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SAÚDE

Programa de Bexiga Neurogênica é implantado na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho

03 de dezembro de 2019 | Governo do Estado de Rondônia

Urologista Alessandro Prudente

Há pouco mais de cinco meses foi implantado, na Policlínica Oswaldo Cruz (POC), em Porto Velho, o programa de cuidados chamado de “Bexiga Neurogênica”, com consultas, exames, orientações, avaliações multiprofissionais, o qual recebe pacientes que têm disfunções na bexiga (incontinência, infecções urinárias).

Os pacientes que mais apresentam problemas de bexiga neurogênica são os que tiveram derrame, trauma grave, ou doenças congênitas, podendo causar alterações na bexiga, seja na função de armazenar ou excretar urina, ou as duas coisas, isso costuma trazer consequências ao paciente. A mais comum é não conseguir segurar a urina, situação conhecida na medicina como incontinência urinária. Também existem as infecções urinárias, que são mais frequentes nessa população.

Ao longo do tempo, essas alterações na bexiga podem acarretar perda da função dos rins de maneira que o paciente pode chegar a precisar de hemodiálise e transplante por causa de uma bexiga que não funciona bem. “Isso significa que todos os pacientes neurológicos precisam ter um acompanhamento urológico, nem que seja uma vez por ano, para avaliar a função de sua bexiga”, enfatizou o urologista Alessandro Prudente.

Devido à essa necessidade que a Secretária Estadual de Saúde (Sesau) apoiou o projeto apresentado pelo médico Alessandro Prudente e implantou um ambulatório de urologia para atender pacientes do programa Bexiga Neurogênica, dentro da POC.

 

“Não podemos dizer que não existia esse tratamento. A diferença é que, agora, nós temos um ambulatório especializado, atendendo especificamente esses pacientes neurológicos e que tiveram algum trauma”, disse o urologista.

 

O Programa conta com uma equipe multiprofissional e de empresas que já são fornecedoras do Estado, que ajudam no fornecimento das sondas, o que é muito importante para esses pacientes. Segundo o especialista, é comum a necessidade de passar a sonda para esvaziar a bexiga, trabalho realizado pela enfermeira. “Contamos com uma profissional de enfermagem nesse programa que faz o treinamento do paciente e dos familiares em relação a esse tipo de prática, o auto cateterismo, que é quando o próprio paciente, ou o familiar, passa a sonda. Temos fisioterapeutas que também são importantes nesses casos, pois as terapias auxiliam na melhora da musculatura. O paciente que tem bexiga neurológica tem um atendimento multiprofissional”, destacou Alessandro Prudente.

O médico Alessandro Prudente e o enfermeiro Ilso Oliveira atendem a paciente acamada, acompanhada de sua irmã, Clênia Azevedo

AMBULATÓRIO

Clênia Azevedo cuida da irmã, que é paciente do Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar (Samd). A mesma sofreu agressão física grave, além de ser atendida pela equipe Domiciliar, agora faz acompanhamento no ambulatório para tratar problemas de bexiga neurogênica. “Desde 2015 que minha irmã está acamada. Ela recebe os profissionais do Samd em casa, viemos até o consultório para dar início a uma cirurgia de derivação urinária, devido à atrofia na bexiga, ela não consegue urinar em função dos problemas neurológicos, causando escaras e dor. Após a cirurgia, será um problema a menos”, disse Clênia.

“O Estado e a Sesau estão de parabéns pelo tipo de atendimento prestado a esses pacientes. Nós que trabalhamos com  pacientes acamados, com restrição de movimento, neurológicos, tínhamos  muitos problemas de infecções e muitos antibióticos eram administrados durante esses episódios infeciosos. Depois que o médico Alessandro e sua equipe começaram a fazer essas intervenções técnicas, cirúrgicas e, muitas vezes, só as orientações ajudaram muito os pacientes e os familiares”, destacou o enfermeiro do Samd,  Ilso Oliveira.

O ambulatório de Bexiga Neurogênica atende pacientes da atenção básica de todo o Estado, sendo mais comum pacientes encaminhados por neurologistas, mas recebe, também, pacientes da própria urologia, nefrologia.

O programa está iniciando, mas já atende uma demanda alta, explica o secretário de Saúde, Fernando Máximo. “Nós temos muitos acidentes de trânsito, agressão física, o que se associa com sequelas neurológicas, que necessitam de atendimento continuo e profissional. O ambulatório atende, em parceira com o Samd, os pacientes acamados”, disse o secretário.

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Fonte
Texto: Sângela Oliveira
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde, Serviço, Sociedade


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