Projeto Asas do Saber, em Porto Velho, é aberto oficialmente com objetivo de provocar mudanças na educação

Governador conversou com os jovens da escola

Mudança na forma de aprender e de ensinar é o que propõe o projeto Asas do Saber, lançado na escola Lydia Johson de Macedo, em Porto Velho, com a presença de profissionais da educação, autoridades, pais e estudantes que desde o dia 16 já frequentam aulas em turmas do primeiro e segundo ano do Ensino Médio em tempo integral.

Foi assim que o secretário de Estado da Educação, Waldo Alves, fez referência ao projeto, que resgata jovens de 16 a 23 anos afastados das salas de aula. O projeto piloto começou este mês na escola estadual Lydia Johnson de Macedo, e o primeiro desafio foi preencher as vagas. Agora, já há fila de espera para o 1° ano do Ensino Médio.

Andressa aprovou a qualidade dos professores.

Com presença do governador Confúcio Moura, o evento que reuniu a comunidade escolar na manhã desta terça-feira (23) teve apresentação de vídeo com histórico do projeto e número  de break dance (dança de rua) de estudantes da escola Carlos Drummond de Andrade,  de Candeias do Jamari.

O secretário Waldo Alves disse que tudo começou com um sonho do governador Confúcio Moura, e que a Lydia Johnson “é uma escola para realmente a gente voar alto, e queremos que nossos alunos se sintam amados na escola”.

Estudante do 2° ano, Darlan Marques de Almeida, de 17 anos, soube por um primo sobre o projeto Asas do Saber. “Resolvi vir para cá porque é um projeto novo, de tempo integral, quero aprender mais. Onde estava o ensino era fraco, achei que se ficasse lá não ia evoluir”, contou.

Darlan Marques: “Quero aprender mais.”

Andressa dos Santos Silva, de 16 anos, é estudante do 1° ano. Moradora do Ulysses Guimarães, ela estava estudando mas se interessou de conhecer a escola e quis ficar. “A qualidade de ensino é ótima, e vejo que os professores estão se dedicando mesmo. E a estrutura atende todas as necessidades das aulas temáticas e teóricas”.

O perfil de Andressa e de Darlan são comuns neste inicio de adoção do projeto e ano letivo na Lydia Johnson, segundo um dos diretores, Gustavo Margonar. “Eles estavam estudando, mas tinham problemas de aprendizagem, dificuldade nas escolas em que estavam. Antes das matrículas conversamos para saber sua situação”, informou o diretor.

Mãe de duas crianças, de 1 e 5 anos, Debora Cristina Ferreira Ribeiro, de 22 anos, ganhou, além do incentivo da mãe, a do governador Confúcio Moura para não parar mais de estudar. Ela disse que ficou três meses fora da escola para dar assistência aos filhos, com doenças frequentes nessa fase da infância.

“Sempre chegava atrasada às aulas, então para não reprovar eu desistia”, disse. Frequentando o 2º ano do Ensino Médio, ela saiu de uma escola do Mariana, e veio para a Lydia Johnson. “Aqui está muito bom. A equipe está ajudando muito quem está no vício, sem fazer nada”, disse Débora, moradora do Orgulho do Madeira que sonha em ser engenheira civil.

Debora: ausência da escola para cuidar de filhos.

Leonardo de Souza IBanez, de 15 anos, está em uma turma do 1° ano. “Gostei muito daqui. As atividades ainda estão iniciando, e eu pretendo fazer informática, musica e teatro”, disse, animado.

O que Leonardo busca é o que com muita propriedade exprimiu a diretora geral de Educação Angélica Ayres Moura sobre o projeto Asas do Saber: “É uma proposta singular, e que envolve as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais”.

“O governador nos lançou um desafio. Um desafio para que nosso aluno retorne e se sinta motivado a permanecer e concluir o Ensino Médio. O projeto Asas do Saber tem o esforço de varias pessoas. Queremos não apenas revelar talentos e despertar aptidões, mais sobretudo formar cidadãos”, disse a diretora-geral de Educação.

No lançamento do projeto e abertura do ano letivo estiveram os deputados Leo Morais e Anderson do Singeperon; o secretario Lioberto Caetano (Sesdec); reitora da Universidade São Lucas Maria Elisa de Aguiar e coordenadora regional de Educação de Porto Velho, professora Irani Oliveira, secretário adjunto da Educação, Márcio Felix.

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