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Especialista da POC alerta sobre os riscos da conjuntivite e orienta pacientes a buscar atendimento primeiro em um posto de saúde

26 de janeiro de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Com o surto de conjuntivite, inflamação da mucosa que reveste o globo ocular, especialistas alerta que se não tratada corretamente, com uso de colírios antibióticos específicos, a viral e a do tipo bacteriana podem evoluir para uma doença mais grave, úlcera de córnea e até para a perda da visão.

Conforme o enfermeiro e especialista em oftalmologia, Richael Costa, responsável pelo Serviço de Oftalmologia da Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, o tratamento para este tipo de inflamação é de competência das unidades de saúde de baixa complexidade (postos de saúde), mas se agravada torna-se de alta complexidade, podendo causar a descompensação da córnea (incapacidade de o organismo restabelecer o equilíbrio físico ou mental alterado por um problema estrutural ou funcional), perda do cristalino (catarata), Câmara posterior do olho, deslocamento da retina, entre outros riscos, que podem levar a pessoa à fila do transplante.

Richael Costa explica~as consequências para a visão caso a conjuntivite não seja bem tratada

Richael citou que em janeiro de 2017 a POC atendeu a 14 pacientes que tiveram a conjuntivite agravada, enquanto que em dezembro foram 35.

A conjuntivite se manifesta de três formas: viral, bacteriana ou alérgica. As duas primeiras são contagiosas. Na primeira há coceira, secreção intensa e olhos vermelhos, podendo desaparecer em até três dias; e na segunda não há coceira, mas secreção purulenta e rejeição à luz, perdurando entre sete a dez dias. Já a alérgica pode ser associada a rinite, comum em crianças, não é contagiosa, mas coça muito.

O especialista recomendou que aos primeiros sintomas da conjuntivite, o paciente deve procurar um posto de saúde para os procedimentos, como uso de colírio, de óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se trabalha com produtos químicos.

Quanto à prevenção, a forma mais comum é lavar o rosto e as mãos ou esterilizar com álcool (as mãos), evitando sempre o contato com os olhos e também ambientes com grande aglomeração. “As pessoas devem sempre buscar orientação médica e jamais se automedicar”, alertou.

Com a mudança do tempo seco para o chuvoso, a conjuntivite torna-se mais comum. Em Rondônia há surtos em municípios como Ji-Paraná, onde nas últimas semanas foram registrados 116 casos do tipo viral no Hospital Municipal Claudionor Roriz. Mas o número pode ser maior, considerando que muitas pessoas buscam clínicas particulares e outras unidades. Já em Vilhena, uma única clínica atendeu em 30 dias a 23 casos, sendo que a média de atendimentos por ano era de 10 ocorrências.

Em estados vizinhos, como Mato Grosso, no mês de dezembro pelo menos 22 dos 141 municípios estavam em alerta para um possível surto. Dados da Secretaria de Saúde (SES) daquele estado apontavam que Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, tinham sido registradas mais de mil notificações, enquanto Cuiabá contabilizava mais de 500. Em Corumbá (MS), que em 2017 registrou 170 casos, já haviam 101 até o último sábado (20). Enquanto em Rio Branco (AC), em dezembro foram diagnosticados 806 casos. Já neste mês, até o último dia 16, tinham sido 358. Em todo o mês de janeiro do ano passado foram 124.

Quando a conjuntivite aparece depois do contato com um agente químico, ela é chamada de conjuntivite irritativa. Já o tipo causado por pó ou perfume recebe o nome de alérgica. As duas variações da doença provocam principalmente vermelhidão e coceira, e não são transmitidas por contato.

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Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Esio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde


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