Governo de Rondônia
25/04/2024

PROFISSIONAIS

Estudantes de enfermagem aprendem sobre gestão de vacinas durante estágio na Rede de Frio Estadual

29 de junho de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

Em média, a Rede de Frio Estadual recebe  de 30 a 40 estagiários por semestre

Contribuir com a formação de profissionais capacitados. Esse tem sido o propósito do Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), ao inserir acadêmicos do curso de enfermagem, tanto da rede pública quanto da rede privada, que estão na fase de estágio. Os futuros profissionais têm a oportunidade de aprender na prática todo o processo da coordenação estadual de imunizações.

O cumprimento do estágio faz parte da grade do curso. Em média, a Rede de Frio Estadual recebe de 30 a 40 estagiários por semestre, nos períodos matutino e vespertino, com carga horária de 60 horas. Conforme a enfermeira sanitarista da Rede de Frio, Maria Goreth Marinho Filgueiras de Lima, a oferta de estágio in loco é uma forma de divulgar, destacar a importância, bem como envolver o profissional de enfermagem com o Programa de Imunizações, uma vez que esta é uma das profissões mais atuantes neste segmento.

“Com isso nós induzimos o envolvimento desse profissional. Pois, na realidade muitos pensam que a enfermagem é voltada apenas para a assistência hospitalar, porém, não é só isso. É um leque de importância e uma delas é a prevenção, por meio do Programa de Imunizações, de grande relevância da saúde pública. Vale enfatizar que estamos falando de um programa de reconhecimento mundial, por sua eficácia e seu valor. Com isso temos envolvidos profissionais de enfermagem. Temos melhorado muito com esse casamento entre acadêmicos e o serviço”, pontua.

Com a pandemia, os trabalhos desenvolvidos pelos estagiários têm se tornado mais evidente

ESTÁGIO

Ainda de acordo com Maria Goreth, muitos estagiários, ao chegarem à Rede de Frio, demonstram admiração em virtude da dimensão do Programa de Imunizações para que a vacina chegue até a uma unidade de saúde.

Os acadêmicos acompanham os trabalhos desde a chegada dos imunizantes até a verificação das temperaturas nas caixas de isopor. Acompanham ainda a organização das vacinas dentro das câmaras de frio, analisam a temperatura das geladeiras e dos freezers; acompanham o sistema de dispensação dos imunobiológicos; verificam de perto a programação de entrega e o destino desses imunobiológicos entregues às regionais de saúde. Ao receberem o conhecimento necessário, os estagiários contribuem com a celeridade nos trabalhos desenvolvidos na Rede de Frio.

Além disso, os acadêmicos compreendem como é o relacionamento do Estado com o Ministério da Saúde, quanto à solicitação dos imunizantes, baseado na estimativa populacional de cada município.

A promoção de estágio não se limita apenas aos acadêmicos de enfermagem. A oferta também é ampliada aos residentes de medicina que, durante o estágio no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), têm a oportunidade de visitar e conhecer a estrutura da Rede.

A promoção de estágio na Rede de Frio Estadual ocorre em parceria com as faculdades que manifestam e formalizam o interesse junto à Agevisa. Há também o projeto de estágios remunerados, que ocorrem por meio de processo seletivo, com pré-requisitos e prova de avaliação.

TEMPOS DE PANDEMIA

Com o cenário pandêmico em Rondônia, os trabalhos desenvolvidos pelos estagiários têm se tornado cada vez mais evidente. Para se ter uma ideia da necessidade desses futuros profissionais, Maria Goreth destaca que, muitas vezes, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (Semusa) solicita o apoio dos estagiários no processo de vacinação.

“Com a atuação desses estagiários, estamos somando forças no enfrentamento à covid-19. E ainda tem mais, os sistemas dos imunizantes, por exemplo. Os acadêmicos analisam as coberturas das quatro vacinas que são pactuadas em todos os municípios. Pois temos a pactuação, conforme determinação do Ministério da Saúde (MS), em atingir as metas, correspondente a 95% de cobertura, em pelo menos três dessas quatro vacinas que são: a pentavalente, a vacina contra a poliomielite, a pneumocócica e a tríplice viral, aplicadas em crianças menores de um ano. Porém, essa última deve ser aplicada em crianças de um ano de idade. Contudo, em virtude dessa pandemia temos enfrentado dificuldades, pois muitos pais têm receio de levar suas crianças para vacinar”, detalha.

Atualmente, a Rede de Frio conta com dez estagiários do curso de enfermagem de uma faculdade particular. A enfermeira da Rede de Frio, Eliza Ferraz, conta que o ingresso dos estagiários é de suma importância, uma vez que o profissional, enquanto acadêmico, tem a oportunidade de conhecer, ao menos parcialmente sobre o Programa de Imunizações, podendo atuar com um diferencial. “Um resultado satisfatório para nós”, destaca.

Estagiários acompanham ações do administrativo ao monitoramento nas câmaras de frio

ATUAÇÃO 

A professora Eloíde Coelho lidera a equipe de estagiários que está na reta final do curso de enfermagem. Ela conta que, em virtude da pandemia, os acadêmicos foram inseridos em muitos processos de gestão. Atualmente, acompanham o processo de compra de vacinas e também o processo de acondicionamento, armazenamento e de lançamento dos dados de distribuição dos imunizantes no programa de lançamento do Ministério da Saúde.

“Por aqui, já passaram quatro turmas, totalizando em 20 alunos da instituição particular. Temos o feedback positivo quanto ao envolvimento na prática em si. Considero essa parceria de suma importância, uma vez que fomenta o conhecimento do acadêmico em relação ao processo de gestão. E eles saem com outra visão sobre o funcionamento de gestão dentro do Programa de Imunizações. Enquanto professora, vejo isso de grande relevância e é gratificante para os acadêmicos participarem desse processo”, conclui.

Gleiciane Aguiar faz parte da turma de estagiários. Ela está no 10º período e o que mais chamou sua atenção foi a outra possibilidade de atuação de um enfermeiro: a gestão. “Aqui podemos vivenciar as situações abordadas no administrativo, além de muitos programas que a gente não vê na parte assistencial. Agora, nesse tempo de pandemia, podemos acompanhar os sistemas que foram criados em função da vacinação, que é uma coisa nova para todos nós. O que levo como aprendizado é a organização, desde a elaboração de planilhas quanto às organizações das Unidades Básicas de Saúde (UBS), ou seja, gestão pública com o foco na auditoria”, finaliza.


Leia Mais
Todas as Notícias

Fonte
Texto: Jaqueline Malta
Fotos: Daiane Mendonça e Eloíde Coelho
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde, Serviço, Sociedade


Compartilhe


Pular para o conteúdo