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Sanidade animal

Vigilância contra doença da vaca louca tem que ser constante

28 de maio de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

vacaO registro de um bovino com encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no estado do Mato Grosso, conhecida como doença da vaca louca, não oferece riscos de contaminação ao rebanho rondoniense. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as evidências epidemiológicas apontam para um caso atípico, ou seja, que ocorreu de forma esporádica e espontânea, não relacionada à ingestão de alimentos contaminados. O Brasil continua na categoria de países com “Risco Insignificante” de desenvolver a doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A EEB é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central de bovinos, causando mudanças de comportamento, andar cambaleante e paralisia dos membros. Há dois tipos conhecidos da enfermidade: forma clássica e forma atípica. A forma clássica se dá quando os bovinos passam a ingerir alimentos contendo farinhas de origem animal, como a farinha de carne ou ossos, a cama de frango e qualquer alimento que contenha proteína e gordura de origem animal. Já a forma atípica acontece de forma espontânea, normalmente em animais velhos, não sendo relacionada à ingestão de alimentos proibidos.

O coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Vigilância da EEB, Ney Carlos Dias de Azevedo, explica que é proibido alimentar ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos) com rações que contenham subprodutos de origem animal (como farinha de carne e osso, cama de frango ou resíduos da criação de suínos). “O produtor que for flagrado alimentando ruminantes com esses produtos proibidos, será penalizado com uma multa no valor de R$ 1.326,00 por animal, além de ter os animais sacrificados. Desde 2012 a Idaron já sacrificou 401 cabeças de ruminantes por terem ingerido alimentos proibidos”.

Ainda segundo o coordenador, a única forma de evitar a doença é não alimentar os ruminantes com produtos que contenham proteínas e gorduras de origem animal. “Não há vacina e nem tratamento para esta doença”.

Este é o segundo caso de EEB registrado no Brasil. O primeiro foi confirmado em 2012 no Estado do Paraná. Os dois foram considerados atípicos.

Fiscalização

Além da proibição de alimentar animais ruminantes com rações com proteína animal, o Mapa também fiscaliza as fábricas de ração. O chefe do Serviço de Inspeção e Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/Mapa), Aufério Boettcher, diz que a instituição coleta amostras de rações para confirmar a ausência de proteína animal e que conferem se são usados equipamentos diferentes para a fabricação de rações destinadas a ruminantes e para os outros animais.

Ainda segundo o chefe do Serviço de Inspeção, existem partes de animais que são proibidas de serem usadas em qualquer alimentação animal. “Estas partes devem ser incineradas. Já outras partes são esterilizadas para serem usadas em ração de animais que não são ruminantes”.

Exportação rondoniense

De acordo com informações do Mapa, os maiores importadores de carne rondoniense no ano de 2013 foram o Egito, Hong Kong, Venezuela, Rússia e Irã. Para estes cinco países foram exportados 211.117.498 quilos de carne e miúdos, dos 217.636.665 quilos exportados. As exportações rondonienses aumentaram cinco vezes entre 2010 e 2013.

O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da SFA/Mapa, Angelo José de Oliveira, disse que até o momento, o caso de EEB no Mato Grosso não influenciou as exportações rondonienses. Segundo Oliveira, a transparência das informações dos serviços oficiais, como Mapa e Idaron, contribui para manter o status de risco insignificante. “Transparência é fundamental”.


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Fonte
Texto: Amabile Casarin
Fotos: Marcos Freire
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agropecuária, Governo, Rondônia, Saúde


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