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22/11/2024

DIA DO TEATRO

Artistas buscam profissionalização nas variadas formas de expressão cultural

27 de março de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

No Dia Mundial do Teatro, comemorado nesta segunda-feira, 27 de março, criado pelo Instituto Internacional de Teatro ligado à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), artistas destacam a importância do Teatro Palácio da Artes Rondônia de Porto Velho para a valorização profissional no estado. Dançar, cantar e atuar estão entre as ações que predominaram no teatro da capital desde sua inauguração, em 2014, segundo a Fundação Palácio das Artes (Funpar).

Bailarinas do grupo de Dança do Sesi apresentaram ‘O Lago dos Cisnes' durante o Festival Beradêro de 2016

Bailarinos do grupo de Dança do Sesi apresentaram ‘O Lago dos Cisnes’ durante o Festival Beradêro de 2016

Os mais de 200 eventos apresentados no teatro desde o primeiro espetáculo da atriz Lucélia Santos, com a peça “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, mostraram que vieram para transformar os finais de semana em Porto Velho.

Um desses eventos foi a apresentação da banda Os Últimos, contemplada com o Prêmio de Música Zezinho Maranhão, promovido pelo governo de Rondônia. A banda, que já havia tocado no Palácio das Artes, se apresentou pela primeira vez no Teatro Guaporé. Agradecidos com o incentivo recebido da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), com a linha de edital voltada para música, os cantores saíram em turnê por quatro regiões do estado.

“Espero que perpetue e prevaleça esta forma de fomento para os artistas. Para nós, que vivemos de música, é de suma importância a parceria do governo. Se não fosse o prêmio, talvez a gente não tivesse as portas do teatro abertas”, disse Laura Brandhuber, baterista da banda.

Laura sonha com a qualificação em música, mas em Ariquemes, onde residem os integrantes da banda, não existe o curso superior nesta área.

Para o presidente da Funpar, Ananias Alves Filho, o teatro ainda é novo, e está em processo de formação de plateia, por isso as pessoas ainda não têm conhecimento de que os artistas precisam receber pelo trabalho apresentado, e esse retorno financeiro é o reconhecimento profissional.

Perdendo as contas de quantas vezes se apresentou no Teatro Palácio das Artes e no Teatro Guaporé, o artista Cláudio Zarco disse que atualmente possui três trabalhos em andamento, uma oportunidade que, segundo ele, acontece depois da inauguração do Palácio das Artes Rondônia.

Cláudio estuda teatro na Universidade Federal de Rondônia (Unir), pois a busca pela graduação na área sempre foi um sonho. Ele lembra que muitos artistas ainda fazem palestras, oficinas e não conseguem viver diretamente só da arte, por isso entende que a política de edital do governo de Rondônia, com a realização do Prêmio Zezinho Maranhão, garante o reconhecimento. “Quando se está em circulação, as pessoas veem seu trabalho. Para nós, artistas, isso é o prestígio profissional. Além do mais, nos dá esperança e expectativa de um caminho melhor para o uso do teatro da capital”, disse o ator.

Ângela Araújo é bailarina e professora de ballet. Segundo ela, o teatro trouxe a verdadeira alma do ballet, “que precisa de estrutura para que a beleza do espetáculo apareça”.

Em 2015, Ângela e os amigos inauguraram um espaço de dança em homenagem a um antigo professor que ministrava aulas em uma escola municipal de Porto Velho. No mesmo ano, o grupo de dança foi contemplado com um prêmio nacional. Atualmente, com atividades voltadas somente para o ballet, ela diz que é difícil se manter da dança, mas espera que novos rumos venham com a utilização do teatro.

O titular da Sejucel, Rodnei Paes, espera que para o ano de 2017 todas as linguagens artísticas sejam alcançadas com a política de editais. Para ele, esse fomento cultural vai democratizar os recursos que são investidos na cultura do estado. “O edital oportuniza todos os artistas que pretendem mostrar seu trabalho”, disse.

A Companhia de Dança Tsunami, que em 2016 pela primeira vez se apresentou no Teatro Palácio das Artes, quando a Funpar realizou o 3º Encontro Beradêro em Dança (Eita), tem cinco anos de existência e encenou o espetáculo “Chicago” com inspirações no filme lançado em 2002, que também é apresentado na Broadway, teatro internacional. Já o grupo de Dança do Sesi apresentou a peça russa ‘O Lago dos Cisnes’.

Com pouco mais de 30 membros, em 2015 Tsunami foi campeã do festival que é realizado anualmente na zona Leste de Porto Velho. A companhia mostra para os porto-velhenses que não é só no nome que tem força, mas também a determinação e coragem de ser reconhecida pelos trabalhos que desenvolve.

“Nós fazemos cursos e estamos sempre buscando as competições para os recursos nos ajudarem na atividade que gostamos. Quando não conseguimos os recursos, realizamos festas, feijoada e participamos das festas juninas”, contou Leonardo Lira Ferreira, diretor da Companhia Tsunami.

Ele afirma que a participação nas festas juninas tem dado retorno financeiro, e a intenção é montar uma associação e trabalhar com a dança em diversos segmentos.

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Fonte
Texto: Maximus Vargas
Fotos: Daiane Mendonça e Arquivo da Companhia de Dança Tsunami
Secom - Governo de Rondônia

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Capacitação, Cultura, Edital, Evento, Governo, Lazer, Rondônia, Serviço


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