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SAÚDE

Policlínica Oswaldo Cruz registra avanços em várias especialidades e extinção de fila de espera para exames cardiológicos

24 de novembro de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

Holter é o exame complementar do eletrocardiograma

Atendimentos médicos que levavam meses e até anos para ser realizados na Policlínica Oswaldo Cruz, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Porto Velho, a exemplo do Monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) e o Holter, exame complementar do eletrocardiograma com o monitoramento portátil que registra a atividade elétrica do coração e suas variações durante as 24 horas, são realizados atualmente sem necessidade de fila de espera.

Conforme o diretor José Maria França, a POC conta com quatro cardiologistas, dos quais dois são especialistas nesses dois exames. No local também é realizado o teste ergométrico na esteira ou teste de resistência e eletrocardiograma. “Antes havia um desespero pelo Mapa e o Holter, pois os pacientes eram obrigados a pagar em clínicas particulares ou aguardar na fila de espera, mas os investimentos feitos pelo governo têm minimizado cada vez mais o tempo de espera e garantido atendimento igual e em alguns casos até melhor que hospitais particulares”, disse.

Outro avanço na policlínica, que tem contribuído com a prevenção e detecção de câncer de mama, é a ala instalada pelo Hospital de Barretos, o Barretinho, onde são realizadas 50 mamografias por dia, 26 ultrassonografias e biópsia, quando necessário, conforme a médica Rebeca Amaral, que trabalha com outros oito funcionários, entre enfermeiros, técnica em radiologia e assistentes. Todos do Barretinho, que montou a estrutura no espaço cedido pela POC, facilitando o acesso das mulheres que são atendidas pelos mastologistas.

Segundo Rebeca, de janeiro deste ano até o início deste mês, foram detectados 82 casos de câncer de mama, enquanto que em todo o ano de 2016 foram 74. A maioria das pacientes tem entre 40 e 50 anos de idade, e há entre as 82 uma com 20 anos e outra com 89. Sobre a procura, a médica disse que além de Rondônia e os estados vizinhos Acre e Amazonas, atende também a pacientes de Roraima, uma vez que a unidade de Barretos em Porto Velho é a referência na região.

Médica Rebeca é responsável pela ala do Barretinho na POC

Considerando a gravidade da doença e a importância de ser detectada precocemente para a cura, a médica citou alguns municípios que viabilizam o transporte dos pacientes para a capital e lamentou que muitos não têm o mesmo interesse ou preocupação. “Poucas pessoas sabem que para ser atendidas com a mamografia não precisa de requisição médica, basta ter entre 40 e 69 anos e trazer a documentação pessoal, incluindo o Cartão do SUS [Sistema Único de Saúde]”, informou, completando que muitas mulheres também só buscam a prevenção durante a campanha Outubro Rosa, o que acaba aumentando a demanda e atrasando o exame em cerca de uma semana. “Antes do Outubro Rosa a pessoa consegue marcar a mamografia até para o dia seguinte ou o mesmo dia, mas durante a campanha só é possível para uma semana depois. Quem vier hoje só consegue para dezembro”, argumentou.

GERIATRIA

Na POC há ainda atendimento especial ao idoso feitos por dois geriatras, o que é muito importante, conforme revelou a paciente Raimunda Nonata, de 78 anos, que estava sendo atendida pela geriatra Adriana Bucar Venturelli. “A consulta é demorada. Mas vale a pena”, disse ela, que estava acompanhada pela nora que no dia anterior acompanhou o sogro ao mesmo atendimento. Segundo Adriana Bucar, a consulta tem duração média de 40 minutos a 1h, pois é feita avaliação criteriosa para complementação das realizadas por outros especialistas.

Raimunda Nonata, que estava sendo atendida pela geriatra Adriana, destaca importância do atendimento voltado ao idoso

Outro setor da POC que poucas pessoas sabem que existe, de acordo com o diretor França, é a sala de pequenos procedimentos, onde são removidos sinais, verrugas e outros abcessos ou deformidades da pele por cirurgiões plásticos. Quem fez cirurgia ortopédica no Hospital de Base, por exemplo, pode se dirigir à POC para retirar os pontos, o gesso ou colocar gesso. No setor são atendidos entre 20 a 30 pacientes por dia.

“Também avançamos no atendimento neurológico, com atendimento terceirizado a 40 pacientes por dia, inclusive crianças; e o laboratório de análises clínica, com 150 a 300 pessoas atendidas por dia e uma média de 100 mil exames por mês. O resultado sai no mesmo dia e sem risco de troca do material coletado, pois cada paciente é identificado com o código de barra”, observou.

Para quem necessita de algum relatório sobre o atendimento para comprovação judicial ou trabalhista, no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) da POC há 300 mil prontuários e outros 125 mil da POC-BR, para onde o atendimento foi transferido até a reforma do atual prédio. A partir de 2014, segundo Luzia Duarte, todo o atendimento foi informatizado e os pacientes passaram a ser identificados pelo número do Cartão SUS.

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Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Jeferson Mota/Arquivo POC
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
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