Governo de Rondônia firma Termo de Cooperação com a Organização das Nações Unidas

O Hospital de Campanha foi comprado para ser um hospital permanente do Governo

O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), firmou um termo de cooperação técnica com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) especializado em infraestrutura, compras e gestão de projetos),que irá gerenciar alguns projetos do Estado durante a pandemia, no Hospital de Campanha de Rondônia.

O Unops atua em Rondônia desde ano passado em parceria com o Ministério Público do Trabalho em Rondônia e Acre (MPT RO/AC). Nesta cooperação, foram capacitados 183 representantes de instituições públicas e ONGs em elaboração de projetos nas cidades de Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Ji-Paraná (RO) no âmbito do projeto Uirapuru. No contexto da crise da Covid-19, foram comprados mais de 2,5 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), 85 ventiladores pulmonares e 40 monitores multiparâmentro pra os estados de Rondônia e Acre.

O anúncio foi realizado por meio de coletiva à imprensa

De acordo com secretário de saúde, Fernando Máximo a cooperação com o escritório foi motivada pela situação de emergência derivada da pandemia. “O Unops apoia a Sesau na contratação e gestão dos serviços de nutrição, higienização, lavanderia, coleta de resíduos hospitalares, vigilância e recepção para o Hospital de Campanha de Rondônia (antiga Maternidade Regina Pacis) que é especializado no tratamento da COVID-19. Um dos pontos que levou a secretaria a buscar o Unops é a reconhecida experiência nacional e internacional e a eficiência e a transparência do organismo que é parte do Sistema ONU”, destacou Fernando Máximo.

De acordo com gerente de projetos, Rafael Esposel, os serviços,  que já estão em funcionamento, foram contratados via processos licitatórios abertos e competitivos. Além da assessoria na gestão dos serviços do hospital, um dos principais pontos da  cooperação é o desenvolvimento de atividades para o fortalecimento institucional da secretaria, o que inclui  a reconversão do hospital para novo uso, seguindo os mais altos padrões nacionais e internacionais, e oferta de capacitações.

A diretora do Unops, Cláudia Valenzuela, enfatizou sobre a modalidade desta parceria que é uma cooperação técnica internacional. Valenzuela comentou ainda sobre projetos do Unops com outros parceiros, como a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e também da atuação internacional do organismo, que atua em mais de 80 países. Ela ressaltou que o escritório segue os princípios da transparência, eficiência e economicidade para melhorar a vida das pessoas. “Este projeto com Rondônia é importante, pois beneficia diretamente a população”, concluiu.

O recurso de R$14 milhões será repassado ao Unops, para que seja dada celeridade na contratação desses serviços. “ Nesse momento o objetivo é economizar tempo e dinheiro, entretanto não necessariamente irá utilizar todo esse valor, já estamos contabilizando junto com Unops, haverá uma grande economicidade para o estado e boa parte desse dinheiro não será utilizado , mas está disponível caso haja necessidade, inclusive de implementação de mais alguns serviços, com o termo de cooperação é esperado economia e celeridade, uma vez que se se fosse realizado pelo estado, poderia ser mais caro”, destacou o secretário de saúde, Fernando Máximo.

A apresentação aconteceu durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (1), com a participação do secretário de saúde, Dr. Fernando Máximo, secretário adjunto, Nélio Santos, Maxwel Mota de Andrade procurador do Estado de Rondônia, e o diretor executivo da Controladoria Geral do Estado, Dr. Rodrigo Cesar Moreira.  A equipe do Unops participou da coletiva de imprensa por videoconferência.

HOSPITAL DE CAMPANHA

O Hospital de Campanha foi comprado para ser um hospital permanente do Governo, diferente do que tem acontecido em outros estados e até mesmo em outros países. Atualmente possui 27 leitos de UTI, sendo dois específicos para estabilização, que acontece o uso após agravante dos casos. Além de 70 leitos clínicos. Atualmente o hospital atende somente pacientes com Covid-19, mas hipóteses estão sendo discutidas para o seu uso após a pandemia.

O secretário Fernando Máximo, também ressaltou a importância da compra do hospital, uma vez que se houver uma segunda onda da doença, o hospital já possui estrutura e equipamentos necessários para realizar os atendimentos.

Com o termo de cooperação é esperado que o organismo da ONU auxilie o estado na gestão do hospital. O Unops está com processo seletivo aberto para contratação de analista de monitoramento e avaliação (análise e fiscalização de contratos-Serviços Hospitalares).