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22/06/2024

MEIO AMBIENTE

Projetos Quintais Amazônicos e Viveiro Cidadão ganham destaque em Semana Acadêmica

18 de setembro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Na Amazônia, o setor madeireiro só aproveita 30% da árvore derrubada. O restante é desperdiçado sob o falso argumento da abundância de espécies florestais, disse quinta-feira (18) Alexis Bastos, do Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (Rioterra).

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Evento foi realizado durante esta semana em Porto Velho

Na palestra proferida durante a 7ª Semana Acadêmica de Engenharia Florestal e Workshop sobre o Programa de Regularização Ambiental de Rondônia, no campus da Faro, em Porto Velho, Bastos alertou para os riscos da escassez futura de espécies florestais, pois a indústria madeireira “só fica com o filé da árvore”.

Ele relatou ainda uma experiência do projeto “Quintais Amazônicos” na recuperação de matas ciliares no município de Itapuã do Oeste. O projeto conta com apoio financeiro do BNDES, por intermédio do Fundo da Amazônia, para reconversão de áreas alteradas, diversificando culturas com a produção de mudas de essências florestais e frutíferas, e auxílio na regularização fundiária por intermédio da divulgação do Cadastramento Ambiental Rural (CAR).

A meta é recuperar 500 hectares e atender mais de 500 famílias de pequenos produtores, além de gerenciar o viveiro com capacidade para produção de 300 mil mudas. O viveiro conta com a parceria da prefeitura de Itapuã do Oeste e do Instituto Chico Mendes.

O objetivo é conter práticas de agricultura itinerante em Rondônia, principalmente na região da Floresta Nacional do Jamari (Flona), onde a entidade desenvolve atualmente o projeto de valorização da agricultura familiar e esforços para fixação do homem ao campo.

A Flona do Jamari (Flona) possui um dos sistemas de biodiversidade mais ricos da região, com 500 matrizes de mais de 35 espécies florestais disponíveis para pesquisas.

O evento, aberto na  quarta-feira à noite com a palestra Política e Planejamento Florestal proferida pelo engenheiro florestal da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Fernando Castanheira Neto, foi encerrado sexta-feira pelo biólogo André Nave.

Fernando Neto integra a equipe da Bioflora Piracicaba, São Paulo, e fez um relato da “Experiência da Bioflora na Implantação do PRA nos Estados do Pará e Bahia”.

O engenheiro florestal do Ibama, em Vilhena, Hugo Alencar, relatou experiências em Recuperação de Áreas Degradas no município, onde um projeto comunitário desenvolvido com o apoio de todas as entidades de meio ambiente e alunos da rede municipal de ensino atuam há 8 anos na recuperação das matas ciliares do igarapé Pires de Sá.

A área do igarapé em processo de recuperação é estimada em 4 km, no perímetro urbano, e já conta cerca de 70% das espécies das margens revitalizadas. O projeto ajudou ainda na conscientização das pessoas, que deixaram de poluir as águas do igarapé. Antes, só era possível observar no máximo 15% de matas ciliares nas duas margens do igarapé.

A experiência do “Viveiro Cidadão”, desenvolvido por técnicos da Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé), foi destacado também durante o evento. Em dois anos de trabalho viveiro produziu 750 mil mudas e do total, em média 650 mil foram doadas aos agricultores familiares para apoiar as ações em 233 propriedades atendidas.

Nas visitas, os técnicos, além de atenderem os agricultores, acompanham o desenvolvimento das plantas que formam os cinturões de contenções das áreas não afetadas, evitando a erosão. Eles orientam ainda os produtores quanto aos cuidados com a irrigação, adubação, controle de pragas e outras recomendações que agregam renda às propriedades e ampliam os níveis de conscientização ambiental.


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Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Maicon Lemes
Secom - Governo de Rondônia

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