Bombeira militar relata rotina com a família e desafios com a profissão em tempos de pandemia

Bombeira militar levou filho para conhecer quartel do Corpo de Bombeiros antes da pandemia

O Dia das Mães é comemorado no segundo domingo do mês de maio no Brasil, sendo oficializado no país desde a década de 1930, se tornando uma tradição de todos os anos, em que os filhos dão presentes e lembranças para comemorar a data.

Para uma mãe, nada melhor do que ter os filhos por perto e com bem estar. Com a pandemia, esta data ganhou novos significados, além dos sentimentos como o respeito, a admiração, o carinho e o amor incondicional parecem potencializados quando não se está por perto, se tornam ainda mais importantes.

Quando o beijo e o abraço apertado não podem fazer parte do presente, mães e filhos reinventam as formas para estarem juntos, ainda que separados.

Diariamente muitas mães passam pelo desafio de conciliar o trabalho com a família

No que diz respeito a profissões, diariamente as mães enfrentam inúmeros desafios, ainda mais com a pandemia, tendo estratégias para proteger sua família do contágio da covid-19, além das preocupações com a doença.

É o caso da bombeira militar Aline Frota Bisconsin Loch, que tem 30 anos, três filhos e faz um breve relato sobre seus anseios e fatores para evitar a contaminação, além de manter a proteção da família.

“É uma doença que tem causado euforia de sentimentos negativos nas pessoas como um todo. Procuro cuidar principalmente da minha saúde mental e espiritual e de todos que moram comigo, além de tomar os cuidados devidos para garantir o bem estar da minha família”, pontua Aline.

Mesmo sabendo da possibilidade de contrair um vírus letal, como o coronavírus, Aline ressalta que “a necessidade e a obrigação me faz sair para trabalhar todos os dias, assim como a classe trabalhadora, que mantém o sustento de toda a família”.

Aline lamenta que mesmo após um dia de trabalho extremamente desafiador e cansativo geralmente tem que “se deparar com notícias sobre festas clandestinas, mesmo com ações de fiscalização, com desrespeito ao decreto estadual, além de novos contágios pela covid-19, me dá um sentimento de impotência.

Por fim, Aline descreve que “ser mãe é ser doação. É sair de nós mesmos, do nosso lugar de conforto e marasmo para mergulharmos em águas profundas. Para dar até mesmo o que não temos aos nossos filhos, crescendo e aprendendo diariamente a lidar com crises de choro, abraços apertados, beijos melados, fraldas sujas e roupas para trocar. É se realizar, achar um sentido de vida, da verdadeira alegria e amor, é ter essa chance fantástica de ser transformada em alguém muito melhor, que apenas a maternidade pode nos conceder. É uma dádiva de Deus”.