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PREVENÇÃO

Muito além de máscaras e álcool em gel, saiba como se proteger do coronavírus com orientação de infectologista de Rondônia

25 de março de 2020 | Governo do Estado de Rondônia

A desinfetação de objetos e ambientes é uma medida recomenda para evitar contaminação pelo coronavírus

 

Em meio à pandemia do coronavírus, é importante a população estar consciente do que funciona e o que não funciona para se proteger desse vírus. Segundo o infectologista, Armando de Freitas Noguera, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), estudos feitos na China apontam que na ausência de medidas de controle, o número de casos pode aumentar até 10 vezes em 7 dias.

O infectologista considera que as medidas de controle que fazem parte do Plano de Contingência criado pelo governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, em conjunto com o secretário de Saúde, Fernando Máximo, e equipe de governo, tem tido impacto positivo no enfrentamento da doença, pois o Estado ao contrário de outros, não registra nenhum óbito causado pelo Covid-19 e se mantém no cenário 1 da propagação do vírus, que é aquele com casos pontuais ligados a pessoas que estiveram em outros países.

O segundo cenário, que não acontece em Rondônia, é quando há transmissão sustentada, ou seja, local e transmitida de uma pessoa para outra, sendo possível identificar quem contaminou. Enquanto que o terceiro cenário, que Rondônia também não está inserido, é quando há transmissão sem controle, não sendo possível identificar quem transmitiu para quem. Segundo Noguera, o governo adotou as melhores práticas do mundo no enfrentamento ao coronavírus.

 

‘‘Com as medidas de controle seguidas com rigor, o sistema de saúde vai absorver os casos sem entrar em colapso e terá tratamento para todos os casos’’, conta o infectologista.

 

CONHECENDO O VÍRUS

O novo coronavírus, causador da doença Covid-19, segundo estudos, se mantém vivo até cinco dias no ambiente, o que pode variar dependendo da superfície. Em luvas é de até 8 horas, no alumínio é de 2 a 8 horas, o papel é de 4 a 5 dias. Já em plástico e cerâmica até cinco dias. O infectologista orienta a não levar as mãos aos olhos e à boca, que podem ficar contaminadas ao entrar em contato com objetos, pois as mucosas funcionam como portas de entrada para o vírus.

Infectologista, Armando de Freitas Noguera, afirma que medidas adotadas em Rondônia têm efeito positivo no enfrentamento ao coronavírus

Ao infectar uma pessoa, o período de incubação do vírus, que compreende o período de infecção até os primeiros sintomas se manifestarem, é em média de sete dias. Primeiro o vírus tem uma penetração local, contamina as células da mucosa e então há uma disseminação sistêmica.

O vírus, segundo o infectologista, pode causar mais gravidade em determinadas pessoas que apresentam fatores de risco como as que têm doenças crônicas ou que faça uso de medicação que causa baixa imunidade. ‘‘Nesses casos pode evoluir para pneumonia, acometimento cardíaco e até para uma meningite, este último é mais raro’’, afirma.

Os sintomas da Covid-19 são tosse seca, febre, dor no corpo, dificuldade para respirar, e coriza, que é menos frequente. ‘‘É uma síndrome gripal quem em alguns casos não tem gravidade, mas para outros são muito graves. Os jovens, por exemplo, por mais que não tenha um quadro grave, moram com outras pessoas como idosos e pacientes com doenças crônicas, que são casos graves, e podem os contaminar, por isso todos devem ser proteger’’, alerta o infectologista.

Ele explica ainda que mesmo assintomáticas, as pessoas podem transmitir o vírus, por isso é importante ficarem em isolamento domiciliar, pois caso contrário, quando os sintomas surgirem, já terão contaminado muitos. Já quando a pessoa apresenta os sintomas está com a viremia muito alta, eliminando muita secreção, e essas gotículas que elimina na hora de tossir, de espirrar, quando faz a limpeza no nariz, pode contaminar o ambiente e outras pessoas, então tem que ficar em isolamento domiciliar.

PROTEÇÃO: O que funciona e não funciona contra o coronavírus?

Existe uma distância segura entre as pessoas para evitar o contágio? Quando uma pessoa tosse ou espirra, ela libera gotículas e essas gotículas quando se espirra caem no chão até uma distância de um metro, então por isso essa é considerada uma distância recomendada entre as pessoas.

Máscaras, quando usar? A recomendação para usar máscaras é para profissionais da saúde e os pacientes doentes. Pessoas imunodeprimidos e com doenças crônicas podem usar para se protegerem, mas os que não se encaixarem nesses critérios devem usar o bom senso, pois é preciso ter um uso racional desse insumo. Se todos quiserem usar, faltará para aqueles que estiverem doentes, e estes vão contaminar a coletividade.

Máscaras são recomendadas apenas para profissionais da saúde e pacientes doentes

Na falta de álcool em gel, o que usar? Lave as mãos com o degermante, que é água e sabão

De quanto em quanto tempo, deve-se lavar as mãos? Antes e depois de ir ao banheiro, antes e depois das refeições, antes de manusear alimentos, ao chegar em casa. Pessoas que trabalham com papéis ao finalizar o serviço também devem lavar as mãos, pois podem estar trabalhando com objetos potencialmente contaminados.

Temperatura alta mata o vírus? O vírus não tem relação com a temperatura. Ela não influência. Mesmo em estados, como Rondônia, que possui temperaturas altas, registra casos de coronavírus.

Dinheiro em papel é uma fonte de contaminação? A sobrevida do coronavírus no papel é de até quatro dias, o recomendado é usar cartão de crédito, de preferência aqueles que funcionam apenas por aproximação, o que permite fazer compras sem encostar o cartão na maquininha.

Relógios, brincos, anéis e pulseiras devem ser evitados? Adornos, nesse momento nem pensar! Dentro de hospital é proibido e o paciente pode cobrar do médico que não use. Também recomendamos para a população geral que não use, pois são fontes de contaminação.

Óculos e celulares também devem ser alvo de cuidados de limpeza? Sim, limpem pelo menos uma vez por dia.

Se não estiver no grupo de risco, pode passear com o cachorro, ir a balneários, andar de bicicleta, acampar com amigos? Não é seguro. Quando sai de casa pode levar contaminação externa quando retornar, vai entrar em contato com lugares que andaram outras pessoas, e esses lugares podem estar potencialmente contaminados, desde as maçanetas das portas, elevadores até as pessoas que terá contato. Essa medida de isolamento social é para ser levada a sério.

Os jovens que não fazem parte do grupo de risco também devem seguir a recomendação de isolamento social? Sim, pois ao se sujeitar a contaminação, podem transmitir para familiares idosos, para os que têm doenças respiratórias, para o vizinho que está no grupo de risco. Ainda que o jovem contaminado desenvolva a doença de forma mais branda, esse grupo tem uma mortalidade muito baixa, de 0,02%, não pode pensar de forma egoísta, tem que pensar no bem da coletividade.

Quais produtos são eficientes para desinfestação do coronavírus? Quando se usa álcool, água sanitária e determinados agentes químicos de limpeza, o vírus é destruído. É importante também destacar a questão das concentrações, quando a composição é de 90% de álcool, por exemplo, o vírus é destruído em alguns segundos. Enquanto com 70% de álcool demora cerca de meia hora.

Quais os cuidados para não levar contaminação para dentro de casa? Ao chegar em casa já coloque os sapatos em um local separado, não ande pela residência com os sapatos, separa as roupas no cesto ou, se for possível, já lava a roupa que usou no ambiente externo.

O que torna um ambiente mais seguro? Locais com ventilação, aqueles mais arejados com janelas abertas onde há maior circulação do ar.

Bichos de estimação podem transmitir o coronavírus ou algum outro tipo de animal? Não há transmissão por animais.

Como reforçar o sistema imunológico? Uma alimentação balanceada, dormir bem e se hidratar ajudam a fortalecer a imunidade.

Usar luvas, ajuda ou atrapalha na prevenção? Para a população geral não está recomendado usar. Somente profissionais que vão lidar com pacientes ou objetos contaminados. É preciso considerar que é um insumo limitado nas farmácias.

Há cura para o coronavírus? O que existe são estudos de medicações em andamento e em paralelo a isso estão sendo feitos testes de vacinas.

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Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Frank Néry
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
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