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03/05/2024

AMÉRICA CENTRAL

Panamá quer pedras, areia e a experiência agropecuária de Rondônia

29 de maio de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

O reitor da Universidade Marítima Internacional do Panamá e diretor da Seven Importação e Exportação, Roberto Pineda, pediu apoio do Governo de Rondônia para a recuperação do setor agropecuário de seu país. “Nosso desempenho caiu, a ponto de ficarmos enfermos”, ele disse.

Embora represente apenas 2,9% da economia nacional, o setor agropecuário panamenho  se dispõe a conhecer experiências rondonienses no controle de fitossanitário e animal, e planos de ampliação da exportação de carne bovina, suína e de aves.

Roberto Pineda,

Roberto Pineda, reitor da Universidade Marítima do Panamá

Pineda veio à 4ª Feira Rondônia Rural Show, onde apresentou a logística mundialmente conhecida pelo canal por onde passam 1.166 navios por mês, e procura parceiros comerciais. O canal movimenta 5% do comércio mundial e há cinco anos mantém acordo comercial com o porto de Santos, no litoral paulista.

“Somos um país pequeno, temos quase quatro milhões de habitantes, exportamos US$ 5,3 milhões de carnes diversas, mas enfrentamos queda no setor de frutas”, justificou Pineda. É pequeno o volume de abate anual nos setores avícola [13 mil cabeças/ano], de suínos (34,9 mil) e de bovinos (34 mil). Mas o setor pesqueiro, com 4.079 ton, abastece o comércio de frios, secos e congelados, movimentando US$ 12,03 milhões/ano.

Segundo avaliação do reitor, há possibilidades de o seu país comprar mais de Rondônia e de absorver suas experiências, notadamente aquelas desenvolvidas pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron). Ele fora informado do esforço técnico estadual, com respaldo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para controlar a sanidade bovina e evitar focos de febre aftsa no território do Beni [Amazônia boliviana].

Segundo ele, a produção de banana no Panamá caiu de 20 mil toneladas em 2013 para apenas 6 mil ton este ano, com a ocorrência de doenças, entre as quais a sigatoga negra. O único ânimo no setor é atribuído à cultura cafeeira, na qual a marca Geisha [originária de Gesha, sul da Etiópia] obteve o primeiro lugar no mundo na categoria gourmet. Colhido em 450 hectares da região do Chiriquí, chegou a ser cotado a US$ 350 por libra em 2014.

Quem diria? – empresários da construção civil desse pequeno país da América Central também pretendem adquirir pedras em Rondônia, a fim de suprir os canteiros de obras avaliadas em US$ 165 milhões previstas para este ano, incluindo a do novo aeroporto internacional. “Se o Acre busca pedras aqui, o Panamá igualmente pode fazê-lo”, disse, atento às dificuldades do vizinho estado amazônico ocidental.

Até areia o Panamá se dispõe a comprar, porque algumas empresas de lá violaram a lei, extraindo irregularmente em áreas proibidas. Isso, segundo o reitor, entrava a construção de prédio públicos e privados.

O Panamá também aceita investidores no setor elétrico: “Estamos construindo novas termelétricas e usinas eólicas. Na fronteira com a Colômbia, faremos interconexão, e dos senhores [de Rondônia] queremos formalizar uma aliança para construção e negócios, pois são fortes nesse setor”.

O reitor convidou investidores de Rondônia para conhecer a logística do principal sócio comercial dos Estados Unidos. Apresentou alguns números: o Panamá dispõe de cinco cabos de fibra ótica submarina, garantindo banco de dados de empresas em total conectividade com o mundo.

Boa arrecadação e crescimento econômico facilitam a instalação de empresas offshore [no mar]. Em cinco anos melhoraram as condições de tráfego com a recuperação e construção de rodovias nacionais. Pelos três aeroportos do país circulam cinco milhões de passageiros por ano. E novo canal do Panamá, construído por empresas locais, da Bélgica e da Espanha está em obras de duplicação que irão proporcionar o tráfego de embarcações maiores.

“Vocês e os demais empresários brasileiros são bem-vindos. Nosso metrô contempla quatro linhas e há duas semanas foi licitada a segunda; a primeira foi feita pela [Construtora] Odebrecht, cabendo a parte ferroviária à Alstom, francesa.

No aspecto turístico, Pineda convidou também o público empresarial da Feira Rondônia Rural Show para conhecer cruzeiros marítimos. “Não precisam ir mais a Porto Rico ou Miami, podem ir à Cidade do Panamá”, apelou.

Disse que uma frota com mais de 50 ônibus faz o percurso entre o Aeroporto Internacional de Tocumem e o porto marítimo. “Em 2014, mais de dois mil pessoas experimentaram e gostaram”, comentou.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agropecuária, Água, Distritos, Ecologia, Economia, Empresas, Evento, Governo, Indústria, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Piscicultura, Rondônia, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Tecnologia, Transporte, Turismo


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