Pacientes da Oficina de Música emocionam o público com apresentação alusiva ao Setembro Amarelo

A apresentação fez parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à valorização da vida e à prevenção do suicídio

A segunda-feira (8) começou com um convite à empatia, à escuta e à valorização da vida. Pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Madeira-Mamoré, participantes da Oficina de Música, realizaram uma apresentação emocionante, marcando o início da semana com arte, dignidade e cuidado com a saúde mental. O evento aconteceu no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho.

A apresentação fez parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à valorização da vida e à prevenção do suicídio. Ao som de músicas como “O Sol”, de Jota Quest; e “Tocando em Frente”, de Almir Sater, os participantes foram convidados a refletir sobre os pequenos gestos que podem salvar vidas, como ouvir com atenção, oferecer um abraço ou simplesmente estar presente.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, ações que promovam a inclusão e valorizem a saúde mental são fundamentais como parte essencial da cidadania. “Estamos trabalhando para oferecer um cuidado ainda mais humano e integral. O Caps Madeira-Mamoré é um local que fortalece a autoestima dos pacientes e cria vínculos”, evidenciou.

CUIDADO E ESPERANÇA

A apresentação terminou em aplausos, e cada acorde tocado e cada verso cantado reafirmaram a importância de enxergar a saúde mental com respeito, amor e humanidade. Em um encontro que celebrou a vida, o cuidado e a esperança, pacientes que enfrentam diariamente os desafios dos transtornos mentais mostraram que é possível transformar a dor em arte.

O secretário da Sesau, Jefferson Rocha, reforçou que o Caps é uma unidade que salva vidas. “É um espaço aberto a todos, onde se pode encontrar acolhimento, arte, cuidado e dignidade. Vivemos num ritmo acelerado, e isso adoece. Precisamos desacelerar, olhar para o outro, escutar, compartilhar uma palavra, um carinho, um momento de atenção”, ressaltou.

MÚSICA E ARTE

Momento de reflexão sobre a importância da vida

O projeto da Oficina de Música é coordenado pelo educador Jucimar Moraes, que acredita no poder transformador da arte. “A música cura, libera emoções, fortalece os vínculos sociais. No Caps, temos verdadeiros artistas. Aprendo com eles todos os dias a ser mais humano. A arte é uma ponte entre as pessoas e o cuidado”, acrescentou.

A música, como expressão de liberdade e forma de convivência social, traz um tom acolhedor aos ambientes e se mostra uma importante aliada no processo terapêutico dos pacientes. Um dos participantes, emocionado, compartilhou: “Música que cuida, que cura. Foi através da oficina que eu consegui superar muitos problemas. A música me acalma”, disse.

A coordenadora do Caps Madeira-Mamoré, Janaína Quintanilha, enfatizou a potência da arte como ferramenta terapêutica e social. “Aqui unimos pintura, música, artesanato e outras atividades para promover o bem-estar. Todos nós devemos cuidar da nossa saúde mental”, explicou. 

ATENDIMENTO 

Para receber atendimento no Caps, é necessário encaminhamento médico, que pode ser solicitado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). A unidade realiza tratamento para pessoas com mais de 18 anos que apresentem transtornos mentais severos, como esquizofrenia ou outros quadros com comprometimento psíquico.

O Caps Madeira-Mamoré está localizado na Rua Elias Gorayeb, n° 2.576, Bairro São Cristóvão, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.  A equipe da unidade é composta por médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, terapeuta ocupacional, assistentes sociais, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de direção, administração e equipe de apoio.

Atendimentos especializados:

✅ Atendimento psiquiátrico;

✅ Plantão psicológico;

✅ Avaliação e acompanhamento em saúde mental;

✅ Atendimento multiprofissional;

✅ Oficinas terapêuticas (yoga, terapia corporal, música, memória e arte);

✅ Visitas domiciliares a pacientes com quadros graves;

✅ Matriciamento às equipes da Atenção Básica.

Os acompanhamentos são realizados diariamente, e, quando o paciente deixa de comparecer às consultas, a equipe realiza visitas domiciliares para garantir a continuidade do cuidado.

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