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23/11/2024

REGIONALISMO

Feira de artesanato se consolida em Rondônia e vira fonte de renda para artesãos

04 de julho de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Artesão vê renda aumentar após participar das feiras

 

As feiras regionais de artesanato em Rondônia são realizadas pelo governo do estado por meio de edital com vaga disponível para 60 artesãos. Em 2017, só com a realização de seis feiras o segmento artesanal movimentou cerca de R$ 500 mil, e para o ano de 2018, a primeira feira a abrir o calendário será realizada no município de Vilhena.

Em Vilhena, a feira está prevista para acontecer do dia 4 a 8 de julho, de acordo com o calendário da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), e depois as feiras poderão ser realizadas em Presidente Médici, Porto Velho e Rolim de Moura, é o que nos fala o superintendente da Sejucel, Rodnei Paes. Para Rodnei, como é ano de eleição, o prazo para repassar as emendas parlamentares fica reduzido, com isso pode ser que venha a diminuir o número de feiras, já que esses repasses ajudam na realização das feiras. “Mas estamos batalhando para que venha a ser realizada em Cacoal, Ji-Paraná, Ouro Preto e Pimenta Bueno”, acrescentou o superintendente.

Para realização das feiras, a Sejucel contribui com dez tendas de tamanho 10mx10m, banheiros químicos, palco com som e iluminação. De acordo com a coordenadora de artesanato Wéllida Sodré, as feiras não são apenas um evento artesanal e sim algo cultural. “As feiras com toda essa estrutura, tem oportunidade de mostrar a cultura local por meio do artesanato, como através de danças, musicais, teatros e acaba que o evento alcança toda família”, ressalta Wéllida.

Dentro das feiras não pode ter venda de bebidas alcoólicas, por ser um evento no qual o principal intuito é para os artesãos venderem seus produtos, e também aproveitarem para mostrarem aos moradores daquele local quais são os tipos de artesanato que Rondônia possui. Apesar de serem 60 vagas para artesãos, as feiras sempre alcançam números maiores e o resultado é superior ao esperado, já que os próprios artesãos instalam suas tendas.

Em 2017, foram realizadas ao todo dez feiras regionais de artesanato. Com o apoio do governo do estado, os artesãos de Rondônia também puderam participar de uma feira nacional de artesanato realizada em Recife. Na feira de Recife participaram artesãos de Ji-Paraná, Ouro Preto, Pimenta Bueno e Porto Velho. Esses artesãos puderam contar com o transporte dos seus produtos, de forma totalmente gratuita.

Para levar os trabalhos dos artesãos para ficarem expostos e serem comercializados nas feiras, o caminhão passa pela cidade do artesão que vai participar das feiras, recolhe os objetos e leva-os para onde será realizada a feira. Na volta, faz o mesmo percurso deixando os produtos que não foram comercializados.

Primeiras feiras

Marlene Rodrigues, uma das primeiras artesãs registradas

A primeira feira a ser realizada foi no ano de 2012, na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, em Porto Velho. Depois que começaram a serem realizados os cadastros, a feria piloto foi no município de Cacoal. Para Wéllida, um dos meios de mostrar o artesanato para a população que visita as feiras é o artesão fazer os trabalhos para essas feiras, onde os visitantes passam e veem como é que eles fazem, qual trabalho eles têm, e por isso aquele objeto custa determinado preço. “As feiras são importantes para os artesãos exporem seus trabalhos e trocarem entre si ideias e técnicas. Todo artesão tem sua técnica e com essa experiência cada um evolui aprendendo e observando outros materiais e modos diferentes de preparar um trabalho”, afirma a coordenadora.

De acordo com os realizadores das feiras regionais de artesanato em Rondônia, as feiras são uma oportunidade de valorizar o segmento do artesanato do estado. Quando uma feira acontece em um determinado município, ela não só movimenta o artesanato e a cultura local, mas toda a logística comercial da cidade seja ela na hospedagem, alimentação ou no transporte local, como moto taxi e táxis. Segundo Rodnei Paes, produzir por produzir, sem um lugar para expor seus produtos, não é benéfico para o artesão.

Marlene Rodrigues, uma das primeiras artesãs a ser cadastrada e possuir a carteira do artesão do estado, fala que, ainda quando não se tinha feira de artesanato em Rondônia, muitas pessoas à convidava para expor em outros estados, mas Marlene não ia, pois pensava que aqui é que deveria ter feiras para os artesãos exporem. “Eu sempre vi que nós tínhamos que mostrar nosso trabalho primeiro aqui e que os artesãos de outros estados é que deveriam vir para cá”, lembra Marlene.

Após a realização do cadastro, Marlene conseguiu participar das feiras regionais e ressalta que antigamente não tinha como levar seus produtos, agora o estado fornece ajuda com o transporte. “Para participar dos eventos que tinha no interior do estado a gente mandava nossos trabalhos de ônibus”, ressalta a artesã. Hoje em dia a carteira é vista como maior identidade dos artesãos do estado.

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Fonte
Texto: Yuri Vargas
Fotos: Yuri Vargas
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Cultura, Governo, Inclusão Social, Lazer, Rondônia, Serviço, Sociedade, Turismo


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