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11/05/2024

“Deus é Amor II” leva ribeirinhos e esperança ao baixo Madeira

02 de junho de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

Locado para a Seas, barco transporta vítimas da enchente a comunidades atingidas

2 - barco produção

Com capacidade para 127 pessoas e 120 toneladas de carga, de acordo com Roni Lemos, gerente do Núcleo de Proteção às Populações Tradicionais, o barco fretado para a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) vem sendo um importante veículo no processo de reconstrução das comunidades atingidas e manutenção da vida para os ribeirinhos do Baixo Madeira e comunidades adjacentes impactadas.

São duas viagens realizadas mensalmente, uma no início que vai até a comunidade do Rio Preto, com três dias rio abaixo e a segunda por volta do dia 20, que vai até o Rio Machado e dura cerca de quatro dias. “São roteiros que existem desde a época do Governador Jorge Teixeira e na período era feita pela Empresa de Navegação de Rondônia, a extinta Enaro, que deixou de existir na última gestão quando se passou a privilegiar os contratos terceirizados”, explica Roni.

Recentemente o Tribunal de Contas do Estado (TC/RO) embargou os contratos e havia o risco real de paralisar a atividade até que fosse realizada uma nova licitação, o que poderia durar até quatro meses. Porém, este é um serviço que é visto como essencial e que não pode parar, pois as comunidades dependem do transporte que leva combustível, remédios, alimentos, sementes e materiais para a reconstrução dos vilarejos e roças.

2 - gordo viana

Edinaldo Leão da Costa

É um veículo que facilita a vida de produtores rurais como de Edinaldo Leão da Costa, da comunidade de Guricacas, que vive da pesca e da lavoura de melancia, milho, feijão, castanha e açaí. Conhecido como Gordo Viana, o maior comedor de melancia do Baixo Madeira, brinca o agricultor, faz duas viagens no barco por mês. “Antes tínhamos o barco do produtor que era da prefeitura, mas faz mais de anos de acabaram com o serviço e eu preciso continuar trazendo a produção que vendemos pra atravessadores na capital”, conta Gordo Viana.

“Pra nós é bom contar com esse auxílio, nos ajuda bastante. Nós que estamos nesta situação do pós-cheia e com a passagem à R$ 40 imagina como seria pra eu levar meus oito filhos”, afirma o produtor.

Transporte

Para se ter uma noção da relevância do transporte, Roni conta que de janeiro a abril deste ano, dos trechos Porto Velho/Rio Preto e Porto Velho/Rio Machado já foram transportados pela embarcação via Rio Madeira 253 toneladas de produtos agrícolas e 1.131 passageiros.

2 - maria do rosário

Maria do Rosario

Moradora da Comunidade Santa Catarina, dona Maria do Rosário Pereira dos Santos, agricultora, mãe de 14 filhos dos quais dez ainda moram com ela conta que foram dois meses sofridos longe de casa, mas que apesar da situação em que se encontra sua casa, junto com seu companheiro eles pretendem reconstruir suas vidas em família.

Há dez anos juntos Edinaldo Pinheiro de Oliveira e Mirian Damasceno Rêgo, da comunidade de São José sobrevivem da pesca e da roça. Desde fevereiro fora de sua casa, o casal contou com a solidariedade do irmão de Edinaldo que morador da Agrovila na margem esquerda do Rio Madeira.

Edinaldo e Mirian

Edinaldo e Mirian

Enquanto aguarda o início da viagem, Mirian pensa no futuro. “Esta é a primeira vez que irei voltar pra casa após a cheia”, relata. “Estamos levando material de construção, mas ainda assim estamos apreensivos de fazer nossa casa novamente e no próximo ano acontecer outra enchente dessas”, desabafa.


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Fonte
Texto: Romeu Noé
Fotos: Marcos Freire
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Assistência Social, Governo, Inclusão Social, Meio Ambiente, Rondônia


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