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CIDADANIA

Indígenas têm acesso a cédula de identidade com a chegada do barco hospital no Vale do Mamoré

22 de agosto de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

Datiloscopista Orleide de Oliveira toma a impressão digital de mulher Wajuru

Datiloscopista Orleide de Oliveira toma a impressão digital de mulher Wajuru

 

Nas curvas de rios e nos cantões da floresta do Vale do Guaporé, indígenas de Rondônia receberão cédulas nacionais de identidade. O serviço foi inicialmente prestado por uma equipe do Instituto de Identificação Civil Criminal (IICC) da Secretaria Estadual de Segurança, Defesa e Cidadania a bordo da Unidade de Saúde Social Fluvial Walter Bártolo. O chamado barco-hospital percorrerá os rios Mamoré e Guaporé até o final deste mês.

Nos dois primeiros dias – quarta (17) e quinta-feira (18) – o serviço identificou 30 indígenas, entre os quais muitas crianças. Na próxima viagem do barco, em setembro, eles receberão o documento autenticado.

A cidadania é oferecida para quem ainda não a tem, embora por lei os indígenas sejam tutelados há décadas pelo estado brasileiro.

Alguns indígenas tinham identidade da Fundação Nacional do Índio (Funai), a exemplo do cacique Bernardo Oro Não, 33 anos. Ele entrou no barco acompanhado da mãe, Isaura Wajuru; da mulher Honorina e dos dois filhos.

Funcionou assim: os indígenas entraram no barco e foram levados às cadeiras da antessala de psicologia. Ali, a datiloscopista e técnica em contabilidade, Orleide Alves de Oliveira, coletou impressões digitais; o policial militar Fagner Saraiva deu suporte ao acesso à internet via satélite; a datiloscopista Leilane Farias consultou o sistema, acrescentando nomes; e o assessor técnico de redes e sistemas, Wedner Júnior, fotografou as pessoas.

Saraiva acumula experiência anterior à viagem inaugural na região do Guaporé. Ele já esteve na Ação Cívico-Social (Aciso) no Baixo-Madeira.

“Lembro-me do período da migração para Rondônia, quando as pessoas se identificavam ao chegar a Vilhena”, comentou Orleide de Oliveira. A família dela veio para Rondônia em 1974. O pai, falecido, foi cafeicultor; e a mãe, aos 86, até hoje mora no lote recebido do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Cacoal.

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Técnico de redes Wedner Júnior fotografa mulher para identidade

No terceiro andar do barco, a espera pela identificação reuniu famílias em animadas conversas. Na entrada, um grupo de crianças cantou parabéns para a enfermeira Divanice Cavalcante Xavier, que fez aniversário no dia 18.

Timidamente, Eliakin Macurap, 8, e Elisabete Oro Nao, 9, espicharam a conversa, falando da merenda escolar, dos professores e do documento. Pareciam contentes. A camiseta de Eliakin estampava a frase: “Joias preciosas”. Nos olhares de ambos notava-se a importância daquela reunião.

Ismael Gomes Macurap, 57, entrou no barco com ar de felicidade, acompanhado da mulher Isabel. “Passava até um ano pra gente receber identidade aqui, e agora sai bem rápido”, elogiou.

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Alex Leite
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Assistência Social, Capacitação, Distritos, Educação, Empresas, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Justiça, Legislação, Meio Ambiente, Polícia, Rondônia, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Tecnologia, Terceiro Setor, Trânsito, Transporte


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