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23/11/2024

ALERTA

Agevisa alerta gestores municipais da Saúde para ações de contenção à Malária em Rondônia

02 de fevereiro de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

O diagnóstico é gratuito, havendo ainda o teste rápido [fura dedo] para ser aplicado a pessoas que moram até cem quilômetros distantes da unidade de saúde urbana


A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) alerta gestores municipais sobre o aumento dos casos de Malária em Rondônia, para que adotem a prática de ações complementares, em obediência às normas técnicas do Ministério da Saúde, a fim de conter o avanço da doença no Estado.

Apesar de mundialmente conhecida, a doença transmitida pelo mosquito anofelino ainda pesa nas estatísticas oficiais. Porto Velho [34 mil Km²] teve o aumento de 15% entre 2019 e 2020: de 5.197 casos para 5.981. Em Candeias do Jamari, a 18 quilômetros da Capital, subiu 41%: de 1.814 para 2.563.

Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica [Sivep]. A situação mais grave é a de Costa Marques, a 714 quilômetros da Capital, na fronteira brasileira com a Bolívia, onde o percentual é recorde: 222%. O município passou de 107 casos para 345 entre 2019 e 2020. “Se não houver esforços gerais, a situação se complica”, alertou hoje (29) Valdir França,  coordenador do Programa Estadual de Malária na Agevisa

No final de 2020 foi editado novo manual para ações e acompanhamento da Malária. Assim, o coordenador insiste em maior participação dos municípios no atendimento rural e urbano.

O tratamento da Malária é feito com a administração de medicamentos antimaláricos, entre os quais, a Cloroquina por três dias e a Primaquina por sete ou 14 dias. Esses medicamentos são de dose única diária e devem ser ingeridos junto de uma refeição, para evitar dor de estômago.

A equipe responsável pela execução do programa no âmbito da Agevisa atua para cobrir toda área de Rondônia [237,5 mil Km²]. “Cumprimos ações pontuais, enquanto isso, os desafios se sucedem”, França explicou.  “No momento também estamos preocupados com um assentamento em Nova Mamoré [a 280 quilômetros de Porto Velho]”.

Ele observa que nos municípios mais afetados, gestores solicitam a termonebulização [o conhecido fumacê], mas a descontinuidade impede o êxito das operações.

“O Ministério da Saúde determina três aplicações, atenção à área com ocorrência do mosquito, e horário de pico em que proliferam”, assinala o coordenador.

Segundo Valdir França, se as aplicações não forem feitas corretamente, não terão efeito eficaz. Embora reconheça a luta incessante contra o novo coronavírus, ele apelou aos administradores “mais atenção à Malária”. São os cuidados de sempre: a utilização de telas em janelas e portas, roupas compridas [calças e blusas], repelentes, mosquiteiros e evitar água parada.

Pessoas com suspeita de contrair a doença devem fazer o diagnóstico com maior brevidade possível

Ainda conforme a estatística do Sivep, a situação dos municípios com maior ocorrência de casos, é a seguinte:

Guajará-Mirim (67% a mais), passando de 499 para 835; Machadinho d’Oeste [10%], de 384 para 423; Nova Mamoré (90%), de 90 para 171; Mirante da Serra [100%], de zero para 136; Vale do Anari [185%], de sete para 20.

Em Ariquemes, a 200 quilômetros da Capital, município “campeão” de Malária nos anos 1980, o número de casos recuou 27%: em 2019 foram 347, no ano passado, 250.

Alto Paraíso [-34%] também teve redução, de 116 para 76. E Espigão d’Oeste [-23%], de 242 para 185.

DIAGNÓSTICO TEM QUE SER RÁPIDO

França também recomenda às pessoas com suspeita de contrair a doença para procurarem fazer o diagnóstico com maior brevidade possível. “O ideal é em 24 horas”. O diagnóstico é gratuito, havendo ainda o teste rápido [fura dedo] para ser aplicado a pessoas que moram até cem quilômetros distantes da unidade de saúde urbana.

Esse teste rápido instituído pelo Ministério da Saúde deve ser solicitado à Agevisa pelos gestores municipais.

Infectados recebem tratamento fornecido gratuito em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são fornecidos de acordo com a espécie do protozoário, idade do paciente e condições de saúde.

SAIBA MAIS

Doença infecciosa febril aguda, causada por parasita unicelular, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaléia, que ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie do parasita infectante.

TRANSMISSÃO

A malária é provocada por protozoários parasitas que são transmitidos para o ser humano através da picada da fêmea do mosquito Anopheles. O mosquito pica uma pessoa contaminada, levando os protozoários para outra pessoa.

Vetores – Insetos da ordem dos dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles.

Agente etiológico – No Brasil, três espécies de Plasmodium causam Malária: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.

Reservatório – O homem é o único reservatório importante. Algumas espécies de macacos podem albergar o parasita, porém a transmissão natural é rara.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Arquivo Secom e Frank Néry
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Meio Ambiente, Rondônia, Saneamento, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade


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