Fease realiza palestra sobre as medidas socioeducativas para os terapeutas e técnicos da Acuda em Porto Velho

A Fundação Estadual de Atendimentos Socioeducativo (Fease) realizou ciclo de palestras para integrar os conhecimentos os conhecimentos dos terapeutas da Acuda e dos técnicos da Fease, estreitando a parceria em todas as atividades desenvolvidas no projeto “Vida Livre – Método Acuda de reintegração social”, no sistema socioeducativo. O evento aconteceu na  manhã da quinta-feira (22),  em Porto Velho.

A Fease tem desenvolvido ações de transição que visam dar continuidade a parceria com a Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso (Acuda), que desde outubro do ano passado desenvolve trabalho voluntário dentro da Unidade de Internação Masculina Sentenciados (UIMSII), em Porto Velho, com práticas voltadas para atender aos adolescentes.

A coordenadora de atendimento ao adolescente da Fease, Dra. Raika Fabíola Gusman explica que estas atividades são de extrema importância, pois visam integrar os conhecimentos dos terapeutas da Acuda e dos técnicos da Fease, estreitando a parceria em todas as atividades desenvolvidas no sistema socioeducativo, para que as práticas terapêuticas, as oficinas e encontros interpessoais possam ser avaliados pelas ferramentas do Sistema Nacional de Acompanhamento de Medidas Socioeducativas (SINASE). “É importante que os terapeutas da Acuda conheçam como funciona a política de atendimento socioeducativo. Todas as atividades desenvolvidas com os adolescentes são também avaliadas no Plano Individual de Atendimento (PIA), que é a ferramenta de diagnóstico e resultados usada pela Fease para a futura liberação do socioeducando”, comenta.

Momento da palestra para o pessoal da Acuda

A palestrante e assessora do psicossocial da Fease, Cássia Farias Rodrigues enfatizou ser necessário, para que o socioeducando inicie uma jornada em direção a seu futuro, que suas rotinas precisam estar minimamente organizadas em aspectos básicos: no psicológico; nas relações e interações sociais; na parte pedagógica, com foco na escolarização; na saúde física e mental e na parte jurídica que trata da situação processual e as providencias necessárias conforme dispõem as legislações que amparam os adolescentes em cumprimento de medida de internação. “Fomos dialogar sobre o processo socioeducativo e a importância dos técnicos no cotidiano da socioeducação”, explica.

Em se tratando da socioeducação, continua Cássia, “É como se fossemos começar uma viagem, onde o primeiro passo é arrumar as malas, ou seja, para que o adolescente inicie uma jornada em direção a seu futuro é necessário que o momento presente da vida do socioeducando, suas rotinas estejam minimamente organizadas em seus aspectos básicos, como as questões psicológicas, questões sociais, questões pedagógicas, questões da saúde física e mental e situações jurídicas estejam harmonizadas”, contextualiza.

Para o coordenador da Acuda, Luiz Marques, a visita dos profissionais da Fease nos cursos de massoterapia ayurvedica, realizado pela Acuda no Centro de internação Socioeducativo Masculino II, foi o primeiro momento dessa integração. “O inevitável aconteceu, naquele momento já não se sabia mais quem era cumpridor de medidas socioeducativas, pessoas privados de liberdade ou educadores das diversas aéreas do conhecimento. Afinal de contas, onde entra o amor pode se dizer que as diferenças diminuem consideravelmente, a ponto de se tornar possível uma convivência sustentável entre os diversos níveis de consciência e sabedoria”, disse.

Esse ciclo de atividades entre a Fease e a Acuda faz parte de um cronograma de ações que visa aprimorar o atendimento aos socioeducandos, dentro do Projeto Vida Livre.