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22/12/2024

MEIO AMBIENTE

Quinze municípios devem entrar em situação de alerta devido a queimadas, estima Comitê de Prevenção

07 de agosto de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

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Fogo nas margens da BR-425, perto de Guajará-Mirim

O Comitê de Prevenção, Proteção às Áreas Ambientais e Combate a Incêndios Florestais em Rondônia depende apenas do relatório oficial do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para reconhecer, na próxima semana, a situação de emergência em Porto Velho e no interior do Estado, onde se multiplicam os focos de incêndios e queimadas neste período de seca.

Da lista aguardada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM-RO) deverão constar pelo menos 15 municípios.  “Na última reunião, a Promotoria do Meio Ambiente exigiu queimada zero, mas o que vem pela frente nos preocupa, porque ainda falta a conscientização das pessoas”, lamentou nesta sexta-feira (7), o coordenador operacional do comitê, tenente-coronel Lindoval Rodrigues Leal.

Desde o final do mês de julho, em média, 20 a 25 municípios têm roças, margens de estradas vicinais e terrenos urbanos afetados pelo fogo acidental ou provocado. Por causa da propagação do fogo em capoeiras e matas nativas, a BR-364 continua desafiando a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar. Um dos trechos que mais queimam, anualmente, situa-se entre Porto Velho e Itapuã do Oeste.

Na Capital, o excesso de terrenos baldios tomados pelo mato seco se tornou o combustível para focos de queimadas. “Se fossem limpos, conforme determinam leis municipais, o fogo diminuiria 50% e nós teríamos menos fumaça, fuligem e poluição nos céus da Capital”, opinou o tenente-coronel Leal.

Ainda segundo o coordenador, a fumaça começa a levar problemas ao tráfego aéreo e, novamente, causando problemas respiratórios. “Há queixas de todos os lados: de pilotos e de famílias que levam crianças para as unidades de saúde”, observou.

A prefeitura trabalha em três frentes, conforme o secretário municipal de Meio Ambiente, Edjales Benício. Segundo ele, o número de denúncias praticamente dobrou em relação a 2014. No primeiro semestre do ano passado, ocorreram 160 casos, todos denunciados. Neste ano, até julho, a secretaria recebeu 304 denúncias. Banners espalhados pela cidade apelam: “Queimada urbana é crime”. As multas variam de R$ 2.952 a mais de R$ 5.904. Vestidos com camisetas amarelas, com a frase “Não queime”, servidores da Sema fazem caminhadas em pontos estratégicos de Porto Velho, apelando à população para que evite queimar. Um dos pontos é o cruzamento da rua Carlos Gomes com a avenida Jorge Teixeira.

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Tenente-coronel Leal diz que Comitê de Prevenção propõe união de esforços

Comitê de Prevenção, CBM-RO e a Comissão Estadual de Defesa Civil, sediada no Quartel Geral dos Bombeiros, apelaram novamente à população estadual para que denuncie o fogo pelos telefones 190 e 193. “Só a conscientização e a punição resolvem o problema. Do contrário, ficamos na amenização”, advertiu o tenente-coronel Leal.

Ele teme a iminente ocorrência de incêndios florestais em Rondônia. Ao mesmo tempo, lembrou que, mesmo a formação de bombeiros civis autorizados por lei federal depende de ações e orientações de bombeiros militares. “Eles precisam fazer cursos conosco, e o tempo já é curto”.

Devido à limitação do número de brigadistas na Eletronorte, na Usina Hidrelétrica de Santo Antonio, na Base Aérea e em outras unidades civis e militares, a contratação legal ainda é problemática. Essa falha no controle do fogo permite interpretações errôneas da população. “Eles não têm obrigação legal de sair dos seus limites de atuação para debelar queimadas e incêndios, porém, a queixa maior recai sempre sobre os bombeiros”, explicou Leal.

Segundo ele, o comitê ainda se vale do esforço e união entre diversos órgãos públicos estaduais e federais para poder atender a contento situações emergenciais. Da Sedam, por exemplo, espera-se a elaboração de lei que permita a contratação de brigadistas pelo menos no período seco a cada ano.

Cem escolas, 30 associações de moradores e 20 prefeituras deverão ser abrangidas por uma série de atividades previstas pela Sedam, de acordo com a coordenadora de Educação Ambiental da secretaria, Maria do Rosário Silva. Ela anunciou o projeto “Não fogo, mais vida”, prevendo novas atitudes, a partir da vivência de cada indivíduo e seu despertar para o meio ambiente.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Água, Capacitação, Convênios, Cursos, Distritos, Ecologia, Educação, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Justiça, Legislação, Meio Ambiente, Polícia, Rondônia, Saneamento, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Trânsito, Transporte, Turismo


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