Fisiculturista de Porto Velho vai representar Rondônia em campeonato mundial na Inglaterra

Fisiculturista possui título estadual, nacional, sul-americano e busca título mundial

A atleta Jessica Oliveira, de 1,64 de altura e 53 kg, sempre treinou musculação. Com seu corpo já em construção se interessou pelo Fisioculturismo no final de 2016 e só em janeiro de 2017 a atleta pôde realmente treinar pesado para as competições que lhe deram título de Campeã Estadual Toned 2017, Campeã Brasileira Toned Os 2017, Campeã Sul-americana Toned 2017 e, na próxima segunda-feira (23), vai competir na Inglaterra no Universe Fisiculturismo.

Com apoio do governo de Rondônia, por meio da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Jessica conseguiu as passagens áreas para a competição. De acordo com a atleta, essa será a segunda vez que consegue patrocínio para custear os bilhetes. Jessica já esteve competindo em Osasco (SP), Cochabamba na Bolívia e agora em Birmingham, um distrito metropolitano na Inglaterra.

Segundo Jessica, se ela ganhar essa competição, a atleta se torna uma competidora profissional. Na área fisiculturista, será chamada de uma atleta “pro”. “Nas competições tudo vale, a feminilidade, a maquiagem, cabelo, acessórios, posições e transições das posições”, explica Jessica.

Com uma dieta a base de frango, batata doce e batata yacon, Jéssica fala dos desafios de treinamento. Ela conta que quando terminam as competições, os atletas geralmente vão a pizzarias e saem da dieta somente nesse momento. “Não sou fã de pizza, mas sou apaixonada por doces. Sempre penso um comer um açaí coberto de doces, mas quando lembro dos treinos evito”, diz.

Para ela, todo esse treinamento fez com que seu corpo tivesse algumas alterações. “O ombro aumentou, minha perna evoluiu e a minha panturrilha que antes não tinha, agora aparece”, fala Jéssica. Segundo a atleta seus maiores incetivadores são Geovane Sampaio, o nutricionista, Bruno Azevedo, o professor de poses e seu namorado.

De acordo com Jessica, muitas meninas buscam instruções de como começar a treinar. Para ela, o interesse de outras meninas buscarem orientações é o resultado de que seu trabalho está rompendo barreiras. “Uma vez me falaram que eu não tinha feminilidade, mas as pessoas não entendem que a feminilidade é um quesito de avaliação. Foi aí que vi que as pessoas tinham preconceito com a modalidade”, relata Jessica.

Segundo o superintendente da Sejucel, Rodnei Paes, essa modalidade tem crescido dentro de Rondônia, e o governo do Estado deve fazer com que os atletas se sintam valorizados para levar esse esporte como referência do estado.

Jéssica espera que na segunda-feira seja mencionada como campeã, por mais que seu treinamento seja há menos de um ano. Ela tem treinado intensamente para que seja consagrada campeã nesse mundial e ser atleta profissional.

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