sim, conseguiremos êxito”, comentou Arlete Baldez.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Gráfico - Gerência Técnica/Agevisa
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Água, Assistência Social, Capacitação, Convênios, Distritos, Ecologia, Educação, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Previdência, Rondônia, Saneamento, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Transporte, Turismo


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