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SAÚDE

Unidade de oncologia pediátrica do Hospital de Base atende crianças e adolescentes de todo o estado

13 de fevereiro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Larisse está interna a duas semanas e jáiniciou o tratamento quimioterápico

Larisse está interna a duas semanas e jáiniciou o tratamento quimioterápico

“Dar alta para uma criança que se curou do câncer não tem preço, não tem salário que pague essa sensação”, afirma o oncopediatra Robson Cardoso Machado Yaluzan, da Oncologia pediátrica do Hospital de Base (HB) Ary Pinheiro, em Porto Velho, referência na região Norte no tratamento de câncer infantil. Segundo ele, os números de cura alcançados pela unidade de saúde superam os índices preconizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

De acordo com estatísticas fornecidas pelo setor de Oncologia Infantil do HB, somente em 2014 foram diagnosticadas e iniciaram o tratamento, 356 crianças e adolescentes que são tratados em Rondônia, sem a necessidade de Tratamento Fora de Domicílio (TFD),  gerando economia aos cofres públicos.

Para o tratamento em outros estados são encaminhados somente casos específicos, para os quais não há cirurgião habilitado em Rondônia, como o câncer ósseo. Segundo o pediatra Robson, muitos casos não passam pela triagem e “acabam procurando tratamento fora do estado, muitas vezes sem necessidade, pois poderiam ser tratados aqui”.

O médico diz não haver comprovação científica ainda sobre o alto índice de incidência de câncer em Rondônia. Algumas dessas possibilidades seria a contaminação dos rios Madeira e Mamoré pelo mercúrio, a existência de uma jazida de urânio no estado, e o uso indiscriminado de agrotóxico sem a utilização de equipamento de proteção individual (EPI).

O médico oncopediatra Robson Cardoso é um dos "anjos" das crianças internadas

Médico oncopediatra Robson Cardoso é um dos “anjos” das crianças internadas

A unidade oncológica do HB procura humanizar ao máximo o atendimento às crianças, oferecendo brinquedotecas, escola hospital (reconhecida pela Seduc), terapeuta ocupacional, enfermeiros capacitados para atender a toda a família durante o atendimento. As mães acompanham o tratamento no hospital, recebendo a atenção e alimentação, junto com os filhos.

Para Elídia Gonçalves Lorenço de Azevedo, mãe da adolescente Larisse Katsuko Lorenço de Azevedo, 16 anos, moradoras da zona sul de Porto Velho, o tratamento recebido é muito bom.

A adolescente, que iniciou o tratamento no dia 2 de fevereiro, se diz muito satisfeita com todo o atendimento. “Todo o sistema de saúde funcionou e fui diagnosticada rapidamente e encaminhada ao tratamento. Isso pode fazer a diferença e salvar vidas”.

Elídia também faz um alerta para que os pais fiquem atentos aos sinais de doenças nos seus filhos. Segundo ela, Larisse nunca teve nada até que começaram a aparecer caroços no corpo e a cair cabelo. “Corremos em busca de atendimento e tudo funcionou muito bem. Agradeço à doutora Lorena e ao doutor Paulo e agora ao doutor Robson pelo atendimento rápido e carinhoso”.

Maria Aparecida Ferreira Ramos é de Espigão do Oeste e acompanha sua filha mais velha, Amanda, de 9 anos, que está em tratamento. Elas se deslocam semanalmente para realizar o tratamento de quimioterapia e durante o período em que fica no hospital recebe alimentação e dormem no hospital.

 Aparecida disse que é difícil, pois deixa um outro filho de 3 anos em casa sob os cuidados da avó, mas que no hospital tudo funciona direito e se é bem atendido. “Tudo isso ajuda no tratamento de nossas crianças e até em sua recuperação mais rápida”.

CLASSE HOSPITALAR

Além de conviver e tratar o câncer, as crianças se viam privadas do convívio com outras e acabavam perdendo muita aula devido as internações. Por este motivo, em 1993, foi criada a classe hospitalar. Duas psicopedagogas acompanham as atividades escolares dos pacientes.

De acordo com Elizabeth Alves de Oliveira, responsável pela escola no turno da manhã, ao receber o paciente, “entramos em contato com a direção da escola e pedimos o currículo escolar de cada aluno. Passamos o conteúdo e o acompanhamos, sem prejuízo escolar”.  Este é um projeto da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), vinculado à escola 21 de Abril, sendo pioneiro da região Norte.

A paciente Larisse, internada há duas semanas para seu tratamento, disse que o ambiente é “muito legal, e ajuda a passar o tempo”. Elizabeth diz que quando a escola do paciente é em Porto Velho, “fazemos uma visita, conversamos e pegamos o conteúdo direto com a direção da escola”, afirma. Com escolas de fora do município, o contato é via e-mail. O importante, ressaltou, “é que fazemos o controle de frequência normal e enviamos às escolas. Desta forma os alunos não têm prejuízo com o desempenho escolar”.


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Fonte
Texto: Geovani Berno
Fotos: Marcos Freire
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde, Sociedade


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