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Produtores investem na cultura do inhame para agregar valor à agricultura familiar

03 de novembro de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

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Secretário Evandro Padovani em visita a plantio de inhame em Nova União

Uma cultura que vem despertando o interesse de muitos produtores no Estado de Rondônia é a do inhame, planta herbácea da família das Dioscoreáceas, originária da África. A sua produção no Brasil se destaca na região Nordeste, tendo como referência os Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Maranhão. Em Rondônia, o cultivo teve início em São Francisco do Guaporé, sendo difundido para Seringueiras, São Miguel e Alvorada do Oeste.

Segundo o gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) da BR-429, Luciano Brandão, as variedades que mais se adaptaram no estado foram o Inhame da Costa (Dioscorea cayennensis Lam.) e a São Tomé (Dioscorea alata L.) alcançando grandes resultados na produção e na renda.

“O custo de implantação varia de acordo com a variedade e os tratos culturais desenvolvidos pelo produtor. Podendo alcançar uma média de 18 toneladas por hectare do inhame da costa e 23 toneladas do inhame São Tomé. Nos preços atuais, o produtor pode ter uma receita de até 60% do valor investido,” disse Brandão.

O produtor de Nova União, Jhonata Borges de Jesus, que está no segundo ano de cultivo do inhame, para esta safra está plantando 10 hectares de inhame com expectativa de produzir mais de 250 toneladas. “Iniciamos a atividade após ouvir os vizinhos e outros produtores falando sobre a rentabilidade da produção do inhame. Buscamos informações sobre as técnicas de plantio e comercialização, e estamos animados com a produção, mas, ao mesmo tempo, não deixo de investir em outras culturas, pois o preço do inhame varia de acordo com a produção”, destacou Jhonata Borges.

Segundo o engenheiro agrônomo presidente da Comissão de Sementes e Mudas do Estado de Rondônia, João Antônio dos Santos, é importante que os produtores se certifiquem de onde adquirem as sementes para os novos plantios para evitar que adquira “tuberas sementes” contaminadas por nematoides. “Para a implantação de novas áreas, é importante conhecer a origem do material de propagação”, orientou Santos.

A diversificação é uma opção viável para a agricultura familiar do estado, pois, desta forma, o produtor fica menos vulnerável às variações dos preços dos produtos. Um produtor rural, que tem um hectare de café, um de cacau, dois com pastejo rotacionado destinado à pecuária leiteira, um hectare de lâmina de água para piscicultura e uma agroindústria familiar, hoje tem mais renda que um produtor que destina 21 hectares de capim exclusivamente à pecuária de corte”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani.

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Fonte
Texto: Dhiony Costa e Silva
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Distritos, Ecologia, Economia, Rondônia, Sociedade, Tecnologia, Terceiro Setor


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