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24/11/2024

FERTIRRIGAÇÃO

Produtores de Ariquemes participam de intercâmbio para conhecer sistema Piraçaí

06 de maio de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Produtores rurais do Assentamento Madre Cristina  de Ariquemes acompanhados da Secretaria adjutna da Seagri Mary Branganhol - Projeto Piraçaí - Fotos Dhiony Costa e Silva

Produtores rurais do Assentamento Madre Cristina de Ariquemes

Cerca de 15 produtores do Assentamento Madre Cristina do município de Ariquemes realizaram um intercâmbio promovido pelo governo de Rondônia para conhecerem o sistema de produção integrada de pirarucu e açaí (Piraçaí) no município de Porto Velho.

O medico veterinário e técnico da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (Seagri) – responsável pelo projeto, Carlinho Pinto Filho, explica que o sistema inicia na entrega dos alevinos juvenis (com média de 20 centímetros) aos produtores, passa pelo descarte da água residual dos tanques suspensos, a qual segue para uma lagoa de decantação. “ Essa água que poderia estar poluindo algum igarapé volta para a fertirrigação, neste caso aqui do açaí, maracujá, melancia, milho e goiaba e a criação da galinha caipira no meio,” destacou Maranhão.

Esse ciclo propicia o sucesso do sistema completo, sendo a piscicultura o pulmão do projeto. Quem está trabalhando em cima de uma viabilidade de 30% no sistema, terá a lavoura ou fruticultura de graça, porque a cada 100 quilos de ração 90 vão para o ambiente. O peixe só aproveita de 5 a 10 % em função da qualidade da ração e do sistema de manejo. Ou seja, 90 quilos de resíduo esta sendo diluído na água e aplicado nas plantas, após passar por processo bioquímico na lagoa de decantação.

As vantagens desse sistema para o agricultor familiar são a redução de no mínimo 50 vezes a área, o reaproveitamento de todo material residual, que hoje não se aproveita no sistema tradicional e que muitas vezes é descartado no ambiente poluindo o meio.  Nesse sistema você recicla e fertirriga.

Senhor Domingos mostra a secretaria adjunta da Seagri Mary Branganhol açaí irrigado com a agua do pirarucu - Projeto Piraçaí - Fotos Dhiony Costa e Silva

O produtor rural Valdir Balbino de Lins, do Assentamento Madre Cristina, ficou impressionado com o sistema que viu, e demonstrou grande interesse  em que o projeto evolua. “Olha saio daqui com a sensação de que é favorável, ao pequeno agricultor, pois, a gente tem um espaço limitado não muito grande, e para implantar esse sistema é bem favorável. Não precisa agredir a natureza e pode ser instalado em um espaço fácil, na proximidade das casas onde as famílias podem trabalhar. Juntando toda familiar, então é uma coisa bem criada que veio para o favorecer o agricultor, sim,” enfatizou Lins.

Para o vice-presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais do Projeto de Assentamento Madre Cistina (Aspromadre), José de Eustáquio de Sá, fala da intenção de conversar e discutir com todos os associados para ver qual a melhor forma de implantar. “Queremos ver qual será a melhor forma de atender as pessoas que interessam. Esse projeto será implantado junto com o Governo do Estado, iremos instalar uma área experimental de criação de pirarucu em tanque de lona ali no madre Cristina,” destacou animado Sá.

Para Mary Braganhol, secretária adjunta da Seagri, o principal objetivo desse intercâmbio foi a de propiciar aos produtores o conhecimento da fertirrigação para que possam implantar no assentamento, pois eles vivem em áreas com média de seis alqueires.

No primeiro momento levamos os técnicos da Seagri e Emater envolvidos no projeto para apresentar no assentamento em Ariquemes.  Desta forma os produtores conheceram o projeto no vídeo, então trouxemos para que conhecessem pessoalmente o projeto. “A ideia da coordenadoria de Agricultura Familiar é realizar diversos intercâmbios entre as comunidades agrícolas do estado, pois é importante essa troca de experiências entre os agricultores”, explicou Mary.

Segundo Mary, a ideia do governo do estado é incentivar o produtor a aumentar e diversificar a produção, adotando tecnologias socioambientais. De mesmo modo, ressalta a adjunta, com relação à comercialização. “É necessário que os agricultores estejam organizados em cooperativas para que centralizem o armazenamento da produção e busquem caminhos para comercializá-los, com a abertura de novos mercados”, destacou.


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Fonte
Texto: Dhiony Costa e Silva
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Ecologia, Economia, Governo, Infraestrutura, Meio Ambiente, Piscicultura


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