Mais de 280 artesãos indígenas são cadastrados no Programa do Artesanato Brasileiro em Rondônia

Em Cacoal, foram visitados os artesãos da aldeia Suruí

Durante quatro dias, a equipe da coordenadoria de artesanatos da Sejucel realizou visitas na aldeia Suruí, localizada em uma região fronteiriça, ao norte do município de Cacoal e dividida em seis linhas. A equipe cadastrou 280 artesãos indígenas no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), sendo que mais de 90% dos cadastrados são mulheres.

Os artesanatos incluem; panelas de barro, cestos, cocares e colares e brincos confeccionados com penas, coco do Tucumã e cascos de tatu, além de arcos e flechas. Os artesãos vão receber a Carteira Nacional do Artesão que garante vários benefícios, podendo participar de feiras nacionais e internacionais do segmento, oficinas, cursos e acesso a incentivos fiscais.

A Coordenadora de Artesanatos Wellida Sodré conta que os indígenas ficaram muito felizes pelo
reconhecimento do trabalho. “Foi uma experiência enriquecedora realizar este trabalho, e além de tudo conhecer de perto a cultura indígena que é rica e tão cheia de detalhes que precisam ser levados para as grandes feiras de artesanatos que temos no País e fora dele. Não são apenas peças, tudo tem um contexto, uma linguagem única e que faz parte da nossa história”, diz Wellida, afirmando que a Sejucel já tem o projeto para realizar os cadastros na aldeia dos Cinta Larga, que também fica em Cacoal.

Para o superintendente da Sejucel Ilmar Esteves, este é apenas o inicio de um trabalho que pretende percorrer todos os estados. “Na próxima semana o projeto Sejucel Itinerante, realizado pelo governo, estará em Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná e Médici. E o nosso trabalho continua, trabalhamos pela valorização do nosso artesão como um profissional reconhecido, e o projeto segue também nos segmentos da juventude e esporte, ouvindo as necessidades e demandas da população”, finalizou o superintendente.