Com crédito, caminhoneiro troca estrada pelo campo

Oséias Sebastião de Morais é filho de produtor rural, mas com falta de opção no campo foi para a cidade buscar emprego. Lá, conseguiu emprego de caminhoneiro, onde roda todo o Brasil na boleia do seu caminhão. Por anos, passou aniversários e formaturas dos filhos na estrada. Mas com o acesso ao Programa Nacional de Crédito Rural (PNCF), voltou ao campo. Adquiriu uma propriedade de sete hectares, quatro hectares para cultivo de hortaliças e três de reserva legal.

Morais comenta que não tinha condições de voltar para a lavoura, mas agora veio com a esposa e as crianças. “Hoje, já estou fornecendo legumes para o mercado de Colorado do Oeste e da região. Estou produzindo pepino, tomate, pimentão, cenoura e jiló. Meu primeiro Pronaf eu paguei as três parcelas todas adiantadas”, diz.

“Eu comecei com uma estufa de tomate e com ela fui investindo em outras, aumentei minha produção devagar. Na primeira safra colhi 300 caixas de tomate, hoje tenho uma média de 500 caixas a cada 90 dias. Estou querendo diversificar minha produção e estou plantando pimentão, pepino, cenoura e o jiló. Como caminhoneiro eu vivia na estrada, comia mal e não tinha tempo para minha família. Agora além de trazer melhores condições à minha família, participo da educação deles”, afirma.

Programa

De acordo com o secretário da Seagri, Evandro Padovani, o governo do estado e também o governo federal oferecem diversos programas para financiamento da produção. Um deles é o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem-terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento.

O recurso ainda é usado na infra-estrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural. Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma.