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AGROPECUÁRIA

Confinamento aumenta produtividade dos rebanhos

25 de junho de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

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A propriedade do pecuarista Jaime Bagattoli, no sul do estado.

O confinamento é uma atividade que vem crescendo em Rondônia. A pecuária do estado segue uma tendência já consolidada no país. Os principais estados confinadores são Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Eles são responsáveis por colocar o Brasil entre os mais importantes confinadores do mundo, exportando tecnologias de manejo e conhecimento neste sistema produtivo.

“Mesmo Rondônia tendo uma tradição na pecuária extensiva, muitos produtores vêm utilizando o confinamento como ferramenta estratégica para aumentar a taxa de desfrute da propriedade”, diz o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Evandro Padovani.

O confinamento é o sistema de criação de bovinos em que lotes de animais são terminados em piquetes ou currais com área restrita, onde a dieta total e água necessários são fornecidos em cochos. O sistema é utilizado em Rondônia principalmente na época de seca, quando a oferta de pastagem é menor.

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Jaime Bagattoli, Celso Klein, Evandro Padovani e Alessandro Vargas.

O coordenador estadual do Programa de Febre Aftosa no estado de Rondônia, Márcio Alex Petró, esclarece que no estado de Rondônia, segundo dados declaratórios, há uma forte tendência do segmento no estado. “A Idaron ainda não fez uma checagem in loco dos confinamentos, mas sabemos por declaração dos proprietários que temos 41 unidades no estado que confinaram mais de 30 mil animais no ano passado, segundo dados da última campanha de vacinação realizada em novembro de 2013″.

Para o gerente de desenvolvimento de pecuária da Seagri, Júlio Cesar Rocha Peres, o confinamento no estado de Rondônia tem avançado nos últimos anos. A grande vantagem desse sistema está na velocidade com que os animais completam o ciclo e o rendimento alcançados. “O produtor ao adotar o sistema, está apto a negociar diretamente com a indústria frigorífica, pois controla de forma eficiente quando vai abater o boi gordo, garantindo assim melhores preços”.

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A propriedade de 37 hectares tem capacidade para confinar 15 mil animais.

Segundo o economista Sérgio Schlesinger, em seu livro “Onde Pastar? Gado bovino do Brasil”, o confinamento traz mais benefícios do que simplesmente aliviar a pastagem na época da seca.

A propriedade rural ganha benefícios ecológicos e produtivos, pois, é possível aumentar a eficiência produtiva do rebanho, por meio da redução na idade de abate e melhor aproveitamento do animal produzido e capital investido nas fases anteriores (cria-recria).

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Com a tecnologia empregada, são produzidas 35 toneladas por hectare, a um custo de 80 a 85 reais a tonelada da silagem pronta, diz o produtor.

Também melhora o uso do gado como mercado para alimentos e subprodutos da propriedade (grãos, farelos e resíduos). Entre as vantagens citadas está a liberação de áreas de pastagens para outras categorias durante o período de confinamento e uma administração mais eficiente com a mão-de-obra, maquinários e insumos.

Jaime Maximino Bagattoli, agricultor e pecuarista com larga experiência no setor, viu numa parceria com a indústria frigorífica a oportunidade de desenvolver uma pecuária mais tecnificada. Instalou no município de Vilhena, Cone Sul do estado, um confinamento com capacidade para 15 mil animais. “Eu comecei o confinamento por causa de uma parceria com a empresa frigorífica”, diz Jaime.

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O pecuarista Jaime Bagattoli, de Vilhena.

O zootecnista Alessandro Vargas, consultor da empresa Allpec, é o responsável pela nutrição dos animais no confinamento. “É sem dúvida uma ótima alternativa, pois poderá aliviar as pastagens durante o período de seca, além de antecipar o abate, com animais mais jovens e com melhores carcaças. O produtor alivia a pastagem, aumenta a taxa de Unidade Animal (UA) por hectare, encurta o ciclo de terminação e melhora o rendimento da propriedade”.

Segundo Vargas, os animais ficam confinados por 90 dias, em fase de terminação. Cada animal consome em média uma tonelada de silagem, a média de ganho de peso diário é de 1,7 quilo.

“Aqui no confinamento estamos usando 37,5 hectares para confinar 15 mil animais, o custo de investimento com currais, piquetes, barracão e espaço para silo é diluído durante a locação de animais “, diz Vargas.

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Para produzir alimento a todos esses animais, o pecuarista conta que plantou 520 hectares de milho, para produção de silagem

Para produzir alimento a todos esses animais, o pecuarista Bagattoli conta que plantou 520 hectares de milho, para produção de silagem. “Com a tecnologia empregada terei uma produção de 35 toneladas por hectare, a um custo de 80 a 85 reais a tonelada da silagem pronta, mas isso só é possível pela minha proximidade do confinamento com a lavoura. A distância aqui não ultrapassa 7,8 quilômetros”.

Segundo o produtor, um investimento desse porte só é exequível graças às parcerias firmadas com pequenos produtores rurais do estado. “Temos uma unidade de recepção desses animais que fica a 280 quilômetros aqui de Vilhena, lá esses animais são recebidos e classificados em lotes, depois são encaminhados para o confinamento para a terminação”, diz Bagattoli.

“Os ganhos de peso dos animais é consequência de todas etapas do sistema. Os cuidados devem acontecer durante o embarque, transporte, desembarque, período de adaptação e locação dos animais nos piquetes. É importante o acompanhamento de técnico especializado para formulação da alimentação e a sanidade dos animais”, relata Vargas.

Celso Gilberto Klein, administrador do confinamento, enfatiza que todos os resíduos do confinamento são reutilizados na recuperação de pastagens da propriedade. “Jogamos em média dez toneladas de resíduos nas pastagens degradas e temos obtidos ótimos resultados”, diz Klein.


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Fonte
Texto: Dhiony Costa e Silva
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária


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