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23/11/2024

PREVENÇÃO

Agevisa alerta doentes para que não abandonem tratamento da tuberculose

16 de abril de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

MATÉRIA COMBATE A TUBERCULOSE EM 16.04.15 FOTOS ADMILSON KNIGHTZ (16)

Rondônia ultrapassa percentual de abandono de tratamento da doença

É alto o percentual de interrupção do tratamento de tuberculose em Rondônia. O Ministério da Saúde estabelece em 5% o percentual de abandono e o estado alcançou índices entre 10% e 13%.

Ano passado, só em Porto Velho, havia 48 pessoas – de um total de 63 no estado – que reingressaram no tratamento dessa doença causada pelo bacilo de Koch, depois de abandoná-lo por conta própria.

“Isso é preocupante”, lamentou a coordenadora do controle de tuberculose da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), enfermeira Nilda de Oliveira Barros, nesta quinta-feira (16). “Em 2012, Rio Branco (AC) obteve o melhor índice de cura no País, enquanto Porto Velho ficou na quarta colocação dentre as capitais com maior abandono de tratamento”, ela disse.

Quarta causa de mortes entre as doenças transmissíveis e a primeira em pacientes com Aids, a TB (assim é conhecida a doença na linguagem médica) tem cerca de 70 mil casos por ano no Brasil. Rondônia é o terceiro estado brasileiro em casos de TB entre os povos indígenas, situando-se atrás dos estados de Tocantins e São Paulo (1º). Cacoal e Guajará-Mirim têm o maior número de casos.

Em 2013, a TB levou à morte 14 pessoas em Rondônia e, em 2014, mais oito: Alta Floresta do Oeste (1), Cacoal (2), Cerejeiras (1), Porto Velho (3) e Vilhena (1). No entanto, alguns municípios obtêm índices positivos, entre os quais Cacoal e Ji-Paraná, cidades onde as equipes de saúde dão importância ao agravo, com prioridade para  Tratamento Diretamente Observado (TDO).

Na investigação de 594 casos novos em 2014, Ariquemes teve 37, Cacoal 28, Vilhena 16, Ji-Paraná e Rolim de Moura 13 cada, e Porto Velho, 321. São 39 as pessoas que anteriormente tiveram a doença, trataram, mas voltaram a contraí-la, das quais 29 são da capital.

O tratamento gratuito dura seis meses e está disponível nas unidades de saúde do SUS, e pode ser feito nos centros de saúde ou em casa. “Quando a pessoa começa a se tratar, apresenta melhora, pensa que está curada e abandona o tratamento. Com o passar do tempo volta a sentir todos os sintomas e ainda corre o risco de se tornar resistente à medicação, “, alertou Nilda Barros.

PALIATIVOS NÃO RESOLVEM

Especializada em pneumologia sanitária e gestão de programas com ênfase em TB, a coordenadora constatou que muitos doentes, ao pensarem que estão com uma gripe comum, usam xaropes e procuram o pronto atendimento do SUS ou uma clínica particular, onde fazem nebulização que alivia os sintomas, e não saem dos paliativos.

A Agevisa alerta a todos os profissionais de saúde que a tuberculose nunca deixou de existir. Os sinais e sintomas da  TB são tosse com escarro por três semanas ou mais – às vezes com sangue -, perde o apetite, emagrece, se cansa facilmente, tem dor no peito e nas costas e febre baixa, geralmente à tarde.

A TB ataca principalmente os pulmões, rins, olhos e ossos. O risco de adoecer é geral, porém é maior entre as pessoas que convivem com doentes de TB pulmonar, sem tratamento, em lugares fechados, e aquelas em condições precárias de saúde, alimentação, habitação, alcoólicos, portadores de AIDS ou de diabetes.

Segundo Nilda Barros, a situação melhora se as equipes de saúde seguirem rigidamente as recomendações do Ministério da Saúde para o tratamento diretamente observado.

OFICINA EM ARIQUEMES

A maior causa de óbito é o diagnóstico tardio. Por isso, o município de Ariquemes,  em parceria com a Agevisa e Ministério da Saúde, promoverá nos próximos dias 23 e 24 uma oficina cujo tema é TB em populações mais vulneráveis. Semelhante evento ocorreu em novembro do ano passado, em Porto Velho.

A TB é transmitida pelo ar, de pessoa doente sem tratamento para outra sadia. Ela ocorre por tosse, espirro e pela fala.  Não se pega a doença quando se usa os mesmos pratos, talheres, roupas de cama, toalhas e vaso sanitário que o doente usa. Se a pessoa descobre o sintoma e o profissional de saúde também, tudo fica mais fácil. E se tiver hábitos saudáveis, eles funcionam como preventivo para que ela não adoeça.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ademilson Knightz
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Água, Assistência Social, Capacitação, Convênios, Distritos, Ecologia, Governo, Inclusão Social, Legislação, Meio Ambiente, Previdência, Rondônia, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade


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