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AVANÇO

Com transplante de rim, HB passa ser referência em Rondônia

28 de maio de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

Cirurgia marca novo ciclo da medicina no Estado

Cirurgia marca novo ciclo da medicina no Estado

O Hospital de Base de Porto Velho – referência no tratamento de alta complexidade em Rondônia – vai entrar, nesta quinta-feira, 29, definitivamente para a lista das unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) mais modernas do Brasil, ao realizar a primeira cirurgia de transplante de rim no Estado.

A cirurgia só será possível devido à melhora da infraestrutura do HB e ao avanço que a Central de Transplantes de Órgãos vem obtendo nos últimos anos. Desde 2011, foram realizadas 21 captações, num total de 42 rins e um fígado. Todo o trabalho realizado pela Central de Transplante tem a gerência do médico Alessandro Prudente, pioneiro na área em Rondônia, além da tutela da Santa Casa de Porto Alegre (RS), segundo maior centro de referência do Brasil em transplantes.

De acordo com o médico Alessandro Prudente, todo o processo e a cirurgia têm acompanhamento de especialistas da Santa Casa. Ele informou que a expectativa é muito grande e que o procedimento é fruto de um trabalho que começou em 2011, com a implantação da Central de Transplantes do HB.

Transplante melhora qualidade de vida

Transplante melhora qualidade de vida

Segundo Prudente, o credenciamento do HB pelo Ministério da Saúde (MS), que ocorreu em dezembro do ano passado, dá aos profissionais o suporte para que a cirurgia seja realizada em Porto Velho, dentro dos mesmos padrões dos grandes centros. Antes, explica Prudente, o hospital fazia apenas a captação de órgãos, preparava pacientes e fazia encaminhamento para São Paulo ou Rio Branco, no Acre. Agora, com o reconhecimento do MS, todo procedimento passa a ser feito na Capital. Segundo o HB, tanto o doador quanto receptor são de Porto Velho, e trata-se de pai e filha.

Mais de 40 pessoas beneficiadas
Mais de 40 pessoas já foram beneficiadas com doações de rins em Porto Velho, através da Central de Transplantes mantida pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). O avanço é fruto de um trabalho pioneiro que iniciou em 2011 com a implantação da Organização para Procura de Órgão (OPO). Este trabalho é desenvolvido dentro do Hospital de Base, em Porto Velho.

Nilson Paniágua, diretor-geral do HB

Nilson Paniágua, diretor-geral do HB

De acordo com o diretor-geral do HB, Nilson Paniágua, o programa tem como uma de suas atribuições principais a busca de possíveis doadores entre pacientes que tenha – com diagnóstico médico altamente avançado – a confirmação de morte encefálica. Estes pacientes são doadores em potencial para que as pessoas que estão nas filas de espera possam sem contempladas com a doação.

De acordo a coordenação, desde sua implantação, o programa vem conseguindo resultados muito além do esperado. Rondônia tem ainda um grande índice de famílias que resistem em autorizar a doação.

Técnicos, médicos, psicólogos e assistentes sociais que fazem parte da Central de Transplantes desenvolvem um trabalho de conscientização. Eles mostram a importância de autorizar a doação.

No Estado, 100% dos pacientes são do SUS

Dados da Central de Transplantes apontam que em Rondônia todos os pacientes transplantados são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A marca supera e média nacional que é de 94%. Os dados são da Central de Transplantes mantida pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), responsável pela captação de órgãos no Estado.
A informação foi confirmada pela coordenadora da Central de Transplantes do Hospital de Base, Edcléia Gonçalves. De acordo com ela, os números acabam com um mito de que apenas quem possui condições financeiras tem acesso ao transplante. Ela destaca a campanha nacional realizada pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A meta é sensibilizar a população para a necessidade da doação de órgãos e tecidos.

Infográfico mostra como trabalha o rim

Infográfico mostra como trabalha o rim

Graças à atuação na melhoria da infraestrutura e, principalmente, do aumento da sensibilização das famílias, o número de doadores no Brasil tem crescido dia a dia e, com ele, o índice de pessoas transplantadas.

No ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, foram realizados em todo o País 23.999 transplantes, maior número da última década, quando foram registradas 12.722 cirurgias. Outro dado importante é que o Brasil registrou, em 2012, 13,6 doadores por milhão de população, número bem próximo do que o ministério estabeleceu como meta em 2015, que é 15 doadores por milhão da população.


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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Assistência Social, Governo, Rondônia, Saúde


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