Governo de RO e Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia adquirem materiais e instrumentos de apoio aos produtores de látex em reservas extrativistas

A ação fortalece as famílias extrativistas; promove a autoestima e resgata valores socioculturais ligados ao modo de vida tradicional

Para aumentar e fortalecer a produção de látex nas reservas extrativistas do estado, o governo de Rondônia, com apoio do Projeto Paisagens Sustentáveis (ASL Brasil), adquiriu 100 kits de utensílios para a extração de látex; como canecas, baldes, bandejas, facas de riscar seringa e bicas. Os kits serão distribuídos entre as famílias produtoras residentes nas reservas, contribuindo com sua renda. A ação promove a autoestima e resgata valores socioculturais ligados ao modo de vida tradicional, reduzindo a dependência de recursos externos. O evento de entrega será realizado na sexta-feira (7), às 9h, na Avenida Getúlio Vargas, n° 3.729, no Auditório da Associação dos Seringueiros de Machadinho d’Oeste.

As Reservas Extrativistas em Rondônia têm uma longa tradição de subsistência baseada nos produtos da floresta, como a borracha e a castanha. No ano de 2022, um esforço conjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), associações locais e parceiros privados trouxe uma nova oportunidade para retomada da produção de borracha nativa, na região de Machadinho d’Oeste e Vale do Anari, quando uma empresa de comércio e exportação, juntamente à Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), garantiu aos extrativistas a compra da produção por um preço atrativo, assegurando a aquisição de toda a borracha produzida na região.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o fortalecimento da produção de látex nas reservas extrativistas é uma iniciativa essencial, por conta da importância dessa atividade para as famílias rondonienses. “A aquisição dos materiais é uma ação que visa melhorar as condições de trabalho dos produtores, proporcionando mais autonomia e qualidade de vida. Além disso, estamos resgatando, a fim de valorizar as tradições e o modo de vida das comunidades, enquanto incentivamos o desenvolvimento sustentável,” ressaltou.

IMPACTOS ECONÔMICOS 

Segundo o coordenador da CUC, Daniel Santos de Souza, a iniciativa realizada no ano de 2022 trouxe avanços econômicos positivos. “Esse resultado gerou impactos econômicos, contribuindo não apenas para a fixação das famílias nas unidades de conservação, mas também promovendo o retorno de muitos seringueiros às suas antigas colocações, com a expectativa de produzir e melhorar sua qualidade de vida. Em 2024, por exemplo, foram produzidos e comercializados 30 mil quilos de borracha, gerando uma receita bruta de R$ 450 mil às famílias extrativistas”, salientou.

Conforme o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, a iniciativa também fortalece a relação entre comunidades, governo e entidades gestoras, com maior presença de técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental e suporte constante aos produtores. “Com a possibilidade de novas parcerias, investimentos em infraestrutura logística e ampliação de mercados, a produção de borracha nas Reservas Extrativistas de Machadinho d’Oeste e Vale do Anari promete se consolidar como um exemplo de desenvolvimento sustentável em Rondônia”, frisou.

BIODIVERSIDADE

Por meio da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) coordena o Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil), executado pela Conservação Internacional (CI-Brasil), pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV Europe), em parceria com instituições de Meio Ambiente nacionais e estaduais. O Paisagens Sustentáveis da Amazônia se inserem no Programa Regional ASL, financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) e implementado pelo Banco Mundial, que inclui projetos no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Juntos, visam melhorar a gestão integrada da paisagem na Amazônia.

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