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Governo de Rondônia atua na conscientização dos homens de olho na incidência de câncer de próstata na região Norte

16 de novembro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Um a cada 36 homens vai morrer vítima de câncer de próstata no Brasil. Os números são alarmantes e foram divulgados no início deste ano pela Sociedade Brasileira de Oncologia. O governo de Rondônia realiza durante todo o mês de novembro programa de conscientização, informação e diagnóstico da doença em todas as unidades de saúde do estado.

Nas regionais de Saúde Sesau leva informações e treinamentos aos municípios

Nas regionais de Saúde Sesau leva informações e treinamentos aos municípios

Uma ampla programação foi elaborada, e vem sendo desenvolvida pela Gerência de Programas Estratégicos de Saúde (GPES), através da Coordenação Estadual de Atenção Integral à Saúde do Homem.

Pelo calendário da GPES, nesta segunda-feira (16) acontece o Encontro com a Gerência Regional de Saúde de Ji-Paraná para visitas técnicas aos municípios e implantação da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem. Na Regional de Ji-Paraná, os treinamentos e palestras acontecem até quarta-feira. Na quinta-feira (19) a equipe técnica da Sesau vai até Cacoal, onde vai abordar a mesa temática com encontro com a Gerencia Regional de Saúde de Cacoal. A programação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) se estenderá até o dia 29, com a realização do Encontro com a Gerência Regional de Saúde de Vilhena.

Segundo a gerente da GPES, Delcy Mazzarello, o câncer de próstata lidera o ranking dos mais incidentes em todas as regiões do País. Nos Estados da região Norte, os registros apontam 30 casos para cada 100 mil homens, contra 91 no Sul, a região mais afetada, seguida pelo Sudeste (88 casos por 100 mil), Centro-Oeste (63 casos por 100 mil) e Nordeste (47 casos por 100 mil).

Além dos cânceres de pele, próstata, pulmão e mama, segundo o Ministério da Saúde, os mais comuns no Brasil são os de intestino e estômago.

COMO SE PREVENIR

A partir dos 45 anos de idade, os homens devem procurar seus médicos ou um posto de saúde uma vez por ano para realizar os exames de rotina. O toque retal é o teste mais utilizado e eficaz quando aliado ao exame de sangue PSA (antígeno prostático específico), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, indício da doença.

Para um diagnóstico final, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata. O Governo de Rondônia oferece consultas e os exames, na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho.

O público alvo da população masculina está na faixa etária dos 20 aos 59 anos, considerando a Portaria 1.944/GM de 27 de agosto de 2009, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde, a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem.

O QUE É A DOENÇA

Segundo Delcy Mazzarello, embora o câncer de próstata não apresente sinais em seu estágio inicial, sintomas como dor óssea, dificuldade para urinar, caminhar ou subir escadas e perda do controle da bexiga podem sugerir que a doença encontra-se em estágio mais avançado.

Uma pesquisa realizada pela IPCC (Coalizão Internacional para o Câncer de Próstata, em tradução livre do inglês) apontou, no entanto, que 47% dos homens nessa situação não dão importância aos sintomas e não comunicam o médico, iniciando o tratamento tardiamente e, como consequência, diminuindo as chances de cura.

O levantamento foi realizado com 900 pacientes e 360 cuidadores de 10 países (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Estados Unidos, Japão, Cingapura e Taiwan). Este câncer é diagnosticado, inicialmente, por meio do exame clínico de toque retal e pela dosagem do PSA (antígeno prostático específico – proteína produzida pelas células da próstata).

“No toque, um dos principais métodos de detecção da doença, alguns homens ficam desconfortáveis. Quando esse tumor é identificado no início, no entanto, o índice de remissão é bastante elevado”, afirmou Diocésio Andrade, diretor Técnico do InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto). O médico alerta que os testes devem ser realizados, anualmente, a partir dos 50 anos, quando não há histórico familiar, e a partir dos 45, quando há casos anteriores de parentes.

PREVENÇÃO E COMBATE

O câncer de próstata, glândula do sistema reprodutor masculino que produz e armazena parte do fluido seminal (esperma), é o 2º tipo mais frequente em homens no Brasil – ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Um estilo de vida saudável é a melhor alternativa para a prevenção de diferentes tipos de tumor, assim como o de próstata.

Entre as medidas que ajudam a prevenir o mal estão alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais, a prática de atividades físicas, manutenção do peso ideal, controle do diabetes mellitus e adesão a hábitos saudáveis, como não beber e fumar.

TRATAMENTO

Quando o exame clínico (toque retal) detecta nódulos e a dosagem do PSA está elevada, podem ser feitos ultrassom e biópsias múltiplas da próstata para confirmar o câncer. Caso o resultado seja positivo, o tratamento adequado varia de acordo com o tamanho e a classificação do tumor. O oncologista pode optar pela prescrição de medicamentos, cirurgia para remoção da próstata, radioterapia ou hormonioterapia.


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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Capacitação, Educação, Governo, Inclusão Social, Rondônia, Saúde


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